Curiosidades: The Handmaid’s Tale
| 17 Fev, 2018

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Continuamos a dar a conhecer curiosidades sobre as tuas séries favoritas e, desta vez, decidimos partilhar algumas sobre uma aclamada pela crítica e que conquistou também os espectadores, The Handmaid’s Tale.

1. A série é inspirada no livro com o mesmo nome, da autoria da canadiana Margaret Atwood, publicado pela primeira vez em 1985. Aliás, a popularidade da série fez ressurgir um grande interesse pelo livro. A escritora confessou que a sua inspiração para a história veio em grande parte de outra obra distópica, 1984, de George Orwell. Ainda acerca do livro, inicialmente o título era para ser Offred, que remetia a personagem como sendo posse de alguém (Offred = Of Fred = De Fred), mas que também fazia lembrar a palavra ‘offered’ (= oferecida), com a conotação de ser uma vítima oferecida para um sacrifício, o que está de acordo com a natureza da história contada.

2. Apesar de a série se ter tornado rapidamente um sucesso, a verdade é que não é a primeira adaptação do livro. Em 1990, um filme protagonizado por Natasha Richardson e com Elizabeth McGovern (a Cora de Downton Abbey) no papel de Moira, contou a história da República de Gilead, mas as críticas não foram muito favoráveis.

3. Há um audiobook de The Handmaid’s Tale (A História de Uma Serva) narrado por Claire Danes (Homeland).

4. Margaret Atwood fez uma pequena participação na série logo no episódio de estreia. Ela interpreta uma das ‘tias’ de Gilead e esbofeteia Offred (Elisabeth Moss).

5. As atrizes da série confessaram que as coberturas que as suas personagens usam na cabeça quando vão para o exterior impedem que tenham visão periférica. Assim sendo, só conseguem ver-se umas às outras se estiverem a olhar-se diretamente e têm de representar com base naquilo que ouvem, já que a sua visão fica limitada. No entanto, não são apenas as coberturas para a cabeça a merecer importância. Os uniformes das handmaids foram inspirados na era vitoriana e na vestimenta das freiras. Para além disso, a cor das roupas usadas também tem uma simbologia, sendo que o vermelho da das handmaids simboliza o sangue associado ao parto e representa Maria Madalena, uma pecadora; já a roupa usada pelas esposas dos comandantes é azul, cor que simboliza a pureza da Virgem Maria. Tudo ajuda a demonstrar a visão distorcida e distópica da República de Gilead.

6. A República de Gilead, onde a história do livro e da série ocorre, é mencionada várias vezes na Bíblia, nomeadamente no Génesis. Numa das referências é uma localização geográfica e uma espécie de fonte de substância curativa.

7. Há algumas diferenças entre o material do livro e a série, nomeadamente a introdução de personagens negras. A sua ausência no livro prendia-se com uma crença ligada a fundamentalistas cristãos, que consideravam que os negros  eram descendentes de Cam, o filho de Noé, e por isso parte de uma maldição. Para poder incluir atores e personagens negros na série, decidiram desviar-se desse aspeto. Na série, o Comandante Fred Waterford e a mulher, Serena Joy, são ainda muito mais novos do que no livro, onde são descritos como enrugados e com cabelo grisalho.

8. A série faz referência à Uber e à Craigslist como uma forma de mostrar que a história se passa nos dias de hoje e essa proximidade tem também a intenção de tornar todo o cenário mais assustador, como se pudesse realmente acontecer agora e não num futuro distante. Isto são informações que o criador Bruce Miller transmitiu em entrevista.

9. The Handmaid’s Tale é a primeira série original de um serviço de streaming a ganhar o Emmy de Melhor Série Dramática.

10. O livro é frequentemente material de estudo nos liceus americanos, mas foi removido em alguns por ser considerado profano, conter sexo ilícito e violência.

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