A televisão foi algo sempre muito presente na minha vida. Desde pequena que me lembro de ver séries, algumas porque era o que o meu irmão via, outras que eu aprendi a gostar. Já dediquei uma crónica às séries da minha infância, às da minha adolescência, uma outra àquelas que mais me marcaram, mas houve muitas mais. Séries que me acompanharam em períodos diferentes da minha vida (algumas que nem consigo localizar o quando, visto que foi há tanto tempo), mas que fizeram parte da minha jornada como seriólica (quando ainda nem o era) e que me causam uma certa nostalgia e me fazem sentir velha. Fiquem a conhecê-las:
3rd Rock From the Sun: Esta foi certamente uma das minhas séries. Foi há tanto tempo que, para ser sincera, mal me lembro sobre o que era. Em termos muito simples, centrava-se num grupo de extraterrestres que, disfarçados de humanos, vieram para a Terra para estudar a população terráquea e os seus hábitos. Acho que era uma daquelas séries que passavam na RTP2, embora já não me recorde se era emitida à noite ou durante a tarde.
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Angela’s Eyes: Muito antes de Rectify e de Timeless, Abigail Spencer protagonizou esta série de 2006. Ao fazer estas crónicas é que eu tanto me apercebo do quanto a minha memória às vezes é péssima. Lembro-me dos nomes das séries, de alguns dos seus protagonistas, mas depois quando se trata da história em si nunca vou muito longe. Angela’s Eyes centra-se em Angela Henson, uma jovem agente do FBI especialista em identificar se as pessoas estão a mentir ou a dizer a verdade. No entanto, a carreira e a vida de Angela são marcadas pelo seu passado e pelo dos pais que, quando ela tinha 14 anos, se revelou serem agentes da CIA suspeitos de venderem segredos de estado ao inimigo.
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Bionic Woman: Um revival da série dos anos ’70 protagonizada por Lindsay Wagner, Bionic Woman centra-se em Jaime Sommers, uma jovem bartender que, depois de um acidente quase fatal, é salva graças a uma inovação médica experimental que a deixa com alguns membros biónicos. Assim, ela adquire uma força e rapidez impressionantes, bem como outras capacidades extraordinárias, enquanto trabalha para o Berkut Group, responsável pela sua cirurgia. Com uma nova vida, ela vai ter de adaptar ao seu novo corpo, bem como as suas capacidades recém-adquiridas, ao mesmo tempo que tenta lidar com o seu papel no Berkut Group.
Desperate Housewives: Esta é uma das séries mais importantes da lista. Desperate Housewives acompanhou-me durante vários anos e foi uma das primeiras séries que acompanhei regularmente e com expectativa. Eu e o meu irmão aguardávamos religiosamente pela emissão à noite na Sic, já não muito cedo. Confesso que houve uma altura em que me cansei da série porque acabou por se tornar sempre na mesma coisa, mas gostei imenso das primeiras temporadas. Do grupo de amigos, dos segredos, da intriga, dos mistérios, da sassiness de Gaby e de Edie (e mais tarde de Renee), da obsessão de Bree com as limpezas… Confesso que não gostei muito quando as personagens começaram a mudar, com Gaby a ter filhas e a assentar, com Lynette e Tom (um dos primeiros casais que shippei) separados… Há mudanças nas séries que fazem sentido e são parte do crescimentos dos personagens, mas há outras, como estas, que me parecem apenas desadequadas. No entanto, apesar de no final já não gostar tanto da série como no início, vou sempre recordá-la com carinho.
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Green Acres (Viver no Campo): Esta é a única série a preto e branco que me lembro de ter visto, o que não é surpreendente, uma vez que nasci em ’90, altura em que a televisão a cores já estava completamente generalizada. Esta série era muito engraçada e era diferente de tudo o mais. Os personagens principais eram um casal de Nova Iorque, Oliver e Lisa, que decidiu mudar-se para uma zona rural. A decisão parte de Oliver, que sonhava tornar-se agricultor, mas a sua mulher não se adapta muito bem à troca da vida numa grande metrópole. Havia também um porquinho de estimação e a outra coisa de que me lembro é que Oliver tinha de subir a um poste para falar ao telefone.
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Las Vegas: Como o próprio título indica, esta série é passada naquela que é conhecida como a cidade do pecado e do jogo, Las Vegas. A história decorre num casino ficcional, o Montecito Resort and Casino, e centra-se no funcionamento do hotel nos seus funcionários, nos mais diversos cargos. Há vários membros da família a trabalharem ali e a série está longe de se centrar apenas no trabalho no casino. Há envolvimentos amorosos, dramas familiares e sempre muitos convidados famosos. O cenário de Las Vegas não é muito a minha onda, mas era uma boa série para entreter durante um bocado e que vi muitas vezes com o meu irmão.
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Standoff: Centrada num negociador de reféns do FBI, Standoff explora, a cada episódio, um novo caso policial. Isso e a relação que Matt Flannery, o protagonista, mantém com Emily Lehman, a sua parceira, e que muito preocupa a chefe de ambos, uma vez que considera que essa ligação poderá afetar o trabalho dos dois. A série durou apenas uma temporada e, se bem me recordo, era emitida cá em Portugal pela FOX.
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The Pretender: Eu via esta série quando ainda era bastante pequena, mas mais tarde, por volta dos meus 16 anos, voltou a ser transmitida na tv cabo e vi todos os episódios que pude. Houve sempre muita coisa nesta trama que eu não percebi, já que nunca consegui ver a série do início ao fim, mas na altura era uma das minhas preferidas. A trama centrava-se em Jarod, um homem com a capacidade de se adaptar a qualquer coisa, a qualquer cenário, e que assumia as mais diversas vidas e/ou profissões enquanto escapava à perseguição do Center, a ‘organização’ onde foi criado desde pequeno e da qual fugiu. No seu encalço está Miss Parker, uma brilhante agente que foi também criada no Center e que conhecia Jarod. Miss Parker era, sem dúvida, a minha personagem preferida e o seu passado também estava envolto em mistério, com a morte misteriosa da mãe. A série era um interessante jogo do gato e do rato entre Miss Parker, o Center e Jarod, mas havia uma história de fundo ainda melhor, que fazia questionar as intenções daquela organização, o papel de cada um dentro dela e, sobretudo, o do pai de Parker. Até fiquei com vontade de pegar na série e de a ver do início ao fim!
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Tru Calling: Vi os episódios desta série tantas e tantas vezes! Quando andava no secundário, passava constantemente na televisão, mas parece que era daquelas séries de que nunca me fartava. Tru Davies é uma estudante de medicina que arranja um trabalho numa morgue e que, em contacto com os mortos, se apercebe que tem a extraordinária capacidade de voltar a reviver o dia em que as mortes ocorreram, de forma a poder preveni-las. No entanto, tamanho poder é também uma espécie de fardo, principalmente quando se trata de algo que é necessário esconder dos outros, mesmo que se trata da família e dos amigos. No geral, gostava de tudo na série, mas confesso que tinha um carinho especial pelas partes em que Tru interagia com os irmãos, Harrison e Meredith.
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Yes, Dear: Termino com mais uma que via na RTP2 com o meu irmão e sobre a qual recordo que era centrada em dois casais, Greg/Kim e Jimmy/Christine. Um deles era muito certinho, o outro era mais descontraído (e engraçado, para ser sincera!) e isso refletia-se em muitos aspetos das suas vidas. Kim e Christine são irmãs, mas não podiam ser mais diferentes em termos de personalidade nem na forma como lidam com a educação dos respetivos filhos. Era uma boa opção para umas quantas gargalhadas!
Diana Sampaio