Continuamos a trazer curiosidades sobre as tuas séries favoritas e desta vez vamos dar a conhecer-te algumas sobre Chernobyl:
1. Esta minissérie reconstitui os acontecimentos trágicos ocorridos na central nuclear de Chernobyl, em Kiev, na antiga União Soviética, no ano de 1986. Na noite de 25 para 26 de abril, uma reação química em cadeia que escapou ao controlo dos técnicos originou uma série de explosões que libertaram para a atmosfera cerca de 8 toneladas de material radioativo, atingindo zonas tão longínquas quanto Itália e França. Várias pessoas morreram, 300 mil pessoas foram desalojadas e ainda hoje, mais de 30 anos depois, continua a ser proibido entrar na chamada Zona de Exclusão. As consequências do acidente continuam a fazer-se sentir na devastação da paisagem, na elevada taxa de mortes por cancro e no nascimento de crianças com deficiências.
2. Craig Mazin, o criador, argumentista e produtor executivo da série, começou a fazer pesquisa para o projeto em 2014, lendo livros e relatórios governamentais relacionados com a União Soviética. De forma a conseguir contar a história de forma autêntica, também entrevistou cientistas nucleares para aprender como é que um reator funciona, falou com cidadãos soviéticos para conseguir compreender melhor a cultura soviética da década de ’80 e leu relatos na primeira pessoa de indivíduos que testemunharam os acontecimentos em Chernobyl. Mazin também visitou a Zona de Exclusão, a área em que a radioatividade, como resultado do desastre nuclear, é mais elevada.
3. Apesar da pesquisa intensiva feita para a série, houve algumas liberdades criativas que foram tomadas para criar efeito dramático. Cada episódio lançado foi acompanhado de um programa de podcast no qual Mazin e Peter Sagal, o apresentador da National Public Radio (NPR), falavam sobre as alterações que foram feitas e o porquê. Críticos, especialistas e testemunham apontaram algumas discrepâncias histórias e factuais, mas a série, no geral, foi muito bem recebida e a atenção ao detalhe nela demonstrada também recebeu louvores.
4. Desde muito cedo, o criador da série achou que o mais sensato seria que os atores – que, na sua maioria, são britânicos – não fizessem sotaques russos ou ucranianos. No entanto, inicialmente, ainda esteve em hipótese que o elenco usasse um sotaque vago do Leste Europeu, não muito forte, mas que estivesse lá. Ao fim de uma ou duas audições, chegaram à conclusão de que o melhor era esquecer esses sotaques, por medo de que se tornassem uma distração para os próprios atores e também um cliché. A decisão de não escolher nomes americanos para integrar o elenco também foi propositado.
5. Jared Harris revelou que o seu papel, o de Valery Legasov, estava destinado a Daniel Day-Lewis, mas o ator tinha anunciado que ia deixar de representar cerca de um mês antes de a minissérie ter sido anunciada.
6. Enquanto a maioria dos personagens tem como base pessoas reais, Ulana Khomyuk é diferente e representa dezenas de cientistas soviéticos que trabalharam na investigação do acidente. A personagem surgiu como forma de “honrar a dedicação e serviço deles [cientistas] para com a verdade e a humanidade”.
7. As filmagens começaram em maio de 2018 em Fabijoniškės, uma zona residencial de Vilnius, na Lituânia, que representaria Pripyat, a cidade que ficava próxima de Chernobyl. Fabijoniškės foi escolhida porque mantinha uma certa atmosfera soviética. Posteriormente, as gravações passaram para Visaginas, também na Lituânia, para filmarem no interior e exterior da Central Nuclear de Ignalina, que tinha sido desativada em 2009 e que era descrita como a “irmã de Chernobyl” pelas suas semelhanças.
8. A popularidade da minissérie foi apontada como responsável por um aumento de 30 a 40% do turismo em Chernobyl e Pripyat nos meses que se seguiram à estreia da série.
Conhecias alguma destas curiosidades sobre Chernobyl?