Orange Is the New Black: análise da 3.ª temporada
| 27 Jun, 2015

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De certa forma, esta é a série pela qual mais anseio durante o ano. Doze meses de espera por uma nova temporada é muito tempo e não há como não consumir os 13 episódios o mais rapidamente possível. É difícil fazer render quando sabemos que os episódios estão ali disponíveis, mesmo à nossa espera! Agora vou falar um pouco sobre aquilo que foi o melhor e o pior da temporada.

A qualidade de Orange Is the New Black é inegável e esta 3.ª temporada não é exceção. Nunca é perdido demasiado tempo com coisas pouco relevantes, as histórias avançam com dinamismo, os personagens mudam e há sempre questões importantes que merecem atenção. Na série há espaço para momentos divertidos, para momentos ternos e de certeza que não falta o pior do ser humano.

Depois de uma incrível transformação da primeira para a segunda temporada, eis que Piper continua a surpreender e muito. A mulher (quase) inocente que entrou na prisão já não existe e Piper é agora uma pessoa quase implacável. Não sei bem o que pensar disto, mas acho que ela está a brincar demasiado com o fogo e que, das duas uma, ou se arrisca a ver a pena aumentada se continua com as gracinhas do seu negócio das cuequinhas ou então um dia ainda vai chatear alguém a sério e a coisa não lhe correrá bem. Acho que não gosto desta Piper e definitivamente não gosto de Stella. Trust no bitch, right? No meio disto tudo, continuo a gostar de Alex. Não sei se me acredito que lhe vá mesmo acontecer alguma coisa, mas espero que não. Quero voltar a ver a versão badass da personagem na próxima temporada.

Senti saudades de Nicky, mas ela é a prova de que na prisão não há lugar para grandes brincadeiras, a não ser que se queiram arriscar a ser transferidos para uma prisão de segurança máxima. As drogas deram cabo da vida de Nicky no passado e ela permitiu que continuassem a fazê-lo. É uma pena que não tenha estado presente para assistir às últimas de Morello. Ela e o Vince fazem um casal muito engraçado.

Uma das minhas partes preferidas nesta temporada foi a aventura de Crazy Eyes pelos caminhos da literatura estilo 50 Shades of Grey e a sua legião de fãs, sempre sedentas de novos desenvolvimentos e muito prontas a darem sugestões. Quase tão bom quanto isso só toda a gente a proclamar ser judia só para comer as deliciosas refeições kosher em vez da porcaria da comida que era servida ao resto.

Do lado negativo, não gostei nada da história do cultozinho manhoso da Norma e das proporções que aquilo foi tomando até levar Soso a tentar matar-se. Pior só o que fizeram a Sophia, que foi para além de inumano. E o novo guarda-prisional Coates merecia ser capado! Livrámo-nos de Pornstache e agora temos outro sacana pronto a chegar-se à frente!

Pennsatucky é outra das personagens que para mim evoluiu muito esta temporada, mas no bom sentido. Conseguiram humanizá-la, mostrar que ela é mais do que uma drogada homofóbica e aí Big Boo acaba por ter um papel muito importante. E os flashbacks também. Alguns não acrescentam muito à história, mas outros são verdadeiramente interessantes, permitem-nos conhecer as personagens de uma forma completamente diferente.

Também é impossível falar desta temporada sem mencionar Daya! Que montanha russa que foi esta temporada para a personagem! Com Bennett a pôr-se na alheta, a mamã Pornstache a chegar-se à frente para criar o bebé e a egoísta, mas não totalmente mal-intencionada, Aleida. Não sei porquê, mas simpatizo muito com esta personagem.

A temporada terminou da mesma forma que começou, com um episódio bastante morno numa temporada recheada de bons episódios. Foi um corre-corre para ver a temporada o mais rapidamente possível, mas aproveitei todos os episódios ao máximo, até porque demorará muito a vir o próximo rol.

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