Virgin River – Crítica da 6.ª Temporada
| 11 Jan, 2025
7.08

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Ainda sem uma linha cronológica muito bem definida ou com algum sentido lógico, chegámos à 6.ª temporada de Virgin River, que retrata as três semanas que antecedem o casamento de Mel (Alexandra Breckenridge) e Jack (Martin Henderson). Começando nos preparativos, passando pelas despedidas de solteiro/a, acompanhando também o desenvolvimento das narrativas dos restantes personagens até chegarmos ao grande dia, muitos foram os momentos que aqueceram o nosso coração. Embora não seja grande apreciadora de histórias com demasiados clichés ou excessivamente fofas, reconheço que, tirando um ou outro momento que senti mais forçado, Virgin River sabe efetivamente como trabalhar este tipo de narrativas.

Paralelamente, também fomos conhecendo o pai de Mel, Everett Reid (John Allen Nelson), e um pouco da sua história com Sarah (Jessica Rothe), a mãe de Mel. Confesso que a história entre eles não me cativou propriamente e tentei não me focar muito nas dúvidas que me foram surgindo quanto às pontas soltas, nem no facto de a história de amor deles estar envolta em traição ou acabaria por gostar ainda menos. Contudo, e esquecendo o facto de que Everett teve um ataque cardíaco e nem um dia depois já estava a cantar a plenos pulmões como se nada fosse, gostei muito da surpresa que ele fez a Mel, inclusive gostei muito da música. Apesar de ser pouco realista, foi uma cena bastante bonita de se ver.

Ficámos também a perceber – ainda que estivesse à espera de uma razão mais forte – o porquê da inimizade entre Everett e Doc (Tim Matheson). Relativamente a este último, logo no início da temporada ficamos a saber que melhorou do seu problema de saúde, mas entretanto surgiu um novo problema. Ficou com a licença suspensa, a sua conduta está a ser investigada e soube, através de Hope (Annette O’Toole), que o hospital está a pensar expandir-se para Virgin River. Dessa forma, a sua clínica acaba por ser um problema. Estou curiosa para saber como é que vão desenvolver esta narrativa, mas sabendo já à partida que as coisas acabam sempre por se resolver a bem – como foi o caso, por exemplo, do julgamento de Preacher (Colin Lawrence). Sem esta problemática, estou curiosa também para ver que desenvolvimento vão dar agora a Preacher, sendo que neste momento a história dele gira em torno do seu par romântico.

Ainda sobre Doc, não posso deixar de referir a discussão que este teve com Mel. Achei que Mel foi extremamente injusta (para não dizer algo pior!) naquilo que disse a Doc. Entendo que ela quisesse conhecer o pai e a inimizade entre eles não ajudava muito a isso, mas não havia necessidade de ela dizer o que disse. Achei mesmo extremamente injusto e maldoso, ainda para mais tendo em conta que no episódio seguinte ela omitiu essa parte e só contou o que lhe interessou. Confesso que me chateou um pouco e fiquei ligeiramente desapontada com Mel. De qualquer das formas, acabaram por se resolver. Ainda assim, acredito que a situação poderia ter sido gerida de outra forma.

Relativamente a Brady (Ben Hollingsworth) e Brie (Zibby Allen), fiquei bastante triste quando, na temporada anterior, eles terminaram, mas eu tenho quase a certeza que vão ser endgame. Contudo, apesar de nos terem proporcionado excelentes momentos, especialmente no episódio 5 (desconsiderando a traição!) e 9, e de eu querer que fiquem juntos, a questão da traição e todo aquele impasse, em que nem vai para a frente, nem vai para trás, está a começar a saturar-me. Espero, honestamente, que Brie se decida de uma vez por todas, porque isto não é nada bom, tanto para ela como para Brady, mas em especial para Mike. Embora não tenha grande apreço pelo personagem, consigo reconhecer que ele gosta realmente de Brie. Tem sido um excelente companheiro para ela e definitivamente não merece isto. Se for para continuar assim, prefiro que deixem Brie sozinha do que continuem com este triângulo amoroso.

Apenas sobre Brady, gostei muito que se tenha tornado bombeiro voluntário e estou a apreciar bastante o redemption arc dele. Ainda que estivessem lá todos os sinais, tenho de admitir que não estava à espera que Lark (Elise Gatien) fosse efetivamente seguir com o roubo do dinheiro, embora faça todo o sentido que se fosse vingar dessa forma. Vamos, no entanto, ignorar o facto de que ela conseguiu transferir todo o dinheiro sabendo apenas o código de telemóvel de Brady. Claramente o banco onde Brady tem o seu dinheiro não é, de todo, seguro. Ainda bem que o meu tem diversos meios de autenticação e um limite máximo para transferência de dinheiro ou não conseguiríamos andar descansados!

Quanto a Denny (Kai Bradbury) e Lizzie (Sarah Dugdale), embora não tenha sido a narrativa que mais interesse me despertou e estivesse à espera de outro desenvolvimento, gostei que tivessem abordado a questão da doença de Denny e o impacto que pode vir a ter, não só no casal, mas também na vida da filha, caso ela também tenha a doença. Também achei interessante abordarem as dúvidas de Lizzie quanto a ser uma boa mãe e o sentimento de não estar preparada para as mudanças que a chegada do bebé trará.

Tivemos também o regresso de Ricky (Grayson Maxwell Gurnsey), algo de que não estava à espera, mas que considero que foi um bom acrescento à história, e descobrimos que Muriel (Teryl Rothery) tem cancro da mama. Acredito que ela vai conseguir vencer a doença, mas acho que não vai ser fácil de acompanhar. Ainda assim, acredito que vai ser enternecedor ver o apoio de toda a comunidade.

Tendo em conta os minutos finais do último episódio desta 6.ª temporada de Virgin River, muitas são as perguntas que ficam, mas a maior delas é o que aconteceu efetivamente a Charmaine (Lauren Hammersley). Estará morta? Se sim, isso significa que Mel e Jack vão ficar com os gémeos? E, se ficarem, vão ficar também com o bebé de Marley?

De qualquer das formas, agora só nos resta mesmo esperar pela 7.ª temporada, que já foi confirmada.

Melhor episódio:

Brothers & Sisters (Episódio 4) – Este foi, sem dúvida, um dos meus episódios favoritos, não só desta temporada, mas, atrevo-me a dizer, de todas. Adorei o episódio do início ao fim, além de que me ri imenso! Em particular, adorei a conversa entre Lizzie e Ricky; a conversa extremamente divertida, mas muito necessária e que não se costuma ver muito, das senhoras, e depois o momento com o stripper; o jogo de futebol americano entre os rapazes e o momento entre Jack e Mel. Este episódio também me deu esperança quanto à relação de Brady e Brie, após Brie, bêbada, deixar uma mensagem de voz a Brady.

Personagem de Destaque:

Doc – A minha vontade era escolher novamente Brady, mas uma vez que já o escolhi na temporada anterior e sou apologista de que devemos dar oportunidade de destaque a outras personagens, acabei por me decidir por Doc. Definitivamente que é uma personagem que tem vindo a evoluir ao longo das temporadas, deixando de ser aquele personagem ranzinza e maldisposto para mostrar um lado mais afetuoso. Está sempre lá, pronto a ajudar a comunidade, e tem um enorme senso de proteção sobre as pessoas, sendo um bom exemplo disso a sua relação com Mel. Além disso, ainda que lhe custe, e mesmo que tenha a sua razão, também já começa a dar o braço a torcer.

Virgin River - Crítica da 6.ª Temporada
Temporada: 6
Nº Episódios: 10
7.08
6.5
Interpretação
7
Argumento
7.5
Realização
7.8
Banda Sonora

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