Existem personagens que odiamos, depois existem personagens que nos são indiferentes. A seguir vêm aquelas de quem gostamos. Depois há ainda as que são especiais, que nos conquistam de uma forma que outras não foram capazes, e que constituem as nossas paixonetas das séries. Algumas conquistam-nos pela sua personalidade, outras porque correspondem a um ‘tipo’ que se encaixa no nosso ideal e depois ainda temos aquelas paixonetas totalmente superficiais com base na aparência física.
Mas isto também não é uma crónica para se levar demasiado a sério! Avisamos já que também não discriminamos, temos meninas e meninos na lista! E queremos deixar claro que não partilhamos as paixonetas uma da outra, cada uma escolheu as suas. No entanto, cada uma de nós é pior do que a outra, portanto quisemos escrever isto juntas!
Alex Vause: Lembram-se daquele momento de Orange Is the New Black em que Piper pergunta a Alex: “Why do you always feel so inevitable to me?” Acho que esta frase consegue captar na perfeição a essência de Alex. Há qualquer coisa de muito magnético na personagem e não é apenas a voz sexy, a altura impressionante, os olhos verdes, o estilo cool e as tatuagens que combinam com ela na perfeição. Nem sequer sei explicar bem o que é, até porque Alex tem muitos defeitos, mas é o tipo de pessoa em quem é impossível não se reparar quando entra numa sala. Alex é atraente, tem uma presença forte e muito cativante, dá aquela sensação de que à volta dela nunca nada é monótono e, ainda para mais, gosta de livros, qualidade que muito aprecio.
Bright Abbott: Já viram bem o quanto Chris Pratt se tornou um tipo incrivelmente bem-parecido depois de há uns tempos para cá ter ficado em excelente forma física? Tornou-se uma visão extremamente agradável, mas quando, em Everwood, ainda era um puto novinho de cabelo encaracolado, personalidade pateta e cómica já eu tinha uma paixoneta por ele. Por Bright, melhor dizendo. Muito poucos rapazes conseguem o feito de serem patetas sem caírem no ridículo, mas ele consegue-o na perfeição. Aliás, é esse traço da personalidade de Bright que o torna encantador. Aquele exterior menos sério não é tudo o que Bright é; a verdade é que ele é um bom rapaz que comete erros, mas que tem qualquer coisa de incrivelmente adorável. Inclino-me a dizer que é do cabelo ou do sorriso. Ser bastante alto também ajuda!
Jax Teller: Correndo o risco de que alguém me queira linchar, vou dizê-lo na mesma: foi por causa do carisma de Jax que vi tantos episódios de Sons of Anarchy. Não é exatamente o meu tipo de série, mas o facto de o protagonista ser um bad boy de cabelo comprido, com olhos e um sorriso de fazer parar o trânsito ajudou. Depois percebi que se só estava a ver a série por isso podia simplesmente ver imagens no Google ou vídeos no YouTube das muitas vezes em que Jax tira a camisola. Não sou a maior fã de tatuagens, mas tenho de confessar que nele assentam na perfeição e que há qualquer coisa também de muito cativante na sua personalidade. Jax pode fazer parte de um grupo que atua na ilegalidade e que faz uma série de coisas reprováveis, mas acaba por ser um pouco o ‘moderador’ dos Samcro e identifica-se com a visão que o pai tinha quando criou o clube. Esqueçam os príncipes encantados que andam a cavalo porque esses são aborrecidos e o Jax fica bem é em cima de uma mota.
Nathan Scott: Vou deixar muito claro que o Nathan dos inícios de One Tree Hill é um estafermo e que não o suportava. No entanto, o puto idiota cresceu e deu lugar a um jovem decente e íntegro. Nathan não é perfeito, mas há muitas alturas ao longo da série em que prova estar muito perto disso. O lado de atleta talentoso é um extra simpático, bem como o facto de se ter tornado mais atraente à medida que cresceu, mas neste caso a personalidade impera sobre tudo o resto. Conseguiu-se distanciar-se de um passado familiar complicado, começou uma nova vida ao apaixonar-se por Haley, tornou-se o namorado e, mais tarde, o marido e o pai perfeito. Amadureceu muito e rapidamente e, para além disso, mostrou-se sempre muito consistente naquilo que quis e no que o fazia feliz, contrariamente ao que acontece com a generalidade dos adolescentes das séries.
Regina Mills/Evil Queen: Descobri que boa parte da minha sanidade mental há muito se tinha perdido quando a Rainha Má andava a fazer das suas (aterrorizar populações, matar pessoas, perseguir inocentes) e eu olhava para o ecrã e sentia-me fascinada por aquela mulher. O carisma da Evil Queen é inegável, a sua ousadia, as tiradas sarcásticas, aquela voz fria tão diferente da de Regina, o guarda-roupa visualmente fantástico… A Evil Queen é sexy, deliciosamente divertida, aquela vilã a quem se torna impossível odiar. Depois temos Regina, que mantém algumas das características da vilã, mas com certas ‘fraquezas’ e umas quantas inseguranças que a tornam muito humana e uma personagem credível. As duas são a mesma pessoa, mas tão diferentes em determinadas fases da vida que é impossível não fazer alguma espécie de distinção, embora uma não possa existir sem a outra. O passado de Regina não justifica o seu lado negro, mas ajuda a explicá-lo. Regina foi seduzida pelo mal da mesma maneira que me ‘seduziu’ a mim. Agora que, de facto, há duas delas, é ainda mais difícil não fazer uma separação, mas é impossível escolher uma favorita, já que Regina e a Evil Queen se completam.
Tim Riggins: Outro bad boy, outro rapaz sexy de cabelo comprido. Sim, eu tenho um género e é precisamente este. Tal como Jax, Tim também se mete em sarilhos (embora a um nível muito mais soft), faz muita coisa que não deve, mas apesar daquele espírito de rebelde é um bom tipo no interior. No início de Friday Night Lights é um adolescente do secundário sem regras, que gosta de festas, cerveja, de botas de texano e de ter muitas raparigas. Nenhuma destas características me fascina (embora o rapaz tenha muito boas qualidades), mas com um cabelo que dá vontade de despentear, uns abdominais incríveis e um palminho de cara… Não digo que andei a suspirar por ele, mas não me queixei uma única vez de todo o tempo de ecrã que teve, principalmente sem camisola. O personagem em si tem também uma evolução muito interessante, mas mesmo que não fosse o caso eu teria tido uma paixoneta por Tim. Termino da mesma forma que comecei, citando a Piper de Orange Is the New Black: “I like hot girls. And I like hot boys. I like hot people. What can I say? I’m shallow.”
Daryl Dixon: Não gostas de homens perto da casa dos 50, com ar de quem nunca tomou banho e que a cada hora diz meia dúzia de palavras? Isso é porque nunca viste The Walking Dead e te cruzaste com a personagem de Norman Reedus. É verdade que não é fácil olhar e gostar à primeira vista, mas todo aquele quadro deixa-me a suspirar episódio atrás de episódio: olhos azuis penetrantes, colete de cabedal sem mangas com aqueles braços musculados à mostra (ponto extra para as asas de anjo nas costas), crossbow às costas em cima de uma Triumph de 1976… Não dá para resistir…! Sem falar naquela evolução pessoal: de homem solitário com passado misterioso para um dos maiores pilares do grupo com coragem para dar e vender. O Daryl conquistou o coração de milhares e vai continuar a seduzir.
Tate Langdon: Quantas de nós é que não suspiraram ao ver o Tate chorar pela Violet? Ele pode ter violado a mãe dela, morto imensa gente e ser um psicopata, mas como resistir àquelas covinhas e sorriso maroto? O fruto proibido é sempre mais apetecido e apesar de ele ser um fantasma com graves problemas psicológicos não deixa de ser uma das personagens mais ‘atrativas’ da série! Porque, apesar de tudo, o Tate amava a Violet na sua maneira distorcida e, mesmo estando mortos, só queria a felicidade dela.
Sam e Dean Winchester: Quando Supernatural deu o ar da sua graça, esta dupla de irmãos deu muito que suspirar: um era o verdadeiro bad boy e o outro o romântico por natureza. Mesmo hoje, 12 anos e muitas mortes depois, os Winchesters ainda são dois dos maiores pedaços de mau caminho que existem na televisão. É como o ditado diz: “são como o vinho do Porto”! Eu bem sei que podíamos ficar aqui a escrever e a escrever sobre os prós de cada um destes dois irmãos – o humor sarcástico e negro de ambos, a cultura geral do Sam, o sorriso do Dean, a capacidade de mentir dos dois -, mas vou apenas dizer que gostaria de ser o fiambre desta sanduíche e ficamos por aqui!
Axl Heck: Ok, eu sei que sou de extremos! Primeiro o Norman, que é um DILF (não sabem o que é? Procurem na web), agora um rapaz novo… mas com um sentido de humor mesmo à minha medida! Para quem não conhece o Axl, ele é sarcástico, popular, atlético e aparentemente um idiota, mas também é um génio dos negócios (apesar de todos os falhanços), um romântico (quando está verdadeiramente apaixonado) e um doce para a família (mas só mesmo dentro de quatro paredes!). A sério! Vejam The Middle e tentem não ficar perdidamente apaixonados por ele… I dare you!!
Barry Allen: Super-herói, génio e nerd… o Barry é o homem de sonho de qualquer uma de nós! Além de não ser o típico herói musculado, é verdadeiramente inteligente! Fico completamente babada quando eles começam com todo aquele palavreado técnico, que eu não percebo, mas ele obviamente compreende… O seu único defeito? A namorada! Hey, mas vendo bem as coisas, se fores um pão sem sal tens totalmente hipóteses com ele! Ah! Ele ia-se rir agora, porque o Barry também tem sentido de humor, com piadas nerds (que nós totalmente percebemos!) à mistura e tudo!
Ramsay Bolton: Dos heróis aos vilões… Nunca resisti a um bom psicopata (ler ali a descrição do Tate, se faz favor), mas como o Bolton não têm mais nenhum! É verdade que não é fácil escolher apenas uma personagem de Game of Thrones para adorar (eu poria aqui 90% do elenco), mas o prémio vai para o pior/melhor deles todos. Apesar de todo o mal que fez à Sansa, ao Theon, ao Rickon e a centenas de mulheres (aquelas que ele violava e caçava na floresta), não consigo resistir àquele olhar cor do céu e sorriso maléfico. Se alguém merecia um prémio pela interpretação (e por roubar o meu coração) era o Iwan Rheon! Para sempre rendida a esta personagem… apesar de ela já estar morta… assim como 90% do elenco de GoT.
Partilhem connosco aqueles personagens por quem também têm uma paixoneta!
Diana Sampaio e Beatriz Pinto