Kaos – Crítica da 1.ª temporada
| 29 Ago, 2024
6.36

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A 1.ª temporada de Kaos, a nova série da Netflix criada por Charlie Covell, escritora e criadora de The End of the F***ing World, já está disponível na totalidade na plataforma de streaming. Esta comédia sombria traz uma abordagem moderna e ousada da mitologia grega, misturando comédia, drama e fantasia, enquanto explora temas como o amor, o poder e a vida no Submundo.

Zeus (Jeff Goldblum) descobre uma espécie de linha na sua testa e fica convencido de que a sua profecia se está a concretizar e, consequentemente, que a sua queda está próxima. Este medo leva-o a entrar numa espiral paranoica e a deixar-se dominar pela neurose e por planos malévolos. Quem acaba por sofrer com isto não são apenas os humanos, mas também Hera (Janet McTeer), sua mulher e irmã; Poseidon (Cliff Curtis), seu irmão e deus dos mares, tempestades e terramotos; Dioniso (Nabhaan Rizwan), seu filho e deus do vinho e das festas; e Hades (David Thewlis), o seu outro irmão e deus dos mortos e do Submundo.

A esta história juntam-se Riddy (Aurora Perrineau), Orpheus (Killian Scott), Caeneus (Misia Butler) e Ariadne (Leila Farzad), que estão cosmicamente ligados numa batalha contra os deuses, em particular o próprio Zeus, sendo que cada um desempenha um papel único na história e um deles pode ser o verdadeiro responsável por derrubar os deuses.

Embora a série apresente logo quem é quem, senti inicialmente que faltava mais contexto para aqueles que não conhecem as histórias e mitos gregos. Dava-me a sensação que quem não estivesse tão familiarizado com os mitos poderia deixar passar alguns detalhes importantes ou não perceber tão bem um ou outro ponto. Contudo, à medida que os episódios avançam, começa a ser percetível que as histórias diferem dos mitos originais, pelo que ter esse conhecimento é um pouco indiferente. Muito pelo contrário, na verdade, pode confundir ainda mais.

Apesar de ter gostado da série, e de se reconhecer ligeiramente a vibe de The End of the F***ing World, senti que faltou algo. Talvez por ser tão fascinada por cultura clássica, em especial por mitologia grega, e uma vez que se fizeram alterações aos mitos/histórias, esperava que as adaptações tivessem um impacto maior do que as histórias originais. Algumas mudanças, embora surpreendentes, não me agradaram totalmente, ficando um pouco aquém das expectativas.

Um dos pontos fortes da série é, sem dúvida, a banda sonora.

Não sei se haverá uma 2.ª temporada, mas, caso haja, considerarei ver, embora com expectativas mais baixas.

Melhor Episódio:

Episódio 1 – Considero que foi um bom começo, destacando-se especialmente a banda sonora, à qual foi impossível ficar indiferente.

Personagem de destaque:

Caeneus – Também considerei escolher Dioniso, sendo que, de entre todos os deuses, é sem dúvida aquele com as melhores intenções. Contudo, acabei por escolher Caeneus, não só pelo seu papel fundamental na narrativa, mas também pela profundidade da sua história.

Kaos- Crítica da 1.ª temporada
Temporada: 1
Nº Episódios: 8
6.36
6.5
Interpretação
6.2
Argumento
6
Realização
7.5
Banda Sonora

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