A segunda parte da 4.ª temporada de Emily in Paris já está disponível na Netflix, mas tendo em conta que começou com um episódio de Natal, bem que poderiam ter aguardado por dezembro. Embora o episódio tenha trazido um pouco de alívio cómico e apresentado cenários diferentes, senti que estava um pouco fora do contexto, dado que ainda falta algum tempo para entrarmos nesta época. Fora isso, e algumas coisas sem nexo, como vermos Emily (Lily Collins) a ir passar o Natal na casa dos pais da ex-namorada do seu namorado, que afinal não está grávida, foi um episódio necessário, pois culminou no término da relação entre ela e Gabriel (Lucas Bravo). Com todos os dramas em torno desta relação, estava a tornar-se verdadeiramente difícil torcer por eles. Definitivamente já não aguento mais este casal!
E o segundo episódio só veio intensificar mais isso. O que me irritou ainda mais foi que Emily tomou uma decisão, mas começaram logo a surgir dúvidas e, para piorar, Gabriel decidiu armar-se em parvo. Apesar do término ter sido algo abrupto, e de haver falhas de ambos os lados ao longo da relação, considero que, desta vez, Emily tinha razão.
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Como se o cansaço causado por Gabriel e Camille (Camille Razat) não bastasse, surgiu uma nova personagem, Geneviève (Thalia Besson), que tinha tudo para ser uma boa adição, mas, como é óbvio, só veio para criar mais drama e fazer-nos passar ainda mais raiva.
A sorte é que no terceiro episódio aparece novamente Marcello (Eugenio Franceschini), o novo par romântico de Emily. Gostei bastante dele e até me fez pensar que Emily tem mais sorte que juízo. Especialmente tendo em conta que, ainda assim, a vimos a correr literalmente atrás de Gabriel. Nesse momento só pensava: Emily, por favor, tem mais amor-próprio!
Felizmente, no quarto episódio, tivemos uma mudança de cenário e mais momentos entre Emily e Marcello. Embora o relacionamento se tenha desenvolvido de forma rápida, gosto bastante de os ver juntos. No entanto, não consigo deixar de temer que Emily acabe por lhe partir o coração.
Por fim, o quinto episódio deixou-me a questionar se quero mesmo que a série seja renovada. Primeiro, sinto que já vimos este enredo repetidas vezes e se é para ver mais do mesmo, ainda que noutra cidade, talvez o melhor é que a série termine por aqui. Segundo, não quero, de todo, que Gabriel vá atrás de Emily e que o relacionamento dela com Marcello seja posto em causa. Todos os dramas entre Emily e Gabriel não só têm tornado a visualização da série penosa, mas também me fizeram detestar Gabriel. Já não o consigo suportar, nem torcer pela relação deles. Acho sinceramente que a relação já deu tudo o que tinha a dar e agora é altura de cada um seguir a sua vida. Se Emily não ficar com Marcello, prefiro que fique sozinha, em vez de voltar para Gabriel. Já não há paciência!
Além disso, gostei mesmo muito de Marcello e, até ver, não tenho nada de negativo a apontar. Por isso, se houver uma nova temporada, que não seja para estragar esta visão e a relação deles, como aconteceu com Alfie (Lucien Laviscount).
Melhor Episódio:
Roman Holiday (Episódio 9) – Depois de um segundo episódio mais penoso, e de um terceiro que fez recuperar as esperanças de que a segunda parte desta 4.ª temporada não se ia focar somente no fim do relacionamento de Emily e Gabriel e todos os dramas adjacentes, este episódio voltou a trazer a leveza característica de Emily in Paris. A mudança de cenário e o desenvolvimento do relacionamento de Emily com Marcello deram uma nova dinâmica à série, afastando-a, pelo menos temporariamente, dos dramas cansativos de Paris.
Personagem de destaque:
Marcello – Mal chegou e já conquistou o meu coração. Como já referi anteriormente, gostei bastante desta nova personagem, ainda que reconheça que tenha havido pouco desenvolvimento ou aprofundamento da sua história, mas parece-me ter bastante potencial. Nem que seja pelo facto de ter permitido não só uma mudança de cenário, mas também afastado Emily dos dramas com Gabriel.