The Walking Dead continua no bom caminho com este segundo episódio. Não foi wow nem cheio de ação e momentos-chave, mas pautou-se por um ambiente carregado e um suspense constante. A todas e todos que desistiram da série, recomendo seriamente que voltem a ver, porque a 9.ª e 10.ª temporadas valem muito a pena.
We Are the End of the World deu-nos a perspetiva do inimigo, ao invés de termos de adivinhar o que se anda a passar do outro lado da fronteira. Ainda assim, não revelou muito do que acontecerá no futuro ou quais são os planos dos Whisperers, o que me agradou bastante. As dúvidas continuam a pairar no ar e o receio em relação a este grupo é real. Provavelmente o facto de nos darem a conhecer este lado contribui ainda mais para temermos o que se seguirá.
Viajámos sete anos no passado e fomos conhecer o início da relação entre Alpha e Beta. Já me tinha questionado sobre como estes dois se tinham conhecido e, ainda que estivesse à espera de algo com mais ação, o nível de creepiness esteve no ponto. Se dúvidas houvesse sobre os graves problemas mentais de que ambos padecem, a ligação que tiveram imediatamente afastou-as por completo. A ideia das máscaras com as peles dos walkers começou aqui, nada mais nada menos do que com a do filho de Beta. Já o tinha referido anteriormente, mas volto a dizer: gosto mesmo muito que as cenas nojentas e que nos fazem olhar para o lado tenham voltado em peso. É também disso que TWD é feita.
Apenas um aparte: se Beta utiliza a mesma máscara há sete anos, não deveria já ter apodrecido? Ou eles utilizam algum método para que durem mais tempo? E o que será que ele tem na cara? Terá sido mordido e não tem parte da face? Confesso que fiquei curiosa com o passado deste homem tão estranho, até mesmo para esta série. Espero que futuramente nos revelem mais qualquer coisa. Talvez quando decorrer o segundo confronto com Daryl.
Parece que Lydia sempre foi chata e irritante, mesmo com uma mãe assim, que não a deixava sentir medo em situações propícias a tal. E parece que Alpha não conseguiu ultrapassar o facto de a filha já não querer estar ao pé de si. Quem diria que esta mulher pudesse sentir alguma coisa por alguém. Por outro lado, alguns membros do grupo parecem insatisfeitos com o modo como vivem depois de terem visto que existe algo melhor. Espero que parte da derrota dos Whisperers venha de dentro, com a revolta contra Alpha. Agora que penso nisso, talvez até o próprio Beta se vire contra a sua líder.
Ao que tudo indica, o inimigo não se apercebeu inteiramente do incêndio nem do trespasse da fronteira. Achei estranho, mas isto também denota que os Whisperers não estão tão atentos como deviam e que há hipótese de os vencer. Mal posso esperar pelo confronto entre Alpha e Carol! Vai ser soberbo, de certeza.
The Walking Dead demonstra mais uma vez que a fénix pode mesmo renascer das cinzas e ser esplêndida novamente. Este episódio pode ter sido mais parado do ponto de vista do avançar da narrativa, mas deu-nos outra visão aliada a muito suspense e cenas que nos fazem arrepender de termos jantado antes de o ver. Era disto que a série precisava e nós também, de termos o coração a palpitar entre cada cena e não sabermos ao certo o que vai acontecer a seguir. Consigo antever que a restante temporada se pautará por este ambiente espetacular.
E vocês, o que acharam?
Beatriz Caetano