[Contém spoilers]
Nesta semana, The Walking Dead presenteou-nos novamente com um episódio que alternou entre cenas de prender ao ecrã e outras mais leves e não tão interessantes assim. Parece que andam indecisos sobre se deverão avançar já para o que interessa ou deixar “engonhar” um pouco mais e fazer render uma boa parte dos 45 minutos em plots secundários. Com isto quero dizer que gostei deste sexto episódio, mas começo a precisar de algo mais onde me agarrar.
Bonds foi um episódio bom, mas que, na minha opinião, poderia ter sido muito mais. As cenas com Negan e os Whisperers foram, sem qualquer sombra de dúvida, o ponto alto do episódio. A mistura entre o ambiente pesado e os toques cómicos que deram a este encontro foi muito bem conseguida e dei por mim a querer ver mais do duo Negan-Beta. Estou a gostar deste plano subtil do ex-vilão de se infiltrar no inimigo para o derrubar por dentro. Provavelmente sempre tinha razão e a destruição dos Whiperers virá de dentro. Negan de certeza que vai criar aliados, surpreender Alexandria e os restantes grupos com a sua “traição” e virar o jogo à última hora. Gosto muito de voltar a ver a personalidade de Negan, mas utilizada para o bem.
Outro highlight foi a aventura de Carol e Daryl e toda a sua conversa anterior. Depois de ler uma entrevista que a atual showrunner da série, Angela Kang, deu ao Entertainment Weekly, as minhas suspeitas confirmaram-se. Será iminente o confronto de Carol com Alpha (ou assim o esperamos) e sabe-se lá qual será o desfecho. Carol está a colocar todas as hipóteses em cima da mesa, incluindo a de que não sobreviverá (talvez, no fundo, seja este o seu objetivo) e quer garantir que Daryl não fica sozinho e se perde novamente como aconteceu quando Rick supostamente morreu. Daryl não é uma pessoa que se conecta facilmente com outras, Carol sabe disso e daí a sua conversa sobre Connie. Quer que o seu melhor amigo tenha alguém a seu lado que seja o seu pilar como eles têm sido um para o outro.
Tivemos ainda tempo para mais umas cenas com Siddiq e o seu stress pós-traumático ainda por explicar. Pergunto-me quais serão as consequências do seu súbito sonambulismo e para quando a revelação de que foi ele que matou alguém naquela noite fatídica com Alpha? Já se está a tornar óbvio e estão a perder o momentum. Esta doença que está a assolar Alexandria parece-me fruto do trabalho que Gamma andava a fazer há alguns episódios atrás, ao cortar os walkers para o riacho.
E, por fim, a conversa de Eugene com esta mulher desconhecida pelo rádio. A internet diz-me que pode ser a introdução de um novo grande grupo, denominado Commonwealth. Fãs da banda-desenhada, acusem-se. Será mesmo este grupo? Ou um plot twist imprevisto?
O que acharam deste episódio?
Beatriz Caetano