Mythic Quest – Crítica da 4.ª Temporada
| 26 Mar, 2025
6.75

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Hoje fica disponível o último episódio da 4.ª temporada de Mythic Quest, a série da Apple TV+ que acompanha o dia a dia das pessoas envolvidas na criação, produção e desenvolvimento de Mythic Quest, um videojogo online.

Considero que esta temporada trouxe de volta o ritmo e a dinâmica que estávamos habituados a ver nas primeiras e que, na minha perspetiva, funcionavam bastante bem. Definitivamente, a 3.ª temporada foi a mais fraquinha até agora e não conseguiu despertar tanto o meu interesse. Embora a saída de Ian (Rob McElhenney) e de Poppy (Charlotte Nicdao) da empresa tivesse bastante potencial, confesso que o que foi apresentado ficou um pouco aquém das minhas expectativas. Senti que faltava algo, especialmente quando comparado com as narrativas das temporadas anteriores, e que grande parte dos episódios foram desinteressantes.

Ainda assim, acho que a saída de Ian e da Poppy foi importante para a história, pois permitiu-lhes explorarem outras possibilidades e perceberem se aquilo que realmente queriam funcionaria, bem como aquilo em que são verdadeiramente bons. Ian é bom a criar as histórias, enquanto Poppy é boa a desenvolvê-las. Por essa razão é que o jogo criado inteiramente por Poppy era perfeito a nível técnico, mas não era divertido. Essa jornada levou-os até ao universo do Playpen, que acabou por ser a solução para a possível falência de Mythic Quest.

O final da 3.ª temporada levou a crer que Dana (Imani Hakim), Brad (Danny Pudi) e Jo (Jessie Ennis) iriam ser um desafio/ameaça para Mythic Quest na 4.ª temporada, mas, na verdade, isso não aconteceu. Devido ao contrato de Dana, estes foram obrigados a continuar a trabalhar para a empresa, ainda que não fosse nas mesmas funções. Pelo menos deixaram-nos trabalhar juntos, o que foi positivo, pois gostei bastante da dinâmica deste trio.

Embora a série já não se foque tanto no desenvolvimento do jogo e em tudo o que isso envolve, esta temporada abordou questões éticas e morais associadas à possibilidade de os jogadores criarem os seus próprios universos dentro do jogo, bem como questões relacionadas com monetização, especialmente quando envolve crianças. Este universo dos videojogos, embora eu não seja muito de jogar nem esteja muito por dentro do assunto, sempre foi o que mais me interessou nesta série e acaba por ser o que a diferencia. Acho que este é o ponto forte da série e tenho pena que, aos poucos, isso acabe por se ir perdendo.

No geral, esta temporada superou a anterior e conseguiu restituir o meu interesse pela série. Não sei se será renovada para mais uma temporada, mas até fiquei curiosa para ver o que acontecerá agora que Ian e Poppy se beijaram. Sempre senti que havia algo mais entre eles do que uma simples relação de trabalho. Pelo menos do lado de Poppy, eram percetíveis os seus sentimentos por Ian. Quanto a Ian, eu sempre tive as minhas dúvidas, pois nunca consegui efetivamente perceber se ele tinha sentimentos amorosos por ela ou apenas gostava de a manter por perto para inflamar o seu ego, por assim dizer. Confesso que nunca fui particularmente entusiasta da ideia de um romance entre eles, especialmente por achar que Ian não tem maturidade nem responsabilidade afetiva, o que iria acabar por magoar Poppy. Ainda assim, este desfecho abre possibilidade a novos desenvolvimentos e desafios, sobretudo agora que Poppy se tornará mãe.

Melhor episódio:

Second Skeleton (Episódio 5) – Confesso que também considerei escolher o episódio 4, mas acabei por optar por este. Apesar de algumas cenas random, já características da série, ri-me com alguns momentos do episódio. Além disso, ficamos a conhecer um pouco melhor Brad, uma personagem um tanto ou quanto dúbia, mas que, aos poucos, começa a mostrar outro lado, algo que me tem feito gostar mais da personagem.

Temos também a confirmação de que Poppy está grávida. Suspeitei logo que a atriz pudesse estar grávida na vida real e que, por isso, decidissem incluir esse facto na série e foi efetivamente isso que aconteceu. Embora não fosse algo de que estivesse totalmente à espera, acaba por dar outras possibilidades de narrativa à personagem. A par disso, Ian tenta ajudar, ainda que à maneira dele, o que nos mostra outro lado do personagem. Sinto que Ian efetivamente se esforçou por ajudar Poppy, mesmo que os métodos não fossem os mais convencionais.

Personagem de Destaque:

Brad – Também ponderei escolher David (David Hornsby), pois, apesar de ser uma personagem um tanto ou quanto caricata, sempre gostei bastante dele. No entanto, como já o tinha escolhido anteriormente, acabei por voltar à ideia inicial que era a escolher Brad.

Embora seja uma personagem dúbia, como já referi anteriormente, e eu nem sempre estou de acordo com os seus métodos, considero-o uma personagem complexa e, talvez, lá no fundo, até uma boa pessoa, mesmo que nem sempre escolha a decisão moralmente mais aceitável. Além disso, gostei bastante da dinâmica dele com Rachel (Ashly Burch) na temporada anterior e também da dinâmica com Dana nesta.

Mythic Quest - Crítica da 4.ª Temporada
Temporada: 4
Nº Episódios: 10
6.75
6.5
Interpretação
6.8
Argumento
7.2
Realização
6
Banda Sonora

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