We Were the Lucky Ones – Crítica da minissérie
| 19 Jun, 2024
8.5

Publicidade

A partir de hoje, ficará disponível no Disney+ a minissérie We Were the Lucky Ones (Nós Tivemos Sorte, em português), sendo que já foi lançada nos EUA em março. Baseada numa história real e adaptada do livro de Georgia Hunter, esta minissérie acompanha os Kurc, uma família judia que se vê obrigada a separar-se no início da Segunda Guerra Mundial.

A série começa por mostrar a união desta família, que se reunia todos os anos para celebrar a Páscoa Judaica, mas rapidamente as coisas mudam quando a Polónia é invadida pela Alemanha, o que deu início à Segunda Guerra Mundial. Começamos assim a ser confrontados com a brutalidade da guerra, mas em particular com o tratamento desumano para com os judeus. Estes viram-se totalmente ostracizados, obrigados a trabalhar em condições deploráveis e a serem despejados das suas casas, pura e simplesmente pelo facto de serem judeus. Como se isto já não fosse horrível o suficiente, eram também assassinados indiscriminadamente.

À medida que a série se vai desenvolvendo e nos vai sendo mostrado o sofrimento e a dor desta família, cresce também em nós uma profunda sensação de tristeza, injustiça e impotência. O facto da série ser baseada numa história real, a par de tudo o que conhecemos relacionado com este período negro da história, em particular o que acontecia nos campos de concentração, dá outro peso e emoção à trama. Os nervos à flor da pele são uma constante, uma vez que, além de tudo o que nos é mostrado, nunca sabemos o que vai acontecer a seguir à família Kurc.

É impossível não nos emocionarmos com esta história, além de que o acting é simplesmente incrível, com atuações dignas de Óscar. Confesso que estava com particular interesse na interpretação de Logan Lerman, que correspondeu às expectativas. De destacar ainda a pequena participação da atriz portuguesa Teresa Tavares.

Ao longo da minissérie vão sendo referidos acontecimentos históricos, ainda assim é preciso ter algum conhecimento prévio sobre este período para que se consiga entender melhor toda a história de We Were the Lucky Ones.

Em suma, esta minissérie não só retrata a experiência devastadora de uma família judaica durante a Segunda Guerra Mundial, como também nos mostra resiliência, coragem e amor inabalável em tempos de adversidade extrema.

Melhor episódio:

Rio (Episódio 8) – Este foi um dos episódios que mais me emocionou, mas também foi aquele que, de certa forma, me trouxe mais contentamento. Embora o sentimento de tristeza e injustiça se mantenha, tendo em conta os acontecimentos retratados ao longo da minissérie, este episódio termina com um tom mais reconfortante, esperançoso e até mesmo feliz.

Personagem de Destaque:

Bella Tatar (Eva Feiler) – Qualquer uma das personagens poderia ser facilmente escolhida, sendo que cada uma desempenhou um papel imprescindível, com histórias extremamente impactantes, mas a personagem da Bella destacou-se sobretudo pela interpretação de Eva.

We Were the Lucky Ones - Crítica da minissérie
Temporada: 1
Nº Episódios: 8
8.5
9
Interpretação
9
Argumento
8
Realização
7
Banda Sonora

Publicidade

Populares

estreias calendário posters grid dezembro

what if s3 marvel

Recomendamos