A Amazon Prime lançou na última sexta feira os primeiros três episódios da segunda temporada de The Boys (The Big Ride, Proper Preparation and Planning e Over the Hill with the Swords of a Thousand Men). A série já tinha sido renovada o ano passado (e já foi renovada para uma terceira temporada também) e estreou agora na rentrée de setembro. Graças a todos os santinhos que a temporada foi acabada de filmar antes de a COVID19 se ter tornado no pesadelo que tem devastado o mundo a pouco e pouco.
Vi a primeira temporada de The Boys durante a quarentena. Li que era uma série de super-heróis atípica e eu já estava meio a desistir de conteúdo com super-heróis porque é tudo “vira o disco e toca o mesmo”. No entanto, esta perspetiva de os super-heróis serem secretamente corruptos, arrogantes e cruéis era mesmo o que estava a precisar. A série prendeu-me logo no primeiro episódio!
Apesar de estar mesmo muito entusiasmada com a estreia da nova temporada, confesso que tive aquele receio da praxe de a série poder baixar a qualidade e ser uma desilusão. Para desilusões, já bem basta o ano de 2020. No entanto, estes três primeiros episódios (a temporada terá oito no total) foram basicamente fenomenais. Digo sempre que The Boys é a minha série WTF e não desiludiu. Logo no primeiro episódio tivemos uma cabeça a explodir e o Homelander a matar um aspirante a entrar n’Os Sete. I mean…
Como já seria de esperar, o Homelander acabou por conseguir safar-se da culpa do assassinato de Madelyn Stillwell e quem mais fácil para culpar do que Butcher? Afinal, livrar-se do ex-CIA só o ajuda nesta missão de aproximar-se do filho (que concebeu ao abusar sexualmente de Becca, a mulher de Butcher).
Vamos falar um bocadinho do Homelander. Não conhecia o ator neozelandês Antony Starr mas fiquei muito fã. Creio que Starr dá tudo de si neste papel que é a versão alternativa e diabólica do Super-Homem (ou Capitão América? Uma mistura dos dois?). Homelander é o líder d’Os Sete, é provavelmente o homem mais poderoso e perigoso do mundo e é também um bebé grande. Não consigo arranjar melhor maneira de descrever este “super-herói”. Homelander é imprevisível, tem um complexo de grandiosidade, é mimado e birrento. Viram bem a cena em que ele bebe o leite materno de Madelyn? D-o-e-n-t-i-o. Claro que ele está cheio de traumas por ter sido criado como um rato de laboratório (ao estilo de Eleven de Stranger Things, mas aqui eles levaram as coisas a todo um outro nível). Mas aquele homem é completamente louco e amoral. E é o meu personagem favorito, ao lado de Frenchie e Starlight.
No final da primeira temporada vimos Butcher reencontrar-se com a mulher e com Homelander a perceber que ela tinha o seu filho e que provavelmente era tão poderoso quanto ele. Vê-se que Homelander realmente quer ser um pai a sério mas a sua infantilidade e falta de empatia impedem que a relação com Ryan seja pacífica. Não podemos culpar o miúdo da reticência em dar-se com um pai que o atira do telhado, não é? Pobre Becca. Tenho 90% de certeza de que ela vai morrer até ao fim da temporada (aliás, acho que nos comicsela morreu mesmo) mas gostava mesmo que ela se reunisse com o marido que tanto luta e chora pelo seu desaparecimento.
Karl Urban é outro que foi feito para o papel que interpreta. O seu Billy Butcher é quase tão amoral como o próprio Homelander, mas a diferença é que Butcher tem capacidade de amar. Tudo o que ele faz na série é para recuperar a mulher. Mesmo apunhalar os companheiros pelas costas ou desprezar Hughie que tanto o ajudou e que durante estes episódios parecia estar prestes a ter um ataque de histeria.
Eu ADORO o gang. Frenchie é uma pérola maravilhosa, um mastermind e o comic relief. Estou muito curiosa para saber mais sobre ele quero muito que lhe dêem o destaque que merece. Mother’s Milk é o pilar de todos, a voz da razão e foi ele que fez Butcher acalmar e impediu que Hughie fritasse da pipoca. A coitada da Kimiko é que não tem sorte nenhuma nunca. Foi vítima de tráfico, presa e usada também como rato de laboratório. Para além de já ter perdido os pais, descobre que o irmão foi igualmente infetado com Compound V. Logo, ele é morto pelo novo membros d’Os Sete. Stormfront.
Pronto, já sabíamos que Os Sete não eram propriamente o grupo mais equilibrado de todos. A-Train é um drogado e assassino, Deep é um violador, Homelander é o que é e no meio desta confusão de idiotas sem escrúpulos, as mulheres da equipa lá se safavam (também eram poucas). Queen Maeve é boa pessoa e quer realmente ser uma super-heroína. Starlight era a rapariguinha inocente que quer fazer o bem. No entanto, com a chegada de Stormfront tudo mudou. Ao início até pensei que fosse a nova rebelde do grupo, a falar abertamente do que pensa sobre a Vought e tal.
Já sabia que o irmão da Kimiko iria morrer. Um super terrorista não é pessoa que a Vought ia deixar viva, especialmente um que pudesse revelar ao mundo quem foi que deu Compound V a outros países do oriente. Só não sabia que morresse tão depressa e que Stormfront matasse dezenas de pessoas no processo sem sequer piscar os olhos. Parece-me que ela deitou a moral pelo cano e por isso é que vai ser tão boa inimiga para o Homelander.
Quando Annie conseguiu o Compound V eu pensei logo que era demasiado rápido e bom para ser verdade. Ela não ia conseguir destruir a Vought. Butcher não ia conseguir encontrar a mulher com o irmão da Kimiko. Foi como se nos dessem uma bolacha de chocolate bem suculenta para a mão e depois a atirassem para o lixo quando íamos dar uma trinca.
No final, quem acaba por não ter tanto interesse são mesmo Deep e Queen Maeve. A viagem espiritual dele já começava a cansar, precisam de lhe dar uma história melhor com urgência. Ou então matem-no. Queen Maeve… Meu Deus, a história com Elena não foi já abordada na temporada passada? Que tal darem-te outra história, não sei, se calhar ela pode querer destruir o Homelander ou arranjar maneira de o matar para ser livre finalmente. Eu gosto mais dela do que do Deep (for obvious reasons) mas dêem-lhe uma história decente. Ela foi inspirada na Wonder Woman, vá lá, queremos conteúdo de qualidade! Merecemos. Para o Deep já temos o Jason Momoa como Aquaman. O Nate Archibald é só uma cópia barata.
MAS! Tenho de vos confessar que a cena da baleia está tranquilamente no top 5 das minhas cenas favoritas da série. Eu não quis ver trailers, então não sabia que aquilo ia acontecer. É como vos digo. Série dos WTFs. Agrada-me imenso o quão pouco previsível e sem pudores esta série é. Não se importam de arriscar e ir mais longe. E estou aqui sentada à espera!!
Para finalizar, estou muito entusiasmada com o personagem de Giancarlo Esposito, o CEO da Vought. Fez um papel excelente de vilão em The Mandalorian e em The Boys está igualmente impecável. Fiquei com a pulga atrás da orelha ao ver o quão à vontade e sem medo ele está ao pé do Homelander. Especialmente quando o irrita. Stillwell sempre foi muito cuidadosa ao lidar e falar com Homelander mas Edgar não podia estar mais confortável. Será que ele também tem poderes?
Bom, malta, a review já vai longa portanto hora de dizer ‘até já’ porque para a semana falamos outra vez para discutir o quarto episódio!
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