Continuamos a trazer curiosidades sobre as tuas séries favoritas e desta vez vamos dar a conhecer-te algumas sobre Queer as Folk, tanto da versão original britânica como da americana:
1. O título da série tem origem numa antiga expressão do Norte de Inglaterra, “there’s nowt so queer as folk”, que significa algo como “não há nada mais estranho do que pessoas”, e ‘brinca’ com a palavra ‘queer‘, um termo bem mais recente associado à comunidade LGBTQ+ e que aqui, em específico, se traduz por ‘homossexual’. Um guião inicial da série tinha como título Queer as Fuck, mas ficou decidido que Queer as Folk era mais apropriado.
2. Na altura em que estreou, no início de 1999, a reação a Queer as Folk não foi a mais pacífica. A série foi, inclusive, criticada pela imprensa ligada à comunidade LGBTQ+ por não fazer menção à epidemia de SIDA. Noutros meios de comunicação, houve pedidos de censura. No entanto, agora Queer as Folk é, na generalidade, aclamada.
3. Os quatro primeiros episódios foram patrocinados pela Beck’s Brewery, uma cervejeira alemã, mas a empresa acabou por retirar o seu patrocínio. No entanto, depois de ter sido alvo de críticas por parte da comunidade gay, a Beck’s ofereceu-se para voltar a patrocinar a série na 2.ª temporada, mas os produtores recusaram.
4. Christopher Eccleston (Doctor Who) fez audições para o papel de Stuart Jones, mas acabou por desistir da corrida por ter considerado que era “demasiado velho” para dar vida ao personagem e então recomendou Aidan Gillen para o lugar, o que acabou mesmo por acontecer.
5. O papel de Alexander Perry, um amigo de Stuart e Vince, foi escrito para Phil Collinson, um amigo de Russell T. Davies, o criador e argumentista da série. No entanto, quando Antony Cotton fez a sua audição, todos concordaram que ele era a pessoa certa para preencher a vaga. Davies e Collinson viriam a trabalhar juntos em Doctor Who e em The Sarah Jane Adventures.
6. Chegou a ser aprovado um spin-off de Queer as Folk que se chamaria Misfits – sem qualquer relação com a série que conhecemos com esse nome – e contaria com Hazel, Donna, Alexander e Bernard da série original, bem como com personagens novos. David já tinha rascunhos de guiões para quatro episódios e storylines pensadas para cerca de mais vinte, mas Misfits acabou por ser cancelada antes de entrar na fase de pré-produção.
1. Os produtores decidiram fazer esta versão americana da série depois de terem lido um artigo no Los Angeles Times a aclamar o original britânico e onde era referido que qualquer tentativa americana de dar vida a uma história desta natureza seria um desastre. No entanto, a série acabaria por durar cinco temporadas, mais três do que a versão original.
2. Ron Cowen e Daniel Lipman, criadores e produtores executivos da série, revelaram que se depararam com uma grande quantidade de homofobia por parte de profissionais de Hollywood durante a fase de pré-produção e de casting.
3. O primeiro episódio de Queer as Folk mostra a primeira “cena de sexo simulado entre dois homens” da televisão americana.
4. Peter Paige fez audições para o papel de Ted, mas pediu para fazer uma leitura para o papel de Emmett Honeycutt. Os diretores de casting tinham ficado tão impressionados com o seu desempenho que quando ele regressou para uma nova audição lhe perguntaram o personagem que tinha mais interesse em interpretar.
5. Logo no 4.º episódio, há um enfermeiro com quem Brian é visto a fazer sexo. O ator que deu vida ao enfermeiro não queria fazer muita nudez ou uma cena explícita de sexo e, a partir daí, Cowen e Lipman começaram a ter em conta que teriam de explicar aos convidados especiais desde o início que essa nudez e cenas sexuais gráficas eram essenciais para a série e que não havia como o contornar, cabendo aos atores a decisão de aceitar ou não.
6. Durante uma pesquisa de marketing feita para determinar o porquê de Queer as Folk ter menos espectadores do que The L Word, constatou-se o seguinte: “os homens hetero apreciavam tanto, se não mais do que as lésbicas, ver mulheres nuas a terem sexo”, mas “os homens e mulheres hetero evitavam QAF porque não queriam ver homens nus a terem sexo uns com os outros”. Conclusão: há um mercado maior e “mais tolerância para lésbicas no ecrã do que para homens gay“.
Conhecias estas curiosidades de Queer as Folk? Qual a tua preferida: a britânica ou a americana?