Depois de uma primeira metade bastante viciante, mas que não oferece mais do que um modesto entretenimento, Squid Game: The Challenge proporciona uma parte 2 de arromba, se esquecermos o anti-climático episódio final.
Estava longe de imaginar que estes cinco episódios me iam deixar tão entusiasmada, mas a verdade é que, com o grupo muito mais reduzido, as emoções estão ao rubro, no jogo e deste lado do ecrã. Para mim, foi a partir da Batalha Naval, um jogo do qual nem gostei particularmente, que certos jogadores se começaram a destacar. Foi aí que encontrei a minha concorrente preferida, Bee, a jogadora número 018, e ao ter alguém por quem torcer todo o jogo se tornou também muito mais interessante de assistir.
Confesso que fiquei surpreendida ao ver, em muitos dos casos, os concorrentes a procurarem a forma mais justa de jogar ao invés de ser cada um por si e de aceitarem a sorte (ou o azar) na aleatoriedade de um número. Pudemos ver isto em jogos como a Ponte de Vidro e o do lançamento do dado, embora nas duas ocasiões tenha havido um elemento (não o mesmo) a agir à revelia. Foi precisamente nestas decisões, seja naquelas com que concordei ou nas outras, que tudo ganhou uma intensidade tremenda que não me lembro de ter sentido na série com guião. A união do grupo e seus elementos desestabilizadores ganhou uma proporção de narrativa principal que atingiu o seu exponente máximo com o teste de lealdade e com a generalidade das mulheres a unirem-se depois de terem percebido que estavam com uma tremenda inferioridade numérica. Como eu adoro um bom momento de girl power! Tornou-se muito fácil torcer por uma data de concorrentes e preocupar-me com o seu progresso no jogo.
Apesar do jogo dos berlindes, da Ponte de Vidro e de outros elementos numa fase mais avançada nos remeterem imenso para a série, esta segunda metade do concurso conseguiu distanciar-se do produto original e adquiriu uma identidade muito própria, o que acho muito positivo. Só foi pena o final ter sido extremamente morno. Com uma mulher e dois homens no trio sobrevivente, a eliminação de mais uma pessoa foi demasiado aleatória e simples, abrindo caminho para o derradeiro jogo, igualmente muito desinteressante. Não estava à espera de sangue (nem queria), mas pedia-se bastante mais emoção do que aquela que é possível obter de um joguinho sem sal da infância e uma data de chaves. Além disso, acho que já há algum tempo que previa quem iria vencer e nem nisso houve surpresa alguma. Tampouco era a pessoa por quem estava a torcer. Depois da imensamente divertida – num sentido algo perverso – Prenda Envenenada (ou Círculo da Confiança), esperava mais, muito mais. Aqui não houve grandes plot twists e todos sobreviveram, mas só uma pessoa levou para casa o grande prémio. Já estão a decorrer os castings para uma nova temporada, visto que o concurso foi renovado.
Se gostaste de Squid Game, espreita Squid Game: The Challenge e no fim ainda podes ver Making Squid Game: The Challenge, que explica um pouco a forma como a produção preparou os jogos e toda a logística envolvida para um concurso desta dimensão.
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