As cinco irmãs Garvey estão de volta para uma 2.ª temporada incrível de Bad Sisters. Já tinha gostado imenso da primeira, mas com esta apaixonei-me completamente pela série. De muitas formas, consegue ser uma temporada mais emotiva, mas nunca perde a capacidade de nos fazer rir (e o que eu me ri, principalmente com o último episódio!).
Não há volta a dar: a essência desta série é a relação de Eva, Grace, Ursula, Bibi e Becka. É também a minha parte favorita de Bad Sisters. As cinco protagonistas têm uma química incrível e sem isso esta história nunca conseguiria ser aquilo que é. A forma como elas se amam e são tão ferozmente unidas e se protegem umas às outras, mas no momento a seguir estão chateadas e a dizer coisas que magoam e o quanto se insultam amigavelmente e brincam… Cria uma dinâmica deliciosa de se ver. Eu adoro o meu irmão, mas quem me dera ter irmãs, irmãs por quem vale a pena matar!
Incrível é também o argumento. Por um lado, há deixas absolutamente hilariantes, mas do lado mais dramático também ficamos imensamente bem servidos e a entrega que o elenco oferece a todas as deixas é digna de menção. Nunca me vou esquecer, no episódio 3, da forma como Eva diz: “please don’t say the body”. O facto de a história desta temporada ser contada apenas no presente, ao invés de andarmos frequentemente a saltar para trás, também é um ponto positivo que ajudou a manter o ritmo da trama.
A investigação dos seguros, da qual gostei muito pouco na 1.ª temporada, fica para trás e temos tudo mais centrado numa investigação policial. É certo que está longe de ser a parte que mais apreciei, mas fazia sentido uma componente deste género. Gostava ainda que tivesse sido mais explorado o resto do núcleo familiar. Com Blánaid (Saise Quinn) agora ao cuidado das tias, de Eva em particular, tinha sido interessante ver mais aprofundada a relação entre as cinco. Também sinto que podíamos ver mais da família de Bibi e dos filhos de Ursula, mas a série nunca se afasta muito do núcleo principal, o que acaba por fazer sentido. A série dá-nos precisamente aquilo que mais queremos ver.
Não podia terminar sem colocar o dedo na ferida. Em termos de enredo, o desfecho de Grace foi uma ideia de génio, verdadeiramente surpreendente, mas muito triste. A mulher casou com dois pricks, for crying out loud! Confesso que passei grande parte da temporada sem estar totalmente convencida de que Grace tinha morrido e a única coisa que me fazia mesmo acreditar era o facto de Ursula ter ido identificar o corpo (sorry, Eva!). No entanto, não faltaram outros plot twists dignos desse nome e em alturas em que pensávamos já saber tudo.
A 2.ª temporada termina muito bem, de uma forma que honra plenamente o espírito de Bad Sisters, e deverá ser mesmo o final. Pelo menos é essa a intenção da criadora, Sharon Horgan, que já o confessou em entrevista. Queria mais, mas tenho que admitir que este é um final perfeito. Bad Sisters foi, sem dúvida, a melhor prenda deste Natal!
Melhor episódio:
Episódio 3 – O final de temporada foi épico, mas tenho um soft spot por episódios de funerais nas séries. Não sei qual é o segredo, mas costumam ser incríveis! Vemos então as irmãs a lidarem com a perda. Mais uma, depois dos pais, que não chegámos a conhecer. Eva e Ursula lidam ainda com a culpa, por motivos diferentes. A primeira porque não atendeu o telefone; a segunda, por causa dos medicamentos. Eva Birthistle é absolutamente incrível neste episódio, proporcionando-nos uma cena de abertura muito emotiva e começa a fazer-me olhar para a personagem de um modo diferente. É um episódio de partir o coração porque a única coisa com que pensei que poderíamos sempre contar, com as cinco Garvey a olharem umas pelas outras, já não é verdade. No entanto, no meio do caos emocional, o episódio consegue ser deliciosamente engraçado. A Bibi de Sarah Greene merece créditos por isso, sem dúvida!
Personagem de destaque:
Eva Garvey (Sharon Horgan) – Tenho que voltar a escolher Eva nesta 2.ª temporada. Estou um bocadinho apaixonada pelo talento criativo de Horgan enquanto criadora da série, argumentista e atriz, mas continuo a achar que ela é o ‘coração’ de Bad Sisters, a verdade é essa. Enquanto personagem, Eva mexe comigo de uma forma diferente das outras irmãs.
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