Diário de 7 dias de experiência na Apple TV+
| 15 Fev, 2020

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Hoje em dia todos querem ter a sua plataforma de streaming. Está na moda, é bom, atrai clientes e a Apple não podia deixar passar ao lado esta oportunidade de mercado. É neste seguimento que surge a Apple TV+, o serviço de streaming da empresa. Depois de alguns anos à espera, a Apple TV+ chegou finalmente no final do ano passado e entrou logo no mercado português, ao mesmo tempo que foi disponibilizada um pouco por todo o mundo.

Com o custo de 4,99 euros por mês, a Apple TV+ chega com um cartaz não muito grande, mas com oferta disponível que é, no mínimo, interessante. Decidi aproveitar a compra por parte da minha irmã de um iPhone, que vem com a oferta de um ano de serviço, para testar este novo player do streaming.

Com o objetivo de ser uma espécie de HBO que prima mais pela qualidade do conteúdo do que a Netflix, onde há um claro destaque para a quantidade, o serviço peca em muitos aspetos.

Em termos da sua disponibilidade em aparelhos eletrónicos, a subscrição torna-se complicada para quem não possua um aparelho da Apple. Não está disponível em Android e a quantidade de Smart Tvs onde está disponível é bastante reduzida. Só alguns modelos de 2018 e todos de 2019 da Samsung e LG é que têm a aplicação. A minha televisão é de 2017, o que não é propriamente antiga, e não tem disponível a aplicação. Acho uma situação inaceitável e espero que se resolva brevemente. Ainda assim, tentei abrir no browser da televisão e não funciona. A experiência não começou da melhor maneira.

Decidi, então, experimentar no iPad. A aplicação é visualmente interessante – menos do que a da Netflix, mas melhor do que a aplicação da HBO. É clean e percebe-se quais os conteúdos disponíveis. Porém, achei confuso juntarem dois serviços numa só aplicação. Para quem não percebe muito deste meio pode perfeitamente confundir a aplicação Apple TV, que permite alugar e comprar filmes como se fazia antes no iTunes, com a Apple TV+, o verdadeiro serviço de streaming. Falando concretamente da experiência em iPad, as legendas muitas vezes não funcionam e tenho de as colocar manualmente. Nada apelativo, portanto. E as transferências? Também não funcionam. Não consegui descarregar um único episódio. Falta um serviço de apoio ao cliente nesta situação. Se tiver algum problema com a Netflix ou HBO, sei que tenho uma linha de apoio para recorrer para resolver os problemas. E com a Apple TV+? Não sei.

A nível de computadores, decidi experimentar no meu, que não é um Macbook. Assim, não havia aplicação disponível na loja do Windows 10, mas permitia-me ver no browser do Chrome. Este é o formato onde o serviço é realmente pior. Fazer login é confuso e não está tão claro quanto devia. Ao ver um episódio, constatei que ele falha algumas vezes e nessas falhas não consegue fazer o refresh sozinho. É preciso recarregar a página manualmente. Não é uma experiência muito agradável.

Em geral, acho que o serviço tinha todo o potencial para se tornar um bom complemento à Netflix ou mesmo uma alternativa à HBO. No entanto, falta-lhe muito conteúdo. De destacar a série The Morning Show, que entrou no meu top de preferidas, e é um dos principais cabeças de cartaz do serviço. Em jeito de recomendação, se queres experimentar o serviço, aproveita os sete dias grátis para veres uma série ou duas que desejas ver deste catálogo ou aproveita a oferta de um ano na compra de um aparelho Apple, porque Não vale de todo os 4,99 euros por mês.

 

Diogo Alvo

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