Contém Spoilers!
O que aconteceu a Daryl? O que lhe vai fazer Negan? Porque é que Dwight tem a cara queimada? Estas são algumas das perguntas que nos são respondidas neste 3.º episódio da 7.ª temporada de The Walking Dead.
Neste episódio ficamos a perceber um pouco mais o funcionamento dos Saviors. Ao contrário do Reino de Ezekiel, onde todos se dão bem, são felizes e gostam de estar onde estão, aqui todos vivem com medo, medo de um homem capaz de matar alguém apenas por prazer. Todos têm medo de Negan, no entanto, todos são Negan. Confuso? Talvez um pouco, assim como vimos na temporada passada, Negan é o ‘dono’ destas pessoas, é graças a ele que muitos ainda estão vivos e em segurança e, como tal, ele é venerado como um Deus pela sua comunidade. Quando Negan aparece, todos se ajoelham. É evidente que nem todos se querem ajoelhar perante ele, mas fazem-no com medo de represálias.
“Porque é que o Dwight tem a cara queimada?”
Esta é uma pergunta que já perdura desde o fim da temporada passada. Quando Dwight apareceu com cicatrizes no lado esquerdo da sua face, teorias surgiram, mas as respostas não chegaram. No primeiro episódio desta temporada, nos créditos de abertura, o nome de Jeffrey Dean Morgan (Negan na série) aparece juntamente com a imagem de um ferro dentro de uma lareira, dando referências ao que Negan faz nas comics: aqueles que lhe desobedecem e pedem perdão são punidos com um ferro em brasa, para que se lembrem do que fizeram e sirvam de exemplo para o resto da comunidade. E é aqui que entra Dwight. Após a morte da irmã, ele e a sua mulher fogem com as coisas de Daryl e decidem voltar para Negan e pedir perdão, mas para que continuem vivos, Dwight teve de sofrer as consequências. A sua mulher teve de casar com Negan para que ambos continuassem vivos e levar com o ferro na cara para que nunca se esquecesse daquilo que fizera.
“O que aconteceu ao Daryl?”, ”O que lhe vai fazer o Negan?”
Bem, o nosso badass preferido vai ter uma vida de cão neste episódio, ao ponto de até ter de comer sandes com comida de cão! Como se isto não bastasse, Daryl está fechado numa sala quadrada com cerca 2 metros por 2 metros, sem janelas, e completamente nu. Mas calma, isto não fica por aqui! Como se isto não fosse tortura que bastasse, Negan e os seus homens privam-no de dormir, colocando música na tentativa de o fazer ceder emocionalmente… oh, mas há ainda mais uma coisa! Dwight é quem está responsável por fazê-lo ceder para se juntar a Negan e, para tal, além das músicas, da comida horrenda e das condições desumanas em que Daryl está, Dwight ainda o provoca deixando-lhe uma fotografia de Glenn depois de morto. Tudo isto na tentativa de fazer Daryl juntar-se a Negan, de transformar Daryl em Negan! Só que infelizmente para Negan, Daryl é um osso duro de roer e quando Negan lhe diz as opções que tem disponíveis e lhe pergunta quem é que Daryl é, na esperança que este tivesse percebido que só seria bem tratado caso respondesse “I’m Negan.” e se juntasse ao vilão, Daryl acaba por responder “I’m Daryl!”.
Este é um episódio que mexe com o nosso psicológico, a crueldade psicológica que Negan está a fazer ao Daryl é algo incrivelmente assustador. Cada vez entendemos mais o porquê das pessoas terem medo dele, mas por vezes, a raiva e sentimento de revolta falam mais alto e Dwight parece estar a perder o medo de Negan. A resistência de Daryl está-lhe a abrir os olhos, a fazer-lhe ver que se calhar é possível fazer algo contra Negan, mas será que terá coragem para tal?
Outro ponto a destacar neste episódio é sem duvida a banda sonora. The Walking Dead tem sempre músicas excelentes em todos os episódios, mas neste, talvez porque foram utilizadas como ferramenta de tortura, as músicas escolhidas destacaram-se e ficaram-nos na cabeça. Temos Twon Called Malice de The Jam logo na abertura do episódio, onde vemos a vida de Dwight dentro da comunidade; temos Easy Street por The Collapsable Hearts, quando Daryl está prestes a adormecer e usam esta música para o manter acordado; e ainda Crying, de Roy Orbison, também utilizada na privação de sono a Daryl.
NOTAS:
João Montez