The Rings of Power – Crítica da 2.ª Temporada
| 05 Out, 2024
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A 2.ª temporada de The Rings of Power (Os Anéis do Poder) pega nos alicerces do que foi a primeira e lima várias arestas, apresentando um nível bastante superior. É bom ver que encontraram o seu ritmo e estão mais alinhados com o que os fãs querem ver da obra de Tolkien. Um pouco como o que aconteceu com The Wheel of Time, que só na 2.ª temporada é que encontrou melhor o seu ritmo.

Mas então o que fez esta 2.ª temporada ser melhor? Esta temporada colheu os frutos da preparação que foi sendo feita na primeira em várias frentes, terminando em dois episódios incríveis, para mim, quase ao nível (quase) de um dos filmes. Na 1.ª temporada, em Númenor mal acontece alguma coisa, foi mais perceber a situação política, para poderem tirar partido nesta com o começo da queda de Númenor. Achei Sauron, nesta versão mais manipuladora e toda a sua relação com Celebrimbor, muito mais interessante e aterrorizante do que ao fazer-se passar por Halbrand que, mais parecia, uma tentativa barata de imitar um Aragon. Se a temporada anterior acabou com a criação de três anéis para os elfos, esta focou-se na criação dos nove anéis dos homens e os sete dos anões. Talvez a próxima acabe com a criação do One Ring.

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A parte da imagem continua, como já estava, espetacular, mas isso sempre foi algo que todos os fãs, mesmo os mais críticos, não podiam deixar de assumir. Mas esta temporada tivemos direito a uma batalha. Batalha esta que está equivalente às batalhas dos filmes, com muita coisa importante em jogo e muito bem realizada. Entre o episódio 7 e 8 senti quase como se estivesse a ver partes dos filmes. A parte mais aborrecida ainda continuou a ser a de Gandalf (agora já podemos assumir o nome em vez de supor fortemente). Percebo que o propósito é percebermos como os hobbits eventualmente encontram o Shire e ficam lá e a relação amigável e de respeito que Gandalf tem com eles, mas até aos últimos dois episódios era de longe a história mais aborrecida. O encontro com Tom Bombadil numa primeira impressão foi um pouco underwhelming. Estava à espera de mais, mas em retrospetiva até acabei por gostar/respeitar esta adaptação de Tom.

Já na temporada anterior, a história dos anões foi das melhores, a par com Elrond, e assim continuou. Assistimos à degradação do rei por causa dos anéis e culmina numa cena absolutamente épica com o Balrog. A única possível crítica, mas que se aceita, é que os anéis demoravam algum tempo a ter realmente efeito e a corromper, mas para efeitos de uma série tinham que mostrar as coisas mais rápido. Neste temporada, também gostei bastante da atriz e do enredo de Galadriel, que começa um pouco revoltada e acaba por conseguir vencer essa batalha e resistir a Sauron.

Em suma, foi uma temporada boa. Estamos a perceber mais sobre como os anéis foram criados e como é que a Middle Earth chegou ao ponto que já conhecemos da trilogia. Ainda há coisas a melhorar? Sim, mas se apresentarem uma 3.ª temporada a este nível, acredito que no final vá ser relembrada como uma adaptação OK e não com as reações negativas que a primeira originou. Espero também que a série saiba manter o seu rumo, uma vez que o plano é de cinco temporadas, ainda nada confirmado oficialmente.

Melhor episódio:

Episódio 7 – Doomed to Die Este episódio foi o primeiro, completo, que do início ao fim me deixou imbuído do mesmo sentimento e espírito que tenho quando vejo os filmes da trilogia. Teve um pouco de tudo: uma batalha épica, a revelação de Sauron, do seu plano e da sua capacidade de manipulação. Mesmo sabendo de Sauron, a forma como ele gerou a sua teia de mentiras fez com que fosse muito difícil voltarem atrás. Gostei bastante e deixou-me empolgado para o último.

Personagem de destaque:

Adar (Joseph Mawle) – Honestamente, Celembrimbor ou Sauron também podiam estar aqui. Aquela lágrima de Sauron quando o mata, porque o respeitava e fica com pena do potencial e inteligência que tirou deste mundo, foi uma das melhores cenas. No entanto, achei a personagem Adar muito boa esta temporada. É alguém que humaniza o lado dos Orcs, que também são manipulados por Sauron, que olha para eles apenas como carne para canhão. Em Adar os Orcs tinham um pai, alguém que olhava por eles e tentava ajudá-los. No final foram fracos e deixaram-se manipular, atraiçoando Adar, que até ao fim lutou por e para eles.

E tu, o que achaste?

The Rings of Power - Crítica da 2.ª Temporada
Temporada: 2
Nº Episódios: 8
9
9
Interpretação
9
Argumento
9
Realização
9
Banda Sonora

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