Verão é sinónimo de calor, de idas à praia e à piscina, de passar mais tempo ao ar livre. No entanto, para nós seriólicos, o verão não significa deixar de parte as nossas queridas séries. Isso nunca! Se calhar para muitos não é a melhor altura para séries viciantes que obrigam a maratonas intensas, mas sim uma boa oportunidade para ver séries mais ‘leves’ que entretenham nos tempos livres. Em comum, estas séries têm o facto de já todas, em determinada altura, terem sido transmitidas na televisão portuguesa. Aqui ficam então algumas sugestões de comédias que considero serem uma boa opção para vos acompanhar nestes meses de calor:
Better With You
Esta série segue três casais: Vicky e Joel, que estão juntos há várias décadas e têm os típicos desentendimentos de um casal maduro; Maddie e Ben mantêm uma relação há quase dez, mas não se decidem a dar o passo seguinte, o casamento. O terceiro casal é constituído por Mia e Casey, que se conhecem há menos de dois meses, mas vão ser pais e querem casar. Estes três casais estão ligados por laços familiares, uma vez que Vicky e Joel são os pais de Maddie e Mia. A série durou apenas uma temporada, mas garanto-vos que há outras bem mais longas com menos piada. O casal mais velho é, de longe, o mais engraçado, mas toda a dinâmica familiar é divertida de ver.
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Dharma & Greg
Muito antes de ser o Hotchner de Criminal Minds, Thomas Gibson partilhou o protagonismo com Jenna Elfman numa comédia onde os opostos se atraem. Dharma é um espírito livre e foi criada por pais hippies. Greg cresceu com pais conversadores republicanos e frequentou as melhores escolas. No entanto, um único encontro bastou para que se apaixonassem e decidissem dar o nó. Imaginem unir pessoas tão diferentes numa família e garanto que o resultado como série de comédia é bem divertido, principalmente quando todo o núcleo se junta.
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Gary Unmarried
Gary é um tipo descontraído recentemente divorciado e com dois filhos adolescentes. Ele e a mulher, Allison, partilham a custódia dos miúdos, mas cada um tem o seu modo de encarar a educação deles, já que Gary é mais permissivo e Allison é quem impõe regras. O ex-casal está sempre pegado e em constantes despiques, mas o carinho que sentem um pelo outro é notório, mesmo por detrás de tantas piadas e ataques. Durante as suas duas temporadas, a série explora a dinâmica entre os dois, a vida em família e a incursão de Gary e Allison em novos relacionamentos.
Just Shoot Me
Já vi esta série há tantos anos que pouco me recordo de pormenores, mas garanto-vos que tanto eu como o meu irmão – a pessoa responsável por, na minha infância, me ter pegado o ‘bichinho’ das séries – gostávamos imenso. Eis aquilo de que me lembro: que a ação era centrada numa equipa que trabalhava numa revista de moda, a Blush. E lembro-me de Nina que, mesmo há tantos anos, era muito daquilo a que eu acho piada numa personagem de comédia: uma tipa bitch, sassy e que bebe demais. E há algo na série que se adequaria muito aos dias de hoje: alusões a Donald Trump. Geez, nem acredito que aquele homem foi eleito presidente! Aposto que Jack Gallo, o proprietário da Blush, também não conseguiria acreditar que o seu rival algum dia ascenderia a tão alto cargo.
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Last Man Standing
Cancelada este ano, Last Man Standing não tem uma premissa propriamente muito original (tal como a maioria das comédias não têm), mas cumpre o mais importante, que é o conseguir ter piada. Mike é um tipo à antiga, conservador e republicano, casado e com três filhas que lhe dão dores de cabeça suficientes. A mais velha, Kristin, engravidou quando ainda estava no liceu; Amanda é a filha do meio, fútil e com muito a dever à inteligência; por fim temos Eve, uma maria-rapaz inteligente e atlética que é claramente a preferida do pai, já que os dois partilham muitos interesses, tais como desporto, acampar e armas. A completar o rol de personagens temos algum do pessoal da Outdoor Man, onde Mike trabalha, incluindo o também pouco inteligente Kyle.
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Suburgatory
Esta é uma das minhas preferidas desta lista. Passada nos subúrbios, Suburgatory centra-se em Tessa Altman, uma adolescente inteligente e com quem é fácil criar empatia. Tessa, habituada a viver numa grande metrópole, não está extasiada com a vida em Chatswin. George, o pai dela, um homem ainda novo e atraente, é alvo das atenções das mulheres da cidade, especialmente de Dallas, a vizinha simpática e com aspeto de Barbie que tem uma filha imprestável chamada Dalia. Quando George e Dallas se envolvem, Tessa e Dalia percebem que vão ter que se habituar uma à outra, mesmo que não o queiram. Todas as cenas passadas no liceu são engraçadas e os vizinhos Sheila e Fred também são uma mais valia cómica na série.
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Mais uma que mostra que em finais dos anos ’90/início do novo milénio, se faziam séries bem mais engraçadas do que as dos últimos anos, mesmo sem fórmulas propriamente diferentes e/ou ‘ousadas’. No centro da trama estão Doug e Carrie, um casal muito diferente. Ele é um homem descontraído e simples, que gosta de viver a vida aproveitando prazeres simples como comer e ver desporto na televisão. Carrie tem mau feitio, gosta das coisas à maneira dela e parece ter um certo prazer na infelicidade dos outros. Ela e Doug discutem constantemente e têm de lidar com a presença do pai de Carrie, que se mudou para a casa deles desde que perdeu a sua, num incêndio. Assim, o casal encontra dificuldades em arranjar tempo a sós.
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The Middle
The Middle centra-se numa família tradicional americana, os Heck. Mike é o pai e Frankie a mãe. Axl é o filho mais velho, popular na escola e desportista e o que tem mais em comum com o pai. O sarcasmo, a preguiça e a personalidade egocêntrica são outras das características do primogénito. A filha do meio é Sue, a eterna otimista, traço que faz com que os outros a encarem como ingénua. A família fica completa com o caçula Brick, extremamente inteligente e um amante de livros, mas muito peculiar. The Middle não é muito diferente de outras séries familiares, mas é competente no seu papel de fazer rir.
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Traffic Light
Para além das famílias, os grupos de amigos são um dos focos habituais das séries e Traffic Lights insere-se precisamente neste segundo grupo. Mike, Adam e Ethan estão na casa dos trinta e são amigos desde a faculdade, mas cada um deles encontra-se em fases diferentes da vida. Mike é casado e tem um filho, Adam começou a partilhar casa com a namorada Callie, mas Ethan mantém-se tão solteiro como sempre foi. Os três esforçam-se por continuar tão próximos como dantes, equilibrando a sua amizade com as outras relações das suas vidas.
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Trophy Wife
Os primeiros episódios de Trophy Wife não são especialmente divertidos, mas a série cresce à medida que se vão conhecendo melhor os personagens. Pete é um homem de meia-idade que acaba de se casar pela terceira vez. Depois de uma primeira mulher perfecionista e exigente, de uma segunda mulher um tanto ou quanto doida, Kate é a terceira. Ela é bem mais nova que Pete e muito atraente. Depois, é só ver todas as mulheres da vida de Pete interagirem umas com as outras e com os filhos de ambos os casamentos. Os três miúdos também são bastante engraçados e diferentes uns dos outros e Pete está ali no meio, a tentar mediar tudo.
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Nota: As sugestões poderiam ter sido outras, mas não quis estar a repetir-me e a escrever sobre séries que dispensam apresentações e que já foram abordadas noutras crónicas.
Diana Sampaio