Contém Spoilers!
Segundo episódio da 7.ª temporada e o primeiro após a morte de Glenn e Abraham. Este segundo episódio está a dividir opiniões e muitos são aqueles que dizem ter sido um episódio fraco, bastante parado. Para mim, este episódio foi melhor que o anterior que, tal como disse na última review, foi um episódio previsível, enquanto sobre este episódio pouco ou nada saberíamos do que iria acontecer.
‘The Well’ serve de apresentação a uma nova comunidade, liderada por Ezekiel (peço desculpa, pelo Rei Ezekiel!) que tem como mascote um tigre de seu nome Shiva! Esta nova comunidade, ou melhor, este Reino é cheio de vida, alegria e paz, protegido por vários homens armados, com armas de fogo ou facas, a pé ou a cavalo. Uma espécie de oásis no meio de todo este caos a que estamos habituados em The Walking Dead.
Morgan parece gostar do ambiente do Reino, das pessoas, da sua convivência. De certa forma, Morgan parece que sempre pertenceu ao Reino de Ezekiel. Ele não é um estranho ali, é um deles. Já Carol, bem… A Carol é a Carol, o que há para dizer? Simplesmente não acredita muito naquela proteção e felicidade toda, naquele “conto de fadas” como ela própria diz. Acha que Ezekiel é maluco e tenciona fugir, mas como vai fazer isso? Simples, tal como ao início em Alexandria, Carol finge ser o oposto do que é, uma mulher inofensiva, frágil e bastante emotiva. Engana todos, incluindo o Rei Ezekiel, mas não por muito tempo.
O plano de Carol para fugir dali parece estar a correr às mil maravilhas, mas Ezekiel apanha-a no momento em que estava de partida. Confessa compreender o porquê de ela achar que é maluco e confidencia-lhe o seu passado. Ezekiel era um ator de teatro e tratador no Zoo da cidade. E Shiva? Shiva estava ferida e esfomeada, tal como ele. Juntos salvaram-se um ao outro e criaram uma forte amizade, sendo que ela agora é a sua mais fiel companheira e protetora. A história do reinado não foi ele quem a começou, as pessoas foram criando histórias sobre como Ezekiel conseguiu domar aquele tigre – desde lutas no meio do mato a tantas outras fantasias. A admiração e respeito que as pessoas tinham por ele era tremenda e, tal como o próprio disse, “as pessoas precisam de alguém que as lidere, que lhes dê orientação e nada melhor que um homem com um tigre para o fazer”. Assim nasceu o Reino de Ezekiel.
Pessoalmente, devo dizer que esta personagem me conquistou rapidamente. Ezekiel mostra ser uma pessoa sábia, humilde, com um grande sentido de liderança, que sabe o que faz e o que é o melhor para os seus ‘súbditos’. A amizade entre Ezekiel e Morgan é genuína e tende a tornar-se mais forte. Ambos partilham os mesmos ideais.
Para aqueles que dizem ter sido um episódio mais fraco, pois bem, a meu ver este episódio foi bastante mais produtivo e esclarecedor que o anterior. Enquanto no último nos é apresentado o novo vilão da série, Negan, num episódio bastante previsível, sem surpresas ou algo que nos deixasse de boca aberta apesar da ação e mortes, neste temos o oposto. É-nos apresentada uma nova comunidade cheia de harmonia e paz, mas com um segredo que poucos sabem: eles também estão a ser vítimas de Negan e dos seus Saviors. Ficámos a saber um pouco mais da maneira como os Saviors atuam, quem são estas pessoas do Reino de Ezekiel e quem Ezekiel é.
NOTAS:
João Montez