Lady Gaga: mérito merecido ou imerecido?
| 20 Fev, 2016

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Não é segredo para ninguém que Lady Gaga é um nome polémico! Enquanto uns criticam as suas vestimentas estranhas e a sua música, outros apreciam precisamente a ousadia que lhe é tão característica, o facto de ela ser como é e ser muito aberta em relação a isso. Para aqueles que são verdadeiramente fãs, os little monsters, as músicas de Gaga têm uma mensagem, ela própria é veículo de uma mensagem importante de que nos devemos aceitar por aquilo que somos e agir da mesma forma em relação aos outros, além de ser um ícone para a comunidade gay.

O seu percurso na música já dura há algum tempo. Passaram-se oito anos desde que saiu Just Dance, a música que a lançou para o sucesso. Desde aí, somaram-se alguns prémios, entre eles três Grammys. No entanto, Gaga juntou, neste início de ano, um prémio bem diferente à sua coleção, mas não vou já por aí.

A artista é também conhecida pela teatralidade, gosta de montar espetáculo em palco, de dar nas vistas e adiciona sempre dramatismo aos seus vídeoclipes. Não vos vou mentir, eu sou uma grande fã de Gaga (até mais pela pessoa do que pela artista) e fiquei entusiasmada quando soube que ia participar em American Horror Story (até porque tinha desistido de ver a quarta temporada e ela era um bom incentivo para que eu retomasse a série), mas achei que a coisa podia correr muito mal.

Tive que ver o piloto assim que saiu! Fui vê-lo com expectativas elevadas, porque já adorei esta série, mas não mais! Demasiado gore para o meu gosto, sangue a mais, demais de tudo. Só Sarah Paulson (sempre fabulosa, embora desta vez com uma personagem detestável) e Lady Gaga fizeram com que aquela hora de episódio fosse menos penosa para mim. Confesso que fiquei surpreendida pela positiva com Gaga. Os cenários da série de Ryan Murphy e a própria história assentam-lhe que nem uma luva. Aquele papel parecia ter sido escrito de propósito para ela (não sei se foi, possivelmente não). Ela não parecia artificial, não parecia estar fora do seu elemento, parecia verdadeiramente encaixar-se ali. Andava pelos corredores daquele hotel como se fosse a rainha daquilo (ser condessa ajuda!). Mas eu sei que um episódio não chega para avaliar as competências de Gaga na representação.

No entanto, a verdade é que dia 10 de janeiro ela levou para casa o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme. Terá mesmo sido merecido? As opiniões dividiram-se, como se dividem sempre em relação a ela: uns acharam que o prémio foi merecido, outros não. Gaga competia com Kirsten Dunst – que tinha recebido excelentes críticas pela sua prestação em Fargo – e com Felicity Huffman, uma veterana com décadas no mundo da representação. Houve quem visse mérito na prestação de Gaga, mas achando que era cedo para lhe ser entregue um prémio deste calibre e logo na sua estreia em televisão. Alguns atribuem esta vitória à popularidade e ao fenómeno que o nome Lady Gaga representa. Seja como for, esta vitória ninguém lhe tira.

Se Lady Gaga vier a fazer parte do elenco da 6.ª temporada da série de Ryan Murphy, teremos todos mais uma oportunidade para vê-la representar e tirar dúvidas sobre se ela é, de facto, uma atriz com talento. Será, certamente, mais uma oportunidade que darei a American Horror Story, mas só por Gaga!

E tu, o que achas? A interpretação de Lady Gaga foi sobrevalorizada ou o mérito que lhe atribuíram é merecido?

Diana Sampaio

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