Livros e filmes que davam boas séries
| 05 Abr, 2014

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São alguns dos meus livros e filmes preferidos e aqueles que eu acho que poderiam ser mais explorados (ou de outra forma) em séries. Provavelmente, para a maioria destes, uma mini-série seria o bastante, mas já acrescentaria bem mais do que as duas horas de filme de alguns. No que aos que são livros diz respeito, a imagem acrescenta sempre alguma coisa que as palavras não conseguem.

Para as adaptações de alguns até já tenho atores em mente, venham espreitar:

Atonement (Expiação)

Este é o meu filme preferido. Aquele que consigo ver cinco vezes e emocionar-me sempre da mesma forma. O livro também é brilhante e também ele é UM dos meus preferidos. Ian McEwan fez um excelente trabalho com a escrita. É a história de um amor que é ‘condenado’ pelo falso testemunho de uma miúda de 13 anos, mas também de redenção. Os envolvidos vêem as suas vidas mudadas para sempre e tudo por uma simples… mentira. É simplesmente lindo e tem uma grande banda sonora que me tira o fôlego.

Atonement é daquelas séries que eu entregaria ao cuidado de uma cadeia de televisão britânica. Os personagens são britânicos, o cerne da história passa-se em Inglaterra, portanto quereria ouvir verdadeiros sotaques britânicos. Quanto a Keira Knightley e James McAvoy, eles são excelentes actores (ela é mesmo uma das minhas favoritas), mas não foram a mais brilhante escolha de casting de sempre. Keira é demasiado bonita para interpretar Cecilia e James também não tem o perfil de Robbie.

Nota: O filme contou com Benedict Cumberbatch (Sherlock) e Alfie Allen (Game of Thrones) também no elenco.

Big Fish

O meu filme preferido de Tim Burton. E não, este não tem Johnny Depp no elenco. Mas tem Helena Bonham-Carter e Jessica Lange, que é sempre uma actriz a seguir. É sobre um homem no leito de morte que conta histórias absolutamente mirabolantes da sua vida até ali. Histórias tão fantásticas que não podem ser reais, mas por isso mesmo tão ‘mágicas’.

Change of Heart (Em Troca de Um Coração)

Se bem me recordo, foi o primeiro livro de Jodi Picoult que li e, por coincidência, aquele de que mais gostei, sem qualquer espécie de dúvida. O marido de June e uma das filhas foram mortos e um rapaz que trabalhava para eles é acusado dos crimes. Vários anos depois, a outra filha de June precisa de um transplante de coração e o homem acusado pelos crimes oferece-se para doar o seu após a sua condenação à morte. A história é muito interessante, traz à tona algumas questões que nos fazem pensar e há certos momentos em que me faz lembrar do filme The Green Mile (À Espera de Um Milagre).

Sugestão para interpretar a advogada Maggie Bloom: Sara Ramirez. Desde o primeiro minuto que ela me ocorreu.

Love and Other Impossible Pursuits (As Coisas Impossíveis do Amor)

Outro dos meus filmes preferidos, outro dos meus livros preferidos. A autora é Ayelet Waldman e o filme é protagonizado pela minha actriz preferida, Natalie Portman. É a história de uma jovem mulher, Emilia, a lidar com a morte da sua bebé recém-nascida. Emilia é a segunda mulher de um advogado uns anos mais velho e tem também de lidar com o seu enteado, um menino muito precoce e complicado. Apesar de focar a perda, não é um filme muito pesado, embora isso não impeça que seja tocante.

Uma série baseada nesta história precisaria, à semelhança do livro, de ser narrada pela protagonista. Os comentários sarcásticos e por vezes cínicos que Emilia faz do que está à sua volta tornam-na imensamente humana e fez-me aproximar-me bem mais da personagem. Lisa Kudrow entra neste filme como a mãe do enteado de Emilia, mas não me convence no papel. Não apenas por eu estar habituada a ver a actriz noutro registo, simplesmente não convence. Marcia Gay Harden, de Trophy Wife, seria brilhante no papel interpretado por Kudrow.

Monster (Monstro)

Este filme valeu (muito merecidamente) o Óscar de Melhor Actriz a Charlize Theron. Para quem não conhece, ele baseia-se na história real de Aileen Wuornos, uma prostituta que é considerada a primeira mulher serial-killer dos Estados Unidos. Como já disse, é a história de uma prostituta, que mata pela primeira vez quando um homem a tenta violar. Algumas coisas se passam pelo meio, mas a partir daí, Aileen comete mais meia dúzia de assassinatos, alguns com a cumplicidade da sua namorada, Selby Wall. Quando se descobrem os crimes, Aileen é acusada, mas sozinha, uma vez que ela tenta proteger a namorada e a namorada a culpabiliza de tudo sem se envolver. Então Aileen é condenada à morte.

Uma série sobre esta história deveria pegar na adolescência problemática de Aileen e o que a terá levado àquela vida. Depois, gostaria também de ver mais sobre Selby, principalmente depois de Aileen ter sido descoberta. Sempre me perguntei se Aileen teria sido condenada à morte se Selby tivesse confessado o seu envolvimento nos crimes. E sempre me questionei como é que ela foi capaz de fazer aquilo a alguém que supostamente amava, como é que lidou com a execução. Gostava de ver isto bem explorado, bem como o que Aileen sentiu ao ser ‘abandonada’ pela namorada.

One Child e The Tiger’s Child (A Criança Que não Queria Falar e A Menina Que Nunca Chorava)

Estas duas obras são da autoria de Torey Hayden e as duas centram-se em Sheila, uma criança maltratada, que Torey conheceu através do seu trabalho como psicóloga infantil e professora de Educação Especial. No primeiro livro, Sheila é uma criança pequena, no segundo é já uma adolescente, mas nos dois ela tem em comum a necessidade se sentir amada, mesmo que tenha sempre tentado escondê-lo. E Torey tenta ‘chegar’ a esta miúda, por mais difícil que ela torne as coisas e que as circunstâncias as afastem. É muito comovente, ainda para mais sendo baseado numa história verídica.

Orphan (A Órfã)

Esta menina é adorável, não é? À primeira vista sim, pelo menos. Mas depois de ser adoptada por Kate e John, um casal com mais dois filhos, começa a haver pormenores estranhos… John acha que é fruto da imaginação de Kate, mas quem vê o filme concorda com Kate. Até que somos ‘atacados’ pela verdade acerca desta miúda. O filme não é bem de terror, mas provavelmente agradaria aos fãs do género. Bem, não arranjariam era melhor do que Vera Farmiga para o papel de mãe. Cada vez que vejo algo com ela, fico mais fã do trabalho de atriz. Sem dúvida que este filme daria uma ótima série.

The Other Boleyn Girl (Duas Irmãs, Um Rei)

O livro de Philippa Greggory é ótimo, o filme nele inspirado nem tanto, mesmo com duas das minhas meninas no elenco principal: Scarlett Johansson e Natalie Portman. Narrado por Maria Bolena, conta a história dos Bolena, em especial de Ana, numa tentativa de levar a família até ao trono de Inglaterra. Ana consegue-o, mas o seu caminho até lá será também a causa da sua destruição.

É mais uma série que teria de ser entregue a um canal britânico, com atores britânicos. Já agora, a Keira Knightley para o papel de Ana. Mas ao contrário do que acontece no livro, gostava que a história fosse narrada por Ana e não por Maria. Ana mostra-se muito fria, cruel, mas também sabemos que é uma alma perturbada e seria ótimo ter acesso à sua mente, ao seu íntimo. Desde que li o livro que fiquei fascinada por Ana. Uma mulher, ainda por cima tão jovem e numa época em que as mulheres pouco mais faziam do que agir a mando dos homens influentes das suas famílias, mudou o rumo de toda a Inglaterra.

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