Once Upon a Time: um novo ciclo
| 20 Mai, 2017

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Ao longo das temporadas mais recentes, Once Upon a Time tem-se perdido em enredos repetitivos e desperdiçado tempo com personagens com quem o público não se preocupa. Houve plots bons mesmo numa altura em que a qualidade da série já não era a mesma das primeiras temporadas, mas a alma de OUaT parecia irremediavelmente perdida. Não, eu não tenho a capacidade de acreditar de Henry e pensei que aquilo que tornava a série realmente especial e mágica desaparecera. Não sei se foi a possibilidade de cancelamento que levou os criadores a optarem pela história que o episódio duplo de final de temporada nos trouxe, mas sinto-me grata pelo resultado. E se me mostrei hesitante aquando da renovação, agora mal posso esperar pelo que aí vem.

Eu sei que falei em repetições como algo negativo, mas não encaro o que aí vem como tal e sim como a continuação de um ciclo. Tudo começou com Henry a procurar a mãe biológica para que ela salvasse Storybrooke de uma maldição e agora é Henry que tem uma criança a bater-lhe à porta, a dizer-lhe que é sua filha e que a família precisa dele. Será que este Henry adulto perdeu a capacidade de acreditar? Porque é que não está em Storybrooke? O que aconteceu em todos estes anos que separam o Henry adolescente do homem em que se tornou? Confesso que ver respondidas todas estas questões me deixa ansiosa para que setembro chegue depressa, coisa que não me acontecia há muito. No entanto, a magia recuperada de Once Upon a Time não se limita a esta possibilidade.

Foi um verdadeiro presente para mim ver as personagens enviadas para a Floresta Encantada, encarnando quem são nos contos de fadas, e ver novamente a Evil Queen. Não Regina vestida de Evil Queen, mas a sua outra metade! Metade esta que está com o Robin do mundo alternativo. Os dois dedicam-se a roubar aos ricos para dar aos pobres (embora desviem uma parte para os luxos da nossa not so evil rainha). A parte da seta com um anel de noivado foi a cereja no topo do bolo. Se Regina não teve um final feliz com o seu amado, isto é o mais próximo que pode haver de um prémio de consolação. E se dúvidas havia de que havia alguma parte de Regina que fosse inteiramente má, estas caíram por terra, já que a sua outra metade estava disposta a fazer o derradeiro sacrifício. A sério que pensei que ela iria mesmo morrer! Desde o início da série que penso que Regina poderá morrer como forma de expiar aquilo que fez no passado. Não que já não tenha compensado o mal causado, mas ela irá sempre sentir o peso das suas ações enquanto Rainha Má. Ainda bem que não morreu. Não quero esse destino para nenhuma delas.

Bolas, eu engano-me muitas vezes! Pensei que Emma também iria morrer na batalha final. Não morreu! E enquanto passei (certamente os outros fãs também) episódios e episódios a pensar que esta batalha seria um confronto de forças/poder, não podia estar mais enganada. Tudo se resumia a Emma, sim, mas à sua capacidade de acreditar na magia. Quando ela deixasse de acreditar, o mundo da magia estava condenado a desaparecer e, com ele, todas as pessoas nos diferentes reinos de fantasia. Desta vez, claro, a maldição foi cortesia da Black Fairy, também conhecida por Fiona. Confesso que até gostei desta vilã, mas só agora. Adoro as possibilidades que se colocam sempre que os nossos personagens estão ‘adormecidos’ e sem saberem o que se passa, enquanto uns poucos estão ‘acordados’.

No entanto, nesta série, os vilões são sempre derrotados. Porque os heróis encontrarão sempre uma maneira de fazer a coisa certa, encontrarão sempre uma forma de se recordar daquilo que são e do que existe de bom dentro deles e conseguirão arranjar sempre uma forma de se encontrarem uns aos outros. Estas pessoas foram inimigas, mas tornaram-se família, morreriam umas pelas outras. Once Upon a Time recuperou a sua essência e, mais importante que tudo, a sua magia.

Fico triste por ver alguns dos personagens saírem da série! Adorava Rebecca Mader e a sua Zelena! Também vai ser estranho não ter a savior por perto, a única personagem que, como nós do mundo real, nem sempre acreditou. Também Charming, Snow, Belle e o Henry adolescente se despediram da série. Todos eles foram uma parte essencial desta história, mas estou muito entusiasmada com o que aí vem, mesmo sem eles. Um novo ciclo começa e só espero que esta nova viagem seja tão boa como a vivida nas primeiras temporadas. 

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