Review às Cegas: Suits – Episódio 05×04
| 23 Jul, 2015

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Long time no see! Já não vos trazíamos uma nova review às cegas há uns meses. Pois bem, aqui fica uma nova, desta vez com um episódio da recentemente estreada 5.ª temporada de Suits.

Para quem nunca leu uma das nossas reviews às cegas, aqui fica o conceito: Vou ver um episódio de Suits, série que nunca vi na vida, e da qual apenas sei que é sobre dois engravatados e uma ruiva, e vou tentar contar-vos os meus descobrimentos e reações ao longo do episódio.

Vou ser sincera, houve uma força maior que me levou a ver este episódio de Suits, mesmo nunca antes ter tido o mínimo interesse de ver a série, e aproveitá-lo para esta review. Essa força maior chama-se Amy Acker!

Como fã incondicional de Person of Interest e de tudo o que é Person of Interest, tornei-me também fã incondicional da magnífica Amy Acker, e quando soube que ela entrava neste episódio o único pensamento que me passou na cabeça foi: tenho que ver!

E assim, cá estamos.

Alguns minutos adentro do episódio, percebo que os personagens principais, Harvey e Mike são dois advogados super fancy, de uma firma que penso eu seja muito conceituada, e suponho que eles sejam os melhores advogados de lá.

Uma coisa que me surpreendeu contudo, foi o facto de eles não trabalharem diretamente um com o outro! Querem dizer que eles não são parceiros? Que não são tipo o Rizzoli & Isles, Mulder & Scully, Castle & Beckett, Sherlock & Watson? Que não são duas cabeças a resolver os mesmos casos e a complementarem-se? Eu pensava que todo o propósito da série era o Duo, mas afinal eles trabalham separados, ainda que na mesma empresa, cada um com o seu parceiro! Harvey tem como parceiro Louis, com quem anda aparentemente às turras por causa de uns assuntos que devo ter perdido nos outros episódios que não vi; Mike tem Robert, que por acaso também é o pai da sua namorada/esposa (?) e com o qual por acaso também anda às turras por opiniões divergentes sobre uma recomendação.

Vou acreditar de boa-fé que a série nem sempre foi assim, e que no início, Harvey e Mike eram mesmo parceiros e que passavam mais tempo do episódio juntos do que os 15 minutos iniciais à saída do elevador quando chegam de manhã à empresa.

De qualquer forma, como o que me trouxe aqui foi a participação da Amy Acker e no episódio a interação dela é com a metade Harvey da dupla de protagonistas, vou deixar a história do Mike de lado, até porque não é assim tão interessante.

Antes de me despedir do Mike, posso só referir o quanto ele me faz lembrar o Tyrell Wellick (Martin Wallström) de Mr. Robot?!

É só de mim?

Continuando, vamos então focar-nos no Harvey e na sua jornada deste episódio. Ao chegar à empresa, Harvey repara na elegante senhora que está na receção e com todo o seu descaramento aprochega-se, que é como quem diz aproxima-se e chega-se, a ela que nem cavaleiro andante em missão de salvamento e encantamento.

E aí está ela, Amy Acker, com toda a sua graciosidade!

Claro que o Harvey ficou logo encantadinho e tenta ajudá-la no pequeno desentendimento que está a ter com o segurança da receção que não a quer deixar subir para ir falar com alguém.

Sem trocarem nomes, têm logo uma conversa bastante flirty. Já começo a entender a obsessão que algumas das minhas colegas aqui do staff do Séries da TV têm pelo Gabriel Macht, o homem até que tem o seu charme.

Depois do seu primeiro encontro, o Harvey lá vai à sua vida e a Amy Acker à dela, falar com quem estava ali para encontrar. E, olha que coincidência, ela estava lá para se encontrar com o Louis, o parceiro do Harvey.

Ela é Esther, a irmã do Louis. Ups Harvey, acho que há um código qualquer que proíbe que te atires à irmã do parceiro de trabalho… não?

Para piorar a situação, o que a Esther veio pedir ao irmão foi mesmo para lhe arranjar o Harvey como advogado. Só me pergunto como é que na era da internet ela não se deu ao trabalho de googlar o Harvey para saber que a pessoa com quem esteve a falar à entrada do edifício era ele.

Como o Harvey está chateado com ele, o Louis não digere bem à primeira a ideia da irmã, mas lá acaba por ceder.

Eis que chega uma cara que eu reconheço dos posters da série e dos tops de atrizes mais sexys, a tal de Donna, que aparentemente é a secretária de Louis, e fica muito compreensivelmente espantada com as semelhanças, ou ausência delas, entre Louis e Esther.

Já percebi que Donna é quem mete juízo na cabeça dos homens daquele escritório. Quando Louis decide que vai mentir à irmã e não vai falar com o Harvey por achar que ele nem sequer se vai dar ao trabalho de considerar, Donna relembra-o que a família é importante e que o Harvey sabe dar valor a isso. Awww.

Louis lá vai falar com Harvey, e como se estava a prever, ele não aceita à primeira.

Mas Louis lá o consegue convencer a ajudar a sua irmã, mas Harvey impõe a condição a Louis de que ele tem que se manter completamente fora do caso. Por sua vez, Louis pede a Harvey que lhe prometa que não dormirá com a sua irmã.

“Acredita, a última coisa que eu quero é dormir com a tua irmã.”

Sim, sim, deixa-te descobrir quem ela é realmente, Harvey.

Tcharan!

Bem, sinceramente estava à espera de uma reação de surpresa melhor, talvez com o uso de um bocadinho de comédia para aumentar o impacto, mas já percebi que Suits não é muito boa nessa vertente. Tentam injetar umas cenas cómicas duas ou 3 vezes ao longo do episódio mas sempre sem grande sucesso.

BTW, a rapariguinha que está ali em cima, ao lado do Harvey, é Rachel, a namorada/esposa(?) do Mike, e que aparentemente é sócia/secretária(?) do Harvey. Que misturada de bróculos que para aqui vai com os personagens… é tudo família e trabalha tudo junto? Fator C?

Olha eles a tentarem ser profissionais…

(Deixem-me só fazer aqui uma vénia digital às micro-expressões brilhantes de Amy Acker!)

Long story short, Esther e o marido estão a divorciar-se, porque ele a traiu; ela é dona de uma empresa enorme qualquer, e tinham acordado que o marido ficava com 20% da empresa e nem precisavam de recorrer a advogados, mas entretanto o marido mudou de ideias e quer 50% porque numa conversa qualquer há muitos anos atrás a Esther prometeu-lhe metade da empresa.

Mas vamos pausar os desenvolvimentos só porque a Rachel fez uma excelente observação:

“Desde o momento em que entraste pela porta parecia que tinhas sido atingido por um raio. Eu até estava com medo que vocês se agarrassem os dois em cima da mesa!” Ahah

Voltando à história, finalmente conhecemos o em-breve-ex-marido de Esther. Sim Esther, o Harvey é bem mais encantador que ele.

O marido diz a Harvey que há 12 anos atrás largou os estudos de medicina para ajudar Esther com a empresa dela, e que ela nessa altura lhe prometera 50% da mesma e que é isso que ele quer agora.

Harvey e Rachel lá chegam à cura para o caso, ao descobrirem que o marido nunca esteve sequer inscrito em nenhuma universidade. E que, se por um lado Esther lhe tinha prometido uma coisa que agora não estava a cumprir, por outro ele também lhe mentiu, o que anula a promessa dela.

Ainda assim, o acordo final a que chegam é que o marido fique com 25%, embora contra a vontade de Esther à primeira, mas Harvey lá a convence a aceitar ao lembrá-la que no meio de tudo não é o dinheiro que vale mais mas sim os filhos, e que para evitar que eles sofressem mais, Esther devia simplesmente aceitar a proposta.

E assim foi. É tudo tão bonito quando acaba bem. Mas bela mensagem Suits, créditos por isso.

Bem, claro que o Harvey não pode deixar de afirmar que também seria melhor Esther aceitar logo o acordo porque assim que o assunto estivesse encerrado ela já não seria mais sua cliente e que assim já a poderia acompanhar até casa. Espertinho.

Entretanto, quem descobre a coisa é Louis e não fica muito contente ao ver dois copos de whiskey e o acordo de 25% assinado em cima da mesa da sala de Harvey.

Claro que o homem parte logo para a conclusão de que Harvey embebedou a irmã, a fez assinar o documento e se aproveitou dela só para lhe fazer frente. Louis, you need to calm the pipe down!

E mais uma vez é a pobre Donna a ter que o aturar, mesmo a meio do seu sono de beleza, cabelo desgrenhado e tudo (o da Donna, claro…).

Nem com a conversa de Donna, Louis fica muito convencido que a intenção de Harvey possa ter sido boa, continuando a achar que ele fez aquilo para se vingar dele. Mas mais tarde eles lá se entendem minimamente.

E claro que Esther não podia deixar de aparecer mais uma vez para agradecer a Harvey, ou talvez só para mostrar a sua delicadeza e graciosidade.

Com tudo em paz e amor, passados os dramas todos, assim termina o episódio. Mas não antes de uma cena querida entre Harvey e Donna.

Não percebi bem a relação entre estes dois. Deram a entender que são/foram família, a princípio até pensei que fossem irmãos, mas depois percebi que não deveria ser bem isso. Falaram em 12 anos… Portanto, foram namorados/casados durante 12 anos? E agora já não há nada? Oh… Embora tenha gostado da Química entre o Harvey e a Esther, de certeza que a destes dois tem mais essência.

Pena eu não ser grande fã de séries de advogados e engravatados, mas acredito que Suits mereça todas as boas críticas que recebe. Foi um episódio bom de se ver, e se ao início só me decidi por ele por causa da Amy Acker, cheguei a meio já interessada por todos os personagens e pelas histórias a acontecer.

Boa Suits, embora não consigas mais uma seguidora, conseguiste o meu respeito.

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