Sugestão do Mês (janeiro) – SAS: Rogue Heroes
| 01 Jan, 2023

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A primeira sugestão do ano de 2023 é uma série que estreou no final de outubro do ano passado, mas que continua a valer muito a pena ver, SAS: Rogue Heroes. Esta adaptação televisiva da BBC encontra-se disponível em Portugal na plataforma de streaming HBO Max e já tem 2.ª temporada confirmada.

Acontecimentos que parecem inacreditáveis aconteceram, na sua maior parte, realmente assim

Criada por Steven Knight, o nome por trás de Peaky Blinders, e com realização de Tom Shankland, SAS: Rogue Heroes é baseada no livro homónimo de Ben Macintyre que conta a história da unidade especial do exército britânico, a Special Air Service (SAS), que nos anos 1941 e 1942, no Cairo, fez várias tentativas para impedir que o exército alemão conquistasse mais terreno e, consequentemente, ganhasse a guerra.

Esta 1.ª temporada é protagonizada por Connor Swindlles, que dá vida ao Tenente-Coronel David Stirling, um oficial escocês do exército britânico e o fundador da SAS. Stirling não acreditava nos métodos que estavam a ser usados no combate contra os alemães; então, tentou, por outros meios, levar a sua ideia avante, que consistia em levar a cabo vários ataques surpresa a vários alvos numa só noite. Jack O’Connell interpreta o Tenente-Coronel Robert Blair “Paddy” Mayne, um dos primeiros “recrutas” de Stirling para o seu regimento e uma das “personagens” mais implacáveis da história. O último nome do trio principal é o de Alfie Allen, o Tenente John Steel “Jock” Lewes, conhecido por ter criado um engenho explosivo, “a bomba de Lewes”.

Um elenco de se lhe tirar o chapéu

Ao som de uma banda sonora de peso, com nomes como AC/DC ou Black Sabbath, a série destaca-se pelo argumento muito bem escrito, com a piada certa dita no momento certo, a quantidade ideal de humor (negro) e também alguns (muitos) palavrões pelo meio. Além de retratar um período da história vital para a derrota das tropas alemãs, SAS: Rogue Heroes é capaz de o transformar em seis horas de pura diversão, que, de episódio em episódio, vai mantendo o telespectador cativado e ansioso por ver o que vai acontecer a seguir.

Outro dos pontos fortes da série é o elenco e os desempenhos incríveis de todos os atores e atrizes que aparecem em algum momento no pequeno ecrã. O casting internacional, que foi buscar talentos dos países das personalidades retratadas na série, leva a que cada interação seja feita na língua das personagens retratadas ou então na língua em que os diálogos aconteceram na realidade. Ouvimos inglês durante a maior parte do tempo, mas nos últimos dois episódios, principalmente, podemos ver um elenco multicultural brilhar a dar vida a nomes como Augustin Jordan, interpretado por César Domboy; ou Georges Bergé, interpretado por Virgile Bramly, do destacamento francês; Paul Boche como Walter Essner e Moritz Jahn como Herbert Brückner, enquanto representantes dos “vira-casacas” do exército alemão; ou mesmo Jacob McCarthy como Johnny Cooper, da SAS, a tentar fazer-se passar por um soldado italiano. Eve Mansour, dos Serviços Secretos franceses, interpretada por Sofia Boutella, foi uma das personagens criadas especificamente para a série, que age como representante de todas as espias que existiram durante a guerra e que contribuíram para a derrota dos nazis. Além disso, Eve é uma mulher com uma personalidade forte e inteligente, fugindo das ideias pré-concebidas que se tinham na altura em relação às mulheres.

Muita areia e muito rock ‘n’ roll

A série foi filmada em Londres e Marrocos na primavera e no verão de 2021. Devido às restrições em vigor na altura, por causa da pandemia da COVID-19, a maior parte do elenco teve de fazer quarentenas prolongadas (antes e depois das filmagens), uma vez que não podia voar diretamente para o seu país de origem. As filmagens foram feitas em condições muito adversas, com temperaturas a ultrapassarem os 50ºC no deserto e tempestades de areia intensas.

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