Contém Spoilers!
Aí está ela! Uma das séries mais esperadas (ou não) deste ano está de regresso! As promessas eram muitas, a expectativa para a 8.ª temporada estava alta, não fosse o primeiro episódio desta temporada ser o episódio n.º 100 de toda a série, mas será que as promessas foram cumpridas? O episódio foi tão bom quanto esperávamos?
Uma coisa é certa, The Walking Dead já não é o que era, a série tem vindo a tornar-se bastante repetitiva e aborrecida e a temporada passada, a sétima, foi uma das piores para muitos (inclusive para mim) e, como tal, produtores e atores prometeram um regresso em grande! Um episódio bombástico!
Como sempre, as promessas vinham de todo o lado, mas eu, pessoalmente… Estas promessas foram-me passando ao lado, talvez ainda por culpa da desmotivação que a 7.ª temporada me deu.
Antes de falarmos deste episódio, vamos recordar um pouco o último da 7.ª temporada, The First Day Of The Rest Of Your Life”. Neste episódio, Rick e os habitantes de Alexandria preparam uma armadilha aos Saviors com a ajuda do grupo de Junkyard, Hilltop e Kingdom. Mas nem tudo corre como planeado, afinal Junkyard está a fazer jogo duplo e trai Rick ao ajudar os saviors no momento da cilada. A salvação de Alexandria é que o grupo de apoio vindo do Kingdom chega mesmo a tempo e os saviors são obrigados a recuar. Rick, Rei Ezekiel e Maggie formam uma aliança e juntos prometem acabar com a ameaça dos saviors.
Neste episódio, o ataque ao Santuário dos saviors é planeado, executado e concluído com 90% de eficácia. Com a ajuda de Dwight, as três comunidades vão eliminando os pontos de vigia dos saviors e preparando armadilhas para o ataque ao Santuário.
Daryl atrai uma horda de walkers até ao santuário, enquanto Morgan fica encarregue de preparar e proteger uma armadilha na estrada que vai servir para matar alguns saviors; tudo isto corre bem, enquanto Rick lidera um grupo que segue em carros blindados com placas metálicas de forma a servirem de barreira contra uma possível troca de balas.
Ao chegarem ao Santuário, Rick atrai Negan até ao exteriora e este sai acompanhado das suas altas patentes, incluindo Dwight e Eugene e, para surpresa de muitos (ou não), Gregory! Estes tentam demover o grupo, convencê-los a renderem-se, mas Jesus não o permite e incentiva o grupo a lutar, começando um tiroteio que obriga Negan a abrigar-se fora da visão de Rick, que está desesperado por matá-lo. O Padre Gabriel força Rick a parar porque o Santuário está a ser invadido por walkers e não há hipótese de ninguém escapar com vida.
Tudo correu na perfeição, à exceção de Rick não ter conseguido matar Negan como pretendia e de o Padre Gabriel, num ato de ingenuidade, ao tentar salvar Gregory dos walkers, acabar traído por este e ver-se obrigado a fugir para dentro de uma rulote onde, para seu espanto, está Negan!
Para ser honesto, este episódio passou tão depressa que muita coisa me escapou à primeira, foi preciso rever certos detalhes com mais clareza. As referências ao primeiro episódio da série foram abundantes, com os flashforwards de Rick a assemelharem-se ao momento em que acorda do coma em Days Gone Bye, com a busca de combustível de Carl a ser uma cópia da busca de combustível de Rick na 1.ª temporada, até aquela walker que aparece ao fundo nas bombas de gasolina enquanto Carl está para se ir embora é a mesma atriz que caracterizou a famosa walker do peluche que Rick mata no primeiro episódio! Mas terão sido mesmo necessários? Não será este material para um episódio que não seja a estreia da temporada?
Retirando uns discursos chatos (mas essenciais, é claro), este episódio foi muito bom, tivemos de tudo um pouco, aconteceu tudo tão rápido que parecia um episódio de vinte e poucos minutos e não de quarenta, como habitual.
No entanto, não podemos deixar de ficar ligeiramente desiludidos. Esperávamos algo mais por este ser o número 100 e ficou provado que The Walking Dead continua a desmotivar os espectadores. Aquele ingrediente mágico que cativou milhares está a desaparecer aos poucos e o futuro desta série pode começar a ficar tremido.
O que nos leva à questão principal sobre esta temporada (que teve a pior estreia desde a 3.ª temporada!) é se será desta que a série vai voltar à sua identidade, se é desta que nos vais conseguir voltar a colar ao ecrã da TV semana após semana e a desesperar que o próximo episódio venha rápido para saber o que vai acontecer, como vão escapar dali, como se vão salvar…. O certo é que apesar de ter sido um bom episódio, ainda não me sinto confiante para a temporada que acaba de começar.
João Montez e Beatriz Pinto