Dying for Sex – Crítica da Minissérie
| 09 Abr, 2025
8.05

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Comecei a ver Dying for Sex série por dois ou três motivos muito genéricos: por se tratar de uma minissérie (menos é mais) de comédia dramática (uma combinação de géneros que adoro) centrada na relação entre duas melhores amigas (o tipo de relação de que mais gosto nas séries). Acabei com um misto de sentimentos: triste (é impossível uma pessoa não se sentir assim depois de terminar), mas também com uma certa sensação de conforto. Molly passou por uma provação terrível que lhe encurtou a vida a meio do que deveria ser, mas conheceu pessoas incríveis durante o processo e esteve rodeada de amor. Conseguiu ainda explorar muito dos prazeres do sexo por que tanto ansiava. Acho que não via tanto sexo numa série desde The L Word e foi mesmo a parte que menos me cativou, mas era essencial na jornada de Molly.

Gostei bastante do elenco como um todo. Da fragilidade e estoicismo da Molly de Michelle Williams, da energia caótica da Nikki de Jenny Slate, da boa onda da Sonia de Esco Jouléy, do médico que passou de “quem são estas mulheres malucas?” para se preocupar genuinamente com a sua paciente e a melhor amiga dela… Estas são as personagens que achei mais marcantes, mas há outras, como a mãe de Molly, interpretada por Sissi Spacek, que também tem um papel muito comovente.

A história é boa, cativa e, mais do que isso, emociona. É duro ver uma mulher de 40 anos a morrer, mas Molly aproveitou ao máximo o tempo que teve e acho que conseguiu morrer em paz por isso mesmo. Se és de lágrima fácil, é garantido que Dying for Sex te vai fazer chorar. Seja como for, vale muito a pena. Os episódios curtos – no máximo com 35 minutos – facilitam um consumo rápido e como se começa cedo a desenvolver preocupação pelas histórias destas pessoas, é difícil não querer ver tudo de seguida. No entanto, aconselho a digerires a série em dois ou três dias porque não deixa de ser dura.

Melhor episódio:

Episódio 6 – Não deixaria de ser justo escolher o último episódio, mas sempre que é possível, gosto de escapar a esse cliché e a verdade é que o 6.º episódio é muito interessante porque marca uma mudança de tom na série. A partir daqui, sabemos que tudo vai ser mais sério. Apesar de estarmos a lidar com a inevitabilidade da morte de Molly desde o início, é aqui que começa a bater forte que vai mesmo acontecer e em breve. Vemos ainda Molly a lidar com traumas do passado, momentos também carregados de intensidade. É um episódio verdadeiramente deprimente e gosto disso nas minhas séries. Happy Holidays também nos destrói o coração quando nos relembra (porque é algo que acaba por estar sempre um bocadinho presente) do quanto vai ser difícil para Nikki perder a amiga.

Personagem de destaque:

Nikki Boyer (Jenny Slate) – Confesso que Nikki é o tipo de personagem de quem costumo gostar sempre e acho que, desde o início, percebi o tipo de pessoa com quem estávamos a lidar e não fiquei dececionada em nenhum momento. De uma forma totalmente abnegada, Nikki pôs praticamente toda a sua vida em stand by para poder estar com Molly. Percebe-se perfeitamente o porquê de ela ser a pessoa preferida de Molly em todo o mundo. Muito engraçada e com um coração enorme, é muito fácil gostar-se de Nikki.

Dying for Sex - Crítica da Minissérie
Temporada: 1
Nº Episódios: 8
8.05
8.5
Interpretação
8
Argumento
8
Realização
7
Banda Sonora

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