Só porque tiveram apenas uma temporada, não quer dizer que certas séries não mereçam ser vistas. Até porque algumas mereciam bem mais tempo de ecrã e outras foram perfeitas mesmo que tendo sido tão curtinhas. Outras podem não ter sido tão brilhantes, mas serviram perfeitamente um propósito cómico ou de entretenimento e isso também é importante. Eis as minhas escolhas de séries de uma temporada de que mais gostei.
Harper’s Island: Posso descrever esta série numa única palavra: awesome. Tinha espreitado alguns episódios na FOX, mas não acompanhei tudo e depois lembrei-me de começar a ver do início. Foi uma ideia brilhante. Poucas séries me viciaram tanto. Além disso, não caiu num cliché previsível, quanto mais via, mais surpreendida ficava. E o assassino? I didn’t see that coming! Foi tão bom que fico contente que tenha tido apenas uma temporada. Uma série tão boa como esta poderia perder qualidade se fosse muito alongada e gosto de Harper’s como a recordo: perfeita.
Melrose Place (2009): Esta série foi um dos meus maiores guilty pleasures. Viciei-me rápido e andei séculos a adorar a Katie Cassidy pelo seu papel (eu adoro uma boa bitch). Quando descobri que tinha sido cancelada fiquei bastante chateada, mas pronto, foi um daqueles remakes que não teve muito sucesso. Pena, porque era bem mais cool do que 90210. A série não era brilhante, mas era, de certa forma, irresistível.
Miami Medical: Ora aqui está uma série médica cujo foco eram mais os casos propriamente ditos e não a vida pessoal dos personagens. O melhor é que os casos eram realmente interessantes, ao contrário do que acontece na maior parte dos dramas do género. Confesso que comecei a ver a série por causa da Lana Parrilla, mas o meu interesse depois foi bem mais além disso. Poderia ter sido uma série bastante interessante se tivesse continuado neste sentido, focada na medicina, mas não me queixo que tenha sido cancelada, porque se assim não fosse, provavelmente não teríamos Lana em Once Upon a Time e não consigo imaginar outra atriz a interpretar Regina.
Invasion: Não é normal que os canais abertos passem alguma coisa de jeito, mas eu via isto aos domingos (se não estou enganada) à tarde na RTP e era bem porreiro… e estranho. Andava à volta de um fenómeno qualquer que envolvia híbridos ou extraterrestres (ou ambas as coisas). Depois tinha a típica situação das pessoas a lidarem com o caos… Já não me lembro de grande coisa, mas gostei bastante do que vi.
Deception: Podem dizer que é dos maiores fails que andaram por aí, mas não me interessa, eu gostei. Podem dizer que era um bocado Revenge, mas discordo. Basicamente a personagem principal, a detetive, era um bocado desinteressante, mas aquela família meia disfuncional cativou-me. Era a típica família rica cheia de podres e coisas a esconder, mas havia ali questões interessantes. E aquela Sophia matava-me. A tipa era um máximo! Esta é daquelas séries que se se tem prolongado muito se teria tornado uma verdadeira novela mexicana, mas mais uma temporada para explicar quem afinal matou Vivian não teria sido nada mau.
My Generation: Esta série não deve ser conhecida por muitos. É normal, durou apenas oito episódios, mas eu gostei. Era a história de um grupo de alunos do secundário que participaram num projeto documentário na altura do seu último ano. Dez anos depois, a mesma equipa de filmagens acompanha as suas vidas e vemos as diferenças (ou não) que estas pessoas sofreram e as suas relações. Pessoalmente achei o conceito interessante e se alguns dos personagens podem ter sido um pouco estereotipados no liceu, na idade adulta as coisas são um bocado diferentes. Além disso, não é daquelas séries parvas de adolescentes.
Flashforward: O início cativou-me logo. Aquele ‘apagão’ coloca logo imensas perguntas, é impossível resistir à curiosidade. É outra série que deveria ter tido mais uma temporada para responder a questões prementes, mas que também não poderia ter durado muito, se não tornar-se-ia numa daquelas séries que perdem o interesse.
Pan Am: Nunca tinha visto uma série centrada em hospedeiras ou que se passasse basicamente no interior de um avião. Nisso, Pan Am prima pela originalidade e consegue incluir-se ligeiramente nas séries de época. A série era levezinha, mas conseguiu alguns momentos mais interessantes, por exemplo na história de Colette Valois. Além disso, havia personagens engraçadas, as relações entre hospedeiras e pilotos também eram engraçadas… Nada mau mesmo para uma série de fim-de-semana à tarde.
Emily Owens M.D.: As séries médicas costumam ter como protagonistas pessoas confiantes, que são levadas a sério e se levam a sério… Ou pelo menos se não é bem assim… Bom, ninguém é como Emily Owens. Basicamente, ela é como uma miúda insegura do liceu, só que em vez de o cenário ser uma escola, é um hospital. E a coisa tem piada precisamente porque Emily é uma rapariga querida, simpática e que até não é nada má naquilo que faz, mas que não é nenhum ‘tubarão’ e não quer ‘pisar’ ninguém. Não há nada de mal com uma personagem assim. Não gostava nada daquela colega da Emily que andava sempre a embirrar, da antipática da Dr.ª Gina Bandari, nem sequer da amiga da Emily. A história dela estar mais ou menos interessada nos dois médicos giros também não é nova, mas eles também eram fofos e nenhum seria uma má escolha.
GCB: Não vos vou enganar. GCB é bastante mau! Só que é bastante divertido e funciona como um verdadeiro guilty pleasure. Mas se não têm tolerância para séries parvas, é melhor manterem-se longe desta. Imaginem, sei lá, uma versão aparvalhada de Desperate Housewives, passada no Texas, e é basicamente isso que esta série é.
Querem partilhar convosco as vossas séries preferidas de apenas uma temporada?
Diana Sampaio.