O melhor da 4.ª temporada de Game of Thrones
| 11 Abr, 2015

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A 4.ª temporada da série sensação da HBO foi recheado de momentos emocionantes, tanto pelos piores como pelos melhores motivos, mas como é Game of Thrones, normalmente as surpresas são desagradáveis… Seja como for, por muito que soframos nestas terras de Westeros, uma pessoa é tão viciada que não consegue largar! Para recordar a temporada anterior antes de entrarmos de pés juntos, aqui ficam quinze momentos inesquecíveis do ano anterior!

Tywin derrete a espada dos Stark (Two Swords)

Esta é a cena que inaugura a nova temporada. O patriarca dos Lannister destrói a Ice, a icónica espada da Casa Stark para fazer novas espadas para o filho e para o neto. Ao som de uma jistura de Rains of Castamere e a música dos Stark, Twyin observa a queda final da família do norte. Não há falas e a única luz é a do aço valiriano. Foi arrepiante, horrível, megalómano e brilhante.

O Purple Wedding (The Lion and the Rose)

O momento pelo qual todos esperávamos aconteceu logo no segundo episódio. Joffrey já andava a chamar a morte há muito tempo depois de todas as atrocidades que cometeu ao longo das primeiras três temporadas. Havia algo de muito errado no rei de Westeros. E isto é dizer muito numa série como esta.
Mas nem só a morte do jovem Baratheon foi o casamento. Todos os acontecimentos na cerimónia foram fantásticos, desde o teatrinho dos anões, aos maus-tratos do noivo a Tyrion e à conversa recheada de ameaças veladas entre Tywin, Cersei, Oberyn e Ellaria. Tudo isto culminou no envenenamento de Joffrey, que sofreu uma morte horrível e muitíssimo merecida ao lado de uma muito impotente e desesperada Cersei.

A despedida de Jaime e Brienne (Oathkeeper)

O herdeiro de Tywin deve ser das personagens que mais evoluíram… Começou por ser o arrogante Lannister, odiado por ter empurrado Bran Stark da torre em Winterfell e amante da irmã gémea. Mas não há dúvida que tudo mudou quando foi preso por Catelyn e ainda mais quando lhe cortaram a mão direita. Para mim, neste momento existem dois Jaimes. O que está com Cersei e o de Brienne. Acho que nem o próprio Jaime sabe qual quer ser, mas parece-me que está mais inclinado para a segunda opção. Prova disso é que rejeitou a ideia da irmã de matar Sansa e pediu à ex-companheira de viagem para proteger a jovem Stark. A despedida de Jaime e Brienne foi recheada de palavras por dizer e bastante emocionante. Eu bem queria que Jaime fosse com ela…

O discurso de Tyrion no seu julgamento (The Laws of Gods and Men)

Injustamente acusado de matar o sobrinho, vê a sua vida piorar ainda mais quando Shae testemunha contra ele no julgamento. Arrasado com mais aquela traição, Tyrion explode e quem o pôde culpar? Esta cena foi Peter Dinklage no seu melhor e o facto de o Emmy lhe ter fugido é algo que não compreendo. A raiva e a mágoa na sua voz eram palpáveis e pedir o julgamento por combate foi o final perfeito. As expressões de Cersei, Jaime, Margaery, Tywin, Shae e Oberyn, foram impagáveis. Com a música de fundo, não era precisas mais palavras. Grande, grande cena. Pessoalmente, é a minha favorita da temporada.

Daenerys e Daario: “Tira a roupa” (Mockingbird)

OK, eu sei que aqui não há interesses políticos, mortes ou surpresas. Contudo, há muito tempo que andávamos à espera do dia em que Dany se rendesse de vez a Daario. Desde Khal Drogo que não víamos a Mãe dos Dragões interessada num homem (pobre Ser Jorah) e o guerreiro há muito que conquistara os fãs. O momento foi recheado de sensualidade e não foi preciso mais para ficarmos enfeitiçados.

O beijo de Petyr Baelish e Sansa Stark (Mockingbird)

Todos sabíamos que o Mindinho era apaixonado por Catelyn Stark desde que eram pequenos, o que tornou esta cena ainda mais perturbadora. Admite a Sansa a verdadeira razão pela qual matou Joffrey. Diz-lhe que num mundo diferente ela podia ser sua filha. Sempre disseram que Sansa era a mais parecida com Cat dos quatro irmãos. Cá para mim Baelish arranjou maneira de substituir Cat e está a usar a filha. Sou da opinião de que o Mindinho é das personagens mais inteligentes da história, mas é também das mais perturbadas. Nossa senhora.

A luta entre Oberyn Martell e o Montanha (The Mountain and the Viper)

Este, foi, sem dúvida, um dos momentos altos da temporada e um dos mais esperados. Ao mesmo tempo que Oberyn salvava Tyrion, vingaria a irmã, violada e morta pelo Montanha. Só conhecemos o príncipe de Dorne esta temporada, mas não demorou muito tempo até se tornar uma personagem muitíssimo popular. Obviamente, isso tornou a sua morte muito mais dolorosa. A luta em si foi fantástica e bem feita. Oberyn dançava na arena e esteve a um danoninho de triunfar. Mas o orgulho e a amargura e o sentido de justiça falaram mais alto e o Red Viper sofreu uma das mortes mais horripilantes da série.

O riso histérico de Arya (The Mountain and the Viper)

Desde que Ned Stark foi decapitado que as viagens de Arya parecem não ter fim. Quando finalmente parece ter chegado a uma nova casa… descobre que a tia morreu. De certa forma, o riso de Arya é o riso de todos nós. O mundo dos Sete Reinos é horrível onde apenas a desgraça vence. A raiva de Arya já se foi, a inocência da pequena Stark é uma miragem… só lhe resta rir. E não é que o mesmo acontece connosco ao vermos esta série?

Daenerys expulsa Ser Jorah da sua corte (The Mountain and the Viper)

Viserys morreu. Drogo também. A única pessoa da antiga vida de Dany era Jorah Mormont, o seu fiel conselheiro. O que tornou ainda mais dolorosa a traição de Jorah. As cartas que escrevera para Robert Baratheon são descobertas e Dany expulsa o amigo de Meereen. A dor de ambos era evidente e tenho medo desta separação a longo prazo, mas a herdeira dos Targaryen não tinha muitas opções…

A transformação de Sansa Stark (The Mountain and the Viper)

Sansa passou as primeiras três temporadas a ser torturada pelos Lannister em King’s Landing. Primeiro era a prometida de Joffrey, mas tudo mudou quando o rei mandou decapitar Eddard. Depois foi feita prisioneira até ser casada com Tyrion, que desprezava. Aquando a morte de Joffrey, Mindinho salvou-a e levou-a para o Vale de Arryn, disfarçando-a de Alayne Stone, uma bastarda. Até este episódio, Sansa sempre fora uma menina bastante inocente. A morte da tia deixou-a sem ninguém de família no mundo (pelo menos que ela tenha conhecimento). Como tal, Sansa resolve entrar no jogo. Mente por Mindinho, muda de visual e abraça a identidade de Alayne. O seu futuro? Ainda está por definir, mas estou desejosa que Sansa entre oficialmente no jogo, seja ele qual for.

A morte de Ygritte (The Watchers of the Wall)

You know nothing, Jon Snow. O bastardo Stark não tem tido uma vida fácil na Muralha. Todavia, duvido que ele imaginasse sequer que um dos problemas que tivesse fosse com mulheres. Pois é. Jon apaixonou-se pela wildling Ygritte quando se infiltrou no povo selvagem. Deixou-a porque o seu dever é na Patrulha… mas não queria dizer que a tivesse esquecido. Ygritte morreu na batalha da Muralha com a flecha de um menino que quis vingar a família. Chorei por Jon e por Ygritte, mesmo sabendo que não havia futuro para os dois.

Stannis Baratheon salva a Patrulha da Noite (The Children)

Desde a terceira temporada que andávamos à espera deste momento… Stannis percebeu muito antes de todos que as guerrinhas entre famílias não eram a verdadeira ameaça em Westeros. Mas sim o perigo cada vez mais real que se escondia do outro lado da Muralha. Demorou, mas foi. Quando a épica luta entre a Patrulha e os wildlings parecia ganha por estes últimos, o único Baratheon vivo chegou para salvar os irmãos (e Jon Snow!!). Um momento muito aguardado pelos fãs e que não desiludiu.

Dany tranca os seus dragões (The Children)

A notícia de que Drogon matara uma criança não chocou ninguém. Na verdade, desde o início da temporada que andávamos a ser avisados que os dragões são criaturas selvagens e que não ouvem ninguém. Todavia, isso não impediu de partilharmos a dor de Daenerys quando teve que fechar os seus dragões. Há tanto tempo que a jovem Targaryen anda a lutar contra a escravatura e ter que acorrentá-los? Um dos momentos mais tristes da temporada. E Drogon, por onde anda?

A luta entre o Cão de Caça e Brienne (The Children)

Enquanto a batalha entre Oberyn Martell e Gregor Clegane teve uma certa beleza e arte, esta foi violenta no seu estado mais puro. Brienne descobriu Arya por acaso na companhia de Sandor Clegane e lutou para ficar com ela. O engraçado foi que ela se aproveitou e escapuliu, deixando os dois para trás. A briga foi equilibradíssima. Brienne não se deixou dominar pelo Cão de Caça e juro que parecia tão real.. No final, ficamos com a impressão que Clegane morrera… mas será mesmo assim?

Tyiron estrangula Shae e mata o pai na casa de banho (The Children)

Pessoas a morrer nesta série é tão normal que nós já mal notamos. Todavia, estas duas tiveram um significado especial tanto devido à identidades das vítimas como à do assassino. Depois de uma temporada inteira preso por um crime que não cometeu, Tyrion é libertado pelo irmão Jaime. Mas Tyrion ainda faz uma paragem antes de sair da Fortaleza Vermelha. O problema é que Tyrion encontra mais do que espera nos aposentos do pai. Shae, na cama, à espera de Tywin. É demais para Tyrion. Fora de si pela dupla traição, o Lannister estrangula a amada antes de procurar o pai… a quem tira a vida com a flecha de uma besta. De cortar a respiração!

[Nota: A cena da violação de Jamie a Cersei do episódio 3 não foi incluída por ter sido mencionada noutra crónica]

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