Estreou nos cinemas portugueses, no passado dia 3 de agosto, o filme prequela da já conhecida série da RTP, Pôr do Sol: O Mistério do Colar de São Cajó. Depois de levarem fãs a embarcar na “loucura” de entrar no mundo da série assistindo aos concertos da banda Jesus Quisto – no Festival da Canção, nos Coliseus do Porto e Lisboa, no NOS Alive e, mais recentemente, no Arraial a São Cajó -, a proposta passou para a grande tela e promete retratar a história do Colar de São Cajó. Sim, “aquele que está na família Bourbon de Linhaça há mais de 3500 anos”!
O filme mostra-nos a criação do Colar do Nosso Senhor do Coisinho, mais tarde batizado de Colar de São Cajó, e a sua viagem até chegar às mãos do mais puro de coração, de forma a abençoar toda a sua família para toda a eternidade. Ou será que é mesmo assim? Conhecendo a série é fácil de perceber que toda esta história seria boa demais se não existissem alguns percalços como tremores de terra, morte, empregados respondões e cerejas com sabor a marisco.
Depois de duas temporadas de Pôr do Sol, o que podemos esperar do filme? Antes de mais, a premissa enquadra-se perfeitamente no formato de filme de grande ecrã por ser utilizada uma linha temporal como método de contar a história do Colar de São Cajó. Durante todo o filme conseguimos perceber claramente que o papel da pós-produção foi chave para o filme que nos foi servido. Para além das deixas brilhantes que provocam risos do início ao fim e dos personagens aos quais nos foram habituando, a introdução de novos detalhes, percursos e personagens faz-nos ter uma nova perspetiva daquilo que pensávamos já saber/conhecer.
É também possível perceber melhor algumas relações que foram surgindo e que já estavam bem consolidadas na série e perceber melhor também o passado dos nossos personagens preferidos. O filme teve também adições de ouro, como é exemplo Diogo Infante e José Raposo, que vieram assentar que nem uma luva à história.
É importante também referir que este foi um dos últimos de trabalhos de Luís Aleluia e que curiosamente a sua personagem ganha novo destaque no filme. É impossível não ficar emocionado ao recordá-lo através de uma tela de cinema. É a representação perfeita de que um dos préstimos de ser um grande ator, é ter a oportunidade de ser muitas vidas numa só e dar-nos o privilégio de o podermos relembrar assistindo a uma série ou um filme.
Por fim, é de mencionar que os criadores da série, Manuel Pureza e Henrique Cardoso Dias, na premiere da 2.ª temporada de Pôr do Sol, garantiram que aquela seria a última da série. Depois de se seguirem concertos, um Arraial e um filme, garantem agora o mesmo. Mas será que ainda nos vão presentear com mais? Ficaremos atentos e não vamos desperdiçar a oportunidade de acompanhar esta história e personagens que nos são tão queridos.
De recordar que as duas temporadas da série podem ser vistas na totalidade na RTP Play e na Prime Video. A 1.ª temporada também está disponível na Netflix.