[Contém spoilers]
Esta semana This Is Us traz-nos In the Room um episódio recheado de coisas boas. Sim, se há episódio em que tudo acaba por correr bem, é este!
Tivemos um episódio mais centrado em Kate, Kevin e Rebecca, diria. Se na semana passada confessei que estava um pouco cansada dos flashbacks, esta semana ficou mais do que comprovado que afinal ainda gosto, desde que sinta que adicionam algo à história e que conectam as linhas de passado e presente. Sem dúvida que a história de Jack e Beck em torno do desenho e de estarem presentes na vida dos filhos se encaixou como uma luva no contexto do nascimento de três netos em contexto de pandemia. E devo dizer que, novamente, introduzirem a importância de estranhos na vida dos Pearson foi também bem inteligente. Neste caso, considerei ainda melhor pois este “estranho”, Nasir Ahmed teve impacto em todas as nossas vidas e permitiu que, não só em contexto de pandemia, mas em grande parte das nossas vidas nos pudéssemos comunicar tal como fazemos hoje.
Tal como referi na review do último episódio foi bastante fofo presenciarmos o nascimento do novo Big Three. Obviamente não deixa de ser um pouco triste para Tess, Annie, Déjà e Jack – nunca farão, realemente, parte deste gangue impenetrável se estes se comportarem como Randall, Kate e Kevin.
Nesta linha de pensamento, não deverei ter sido a única que permaneceu na dúvida até ao fim em relação a este ser realmente o bebé de Kate e Toby. Confesso que nunca confiei muito em Ellie, e mesmo por baixo da máscara consegui sentir a agonia e incerteza de Kate. Parabéns a Chrissy Metz pelo excelente desempenho!
Claro que Kevin chegou a tempo para o nascimento. Admito que não foi das minhas storylines favoritas. Gostei que tivesse abandonado o projeto e decidido não aceitar mais trabalhos que o levassem para longe da família e reconheço que todo este enredo lhe permitiu crescer bastante enquanto personagem. Agora ter conseguido dobrar as regras e acabado por chegar a tempo foi bem cliché. A cara de Madison quando o viu não deixou de ser desesperante. O que me leva ao próximo e último tópico que queria mencionar: Randall. Foi um ser humano à altura, um irmão à altura, foi um Jack. E concordo com Kevin: mesmo nos seus melhores dias, nunca será Randall nos seus piores. Gosto muito de ambos e da dinâmica que têm, mas Randall consegue ser a melhor pessoa. Kevin para lá caminha. Agora como pai, e num futuro bem próximo, finalmente veremos os dois irmãos a conversar sobre todas as adversidades pelas quais passaram.
Queria ainda mencionar que adorei os detalhes em torno dos bebés, desde Kate estar a usar brincos em forma de rosas e depois o segundo nome da bebé escolhido por Toby ser Rose, a Kevin e Madison darem o nome de Nicholas a um dos seus filhos em honra ao tio Nick.
Para finalizar, duas questões: serei a única que está a gostar da incorporação da pandemia na série, mas que imagina como seria a ideia original? Serei a única que está com saudades dos flashforwards que pouco ou nada revelam, mas que são combustível para inúmeras teorias?
Ana Leandro