Hello, Upper East Siders.
Gossip Girl here.
Your one and only source into the scandalous lives of Manhattan’s elite
Quando a SIC começou, em 2009, a transmitir a série, eu não fazia ideia do impacto que Gossip Girl teria em mim. Comecei a assistir por curiosidade (afinal, as roupas eram giras e passava-se em Nova Iorque) aos domingos à tarde quando não me apetecia fazer nada.
Não sei bem que altura é que aquilo passou de uma mera distração para a primeira série que assisti dali até ao fim sem interrupção. A sério. Não fazia nada o género de série que eu costumava ver (na altura só via policiais e comédias). Dramas não era muito o meu género. Fazia sempre uma careta quando davam na TV. Eu própria era adolescente na altura e já tinha drama suficiente na minha vida. Adolescentes milionários que levavam uma vida de loucos em Manhattan? Nunca na vida. Não sou grande fã de séries teen. Os triângulos amorosos aborrecem-me. Sim, eu sei. GG tem uma lista sem fim disso.
Na verdade, um dos aspetos que me chamou à atenção foi Serena. Ela era inicialmente a personagem com mais destaque e o centro de todas as atenções. Eu, contudo, rapidamente desviei mais as minhas atenções para a sua melhor amiga, Blair Waldorf. Desde a primeira vez que a vi percebi que havia algo para lá da fachada de menina rica do Upper East Side. Blair era mazinha, a pior cabra (palavras suas!) da zona, mas também uma amiga e namorada dedicada.
No que muita gente via como uma história superficial sobre meninos mimados, eu via um grupo de quatro amigos cujos pais nunca estavam presentes, que viviam numa classe privilegiada e que faziam tudo uns pelos outros. OK, eu sei que os dedos não chegam para contar o número de vezes que se traíram. Todavia, quando se trata de família a única opção é perdoar, certo? Afinal, por muito que Nate, Serena, Chuck e Blair se odiassem, estavam sempre lá uns para os outros.
Da primeira à sexta temporada, eu assisti a todos os episódios com um sorriso nos lábios. Foi a série da minha adolescência e o meu refúgio quando a minha vida no mundo real se tornava insuportável. Ri, chorei e sustive a respiração em mais do que uma ocasião.
As minhas personagens favoritas eram, sem dúvida, Blair Waldorf e Chuck Bass. Eu sei que eles próprios formavam o casal mais popular da série mas separados eram também tão fortes. Eles foram a principal razão da minha lealdade durante seis anos. Quem diria que aquela inesquecível noite na limousine mudasse o rumo da história. No que começou por ser uma maneira de destabilizar o namoro dela com Nate tornou-se das cenas mais assistidas e favoritas do público. Melhores do que essa só mesmo quando Chuck admite a Blair que está apaixonado por ela e o casamento, claro. Como, COMO não adorar Chair?! Eles foram as personagens que mais evoluíram e que mais mereciam um final feliz. Pulei de felicidade no final da segunda temporada!
Todo este meu amor por Chuck e Blair ofusca um bocadinho Serena e Nate, que são personagens mais ‘calmas’ e menos interessantes, Claro que não havia GG sem eles e sou super fiel ao Non-Judging Breakfast Club. Mas… Favoritos são favoritos! Contudo, não há dúvida que eles serão sempre muito melhores do que o Lonely Boy de serviço. O Dan Humphrey nunca me caiu no goto. Sempre o achei um wannabe irritante. Teve os seus momentos mas não gostei nada que fosse ele a Gossip Girl. E nem vou falar de quando ele e Blair andaram enrolados. Não, não, não. Pior ideia de sempre. Sei que ele e Serena ao início eram o casal sensação mas ele ficou tão idiota que não me agradou muito que se tivessem casado. Teria sido muito melhor que os loiritos tivessem ficado juntos.
Não há dúvida que eram esses cinco o pilar de Gossip Girl. Muitos passaram por lá e mexeram com a história. A mais inesquecível foi Georgina Sparks, a única – à exceção de Chuck – que conseguia fazer frente a Blair (e que perdia, claro). Claro que também havia outros no elenco principal, como Lily, Rufus, Vanessa ou Jenny. Gostava de todos eles à sua maneira, mas eram mais secundários.
Sinceramente, nunca soube bem porque é que a série me marcou tanto. Não é nenhuma obra prima, apesar de ser das melhores do género. Talvez porque me tenha acompanhado durante a adolescência. Uma espécie de coming of age. Não sei. Apenas sei que há séries especiais, que nos marcam e rever episódios deixa-nos sempre nostálgicos. Cada vez que assisto a um episódio dou por mim a recordar quando o vi e como era a minha vida na altura.
And who am I? That’s one secret I’ll never tell.
You know you love me.
XOXO