Élite chegou finalmente ao fim, depois de se arrastar por mais cinco temporadas, com narrativas sem qualquer sentido, e esta 8.ª temporada não foi diferente. Pelo contrário, conseguiu ser ainda mais sem sentido.

Já para não falar que algumas cenas, como a de Héctor (Nuno Gallego) com Joel (Fernando Líndez), logo no primeiro episódio, deixaram-me ligeiramente agoniada e as interações entre Isadora (Valentina Zenere) e Luis (Alejandro Albarracín) foram difíceis de assistir, especialmente considerando que ela foi violada anteriormente.

O maior foco desta 8.ª temporada de Élite foi Joel, que conseguiu tornar-se numa personagem ainda mais insuportável e totalmente incoerente, sendo que num momento dizia uma coisa, mas fazia o oposto logo no minuto a seguir. Ele estava a irritar-me tanto que a certa altura até eu poderia ser suspeita da morte dele!

A narrativa perdeu-se ainda mais em histórias rebuscadas e absurdas, tendo agora incluído uma espécie de Clube (leia-se seita), denominado Alumni, onde alunos se prostituíam, e uma festa secreta que, na verdade, era uma mega orgia. Honestamente, nem sei porque é que ainda fico admirada com estas coisas. Eu bem que tentei abstrair-me da falta de lógica na narrativa, mas os plots eram tão absurdos que era quase impossível de ignorar.

No entanto, o regresso de Nadia (Mina el Hammani), embora pouco aproveitado, foi um ponto positivo, tendo sido bom revê-la. Além disso, um momento que me fez rir bastante foi ver os alunos de Las Encinas numa escola pública, o que não só foi cómico, mas também evidenciou o quão desfasadas estas personagens são da realidade.

E, finalmente, encerraram o colégio! Ainda que, no geral, o final não tenha sido grande coisa, fiquei satisfeita com esta decisão, além de que acho que faz todo o sentido. Penso que só mesmo fechando aquele colégio é que se conseguia, de alguma forma, pôr fim a esta série.

Resumidamente, ainda bem que a série acabou, porque já não havia mais paciência para tanta história sem sentido. Muitas coisas ficaram sem explicação ou resolução, já para não falar de personagens que simplesmente desapareceram e a história continuou como se nunca tivessem existido.

Com tantas pontas soltas e um enredo tão fraco desde a 4.ª temporada, definitivamente Élite não irá deixar saudades.