Enquanto os glitches de Dolores e Maeve se agravam, o Homem de Negro continua a sua busca por respostas ao estranho labirinto. Os guests mais jovens, interpretados por Ben Barnes e Jimmi Simpson, levam Dolores na sua jornada e, no mundo real, Theresa confronta Ford.
Novo episódio, novas aventuras. Este é o lema de Westworld. Episódios caprichados, de uma mestria visual inigualável, personagens carismáticas e abordagem destemida dos avanços tecnológicos.
Ainda que “Dissonance Theory” esteja ligeiramente aquém dos episódios anteriores, não deixa de progredir em ação e no efeito dramático. Destaca-se Thandie Newton e Ed Harris, que continuam a explorar os seus papéis peculiares e a criar uma dinâmica empolgante ao enredo. Quem está também de volta é Rodrigo Santoro, como um sanguinário fora da lei que, pelos vistos, sabe mais do que o rodeia do que aparenta.
Enquanto todas as atenções deste Domingo estavam viradas para a estreia de The Walking Dead, Westworld continua a permanecer num registo infindável de possibilidades que abafa qualquer outra série que desafie o seu horário. Jonathan Nolan regressa ao argumento, explorando as diversas facetas das personagens, presenteando-nos com um almoço bem interessante entre Theresa e Ford que continua a desenvolver o aspeto narrativo da criação do parque, bem como aposta em Ed Harris para liderar as sequências de ação que estão cada vez mais formidáveis.
A banda sonora, a fotografia e a realização de Vincenzo Natali continuam a realçar as melhores qualidades da série, adicionando uma adrenalina bem-vinda aos momentos de ação e colorindo o universo (já colorido) de Michael Crichton.
Portanto, deliciem-se com um novo episódio e deixem-se intrigar pela constante “novela robótica” que continua a crescer como produto televisivo.
Jorge Lestre