The Walking Dead – 04×12 – Still
| 10 Mar, 2014

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Still foi mais um episódio de The Walking Dead centrado no lado emocional e psicológico das personagens, desta vez apenas com o Daryl e a Beth.

Foi um excelente episódio! Prendeu a minha atenção do principio ao fim! Acho que este foi o melhor episódio desta temporada, mas eu sou suspeita porque sou uma grande fã do Daryl! Muitos dos fãs sentem falta de mais acção, mas na minha opinião, estes episódios mais introspectivos são necessários para sabermos mais sobre as personagens e são importantes para o desenvolvimento das mesmas.

Logo de inicio vemos a Beth e o Daryl a fugir de um grupo de Walkers, é de noite e procuram um refúgio, o qual encontram no porta bagagens de um velho carro. Esta cena por si só é claustrofóbica e tensa. Mas a tensão continua já no dia seguinte quando acampam na floresta, afinal estes dois nada têm a ver um com o outro, ela a adolescente aparentemente frágil e ele o “duro” habituado a sobreviver nas condições mais adversas. Se fosse o Rick que estivesse no lugar do Daryl , haveria um discurso de incentivo e apoio, mas estamos a falar do Daryl e a única coisa com que a Beth pode contar é com a protecção dele.

Os silêncios do Daryl são sempre enigmáticos, não é fácil saber o que lhe vai na cabeça porque ele não expõem os seus sentimentos e até este episódio, nada sabíamos do passado dele  e acho que é tudo isto que dá com a Beth em louca, e é por isso que ela de repente decide que precisa de uma bebida à séria! Levanta-se e segue caminho toda decidida, não deixando alternativa ao Daryl, senão ir atrás dela.

O Daryl percorreu um longo caminho desde o inicio da série, mas nunca foi mau, a má influência do Merle é que não deixavam vir ao de cima o seu lado mais humano, mas tudo isso já ficou para trás e ele já provou em diversas situações que é um amigo leal e por isso mesmo nunca deixaria a Beth partir sozinha.

Depois de algumas voltas chegam a um Clube de Golf, onde percebemos pelo “ambiente” que as coisas devem ter corrido terrivelmente mal para as pessoas que ali se refugiaram. Ambos estão zangados e revoltados, e a tensão vai-se acumulando. A Beth lá encontra um garrafa de uma qualquer bebida de pêssego mas o Daryl acha que aquilo não é uma bebida alcoólica decente para a primeira vez de ninguém e leva-a até um casebre que ele tinha descoberto anteriormente com a Michonne, onde encontram litros e litros de uma qualquer bebida branca feita artesanalmente (e clandestinamente).

E é aqui que as coisas começam a ficar ainda mais interessantes, pois conforme começam a beber e a conversa começa a desenrolar-se, começam as confidências e o Daryl deixa finalmente cair os muros que o cercam, fala do seu passado, fala da relação com o irmão, fala do que o atormenta e finalmente desaba, sem conseguir conter a culpa e os remorsos que sente porque as pessoas na prisão dependiam dele, contavam com ele e no final morreram (é o que ele acha) sem que ele os conseguisse salvar.

A Beth sugere que ele enterre de vez o passado, deitando fogo à velha casa, como uma espécie de metáfora, para seguir em frente sem os fantasmas da sua vida anterior ao apocalipse a atormentá-lo. Enquanto olham para as chamas, esticam o braço e mostram o “middle finger”, numa atitude de desafio e raiva, porque afinal de contas eles são uns sobreviventes!

Nota: 9/10

Alexandra Leite

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