Com muita pena minha, Young Royals chegou ao fim com esta 3.ª temporada, já integralmente disponível na Netflix. Confesso que estava com algum receio quanto ao desfecho, especialmente tendo em conta que é uma série pela qual tenho um enorme carinho, mas fiquei bastante satisfeita com o final.
Esta 3.ª temporada foi uma autêntica montanha-russa de sentimentos, e escusado será dizer que os últimos dois episódios fizeram-me chorar como se não houvesse amanhã. Por um lado, queria muito que Wilhelm (Edvin Ryding) e Simon (Omar Rudberg) dessem certo, mas por outro, especialmente com o que foi sendo mostrado nesta temporada, também conseguia perceber caso decidissem terminar a relação. Inclusive, chegou mesmo um momento em que eu própria ponderei se não seria melhor que a relação terminasse, contudo, também concordo que a altura escolhida para esse término poderia ter sido outra.
Apesar de ter ficado com o coração apertado, considero que foi bastante importante terem explorado esses problemas e, de certa forma, no final, terem colocado os mesmos de lado, e permitido que Wilhelm e Simon ficassem juntos. Mais importante ainda foi terem deixado bem claro que a decisão de abdicar do trono partiu de Wilhelm, e que foi principalmente para o bem dele, e não tanto pelo bem do Simon ou da relação deles, embora isso inevitavelmente tenha tido o seu peso. No entanto, acredito que esse peso tenha servido mais para ajudar Wilhelm a perceber o que realmente queria, e também que não seria feliz se fosse Rei. E se por mero acaso houvesse dúvidas quanto a isso, estas dissiparam-se quando Wilhelm quebrou a fourth wall, dado que, de todas as vezes em que há essa quebra, somente nesta é que o conseguimos ver realmente feliz e despreocupado.
Ainda que tenha gostado da temporada, acredito que se houvessem mais, outras questões teriam sido melhor exploradas, principalmente no que diz respeito às personagens secundárias. Confesso que gostaria de ter visto mais desenvolvimento em torno da temática do racismo relativo a Felice (Nikita Uggla), bem como mais momentos de interação entre ela e Wilhelm.
Além disso, gostaria também de ter visto um maior desenvolvimento não só de August (Malte Gårdinger) enquanto personagem individual, principalmente no que diz respeito ao distúrbio alimentar, mas também da relação dele com Sara (Frida Argento). Considero que ambas as personagens, especialmente August, tiveram um desenvolvimento muito positivo nesta temporada, o que quase me fez esquecer das coisas menos positivas que fizeram nas anteriores.
Episódio de Destaque:
Episódio 6 – Confesso que ao início estava a ser difícil escolher somente um episódio, uma vez que, por diversas razões, vários episódios desta 3.ª temporada poderiam ser escolhidos. No entanto, após pensar melhor, decidi optar pelo sexto e último episódio. Além de me ter feito chorar praticamente do início ao fim, e de me ter deixado nervosa quanto ao final, especialmente de Wilhelm e Simon, considero que foi um bom episódio de conclusão, embora não me tivesse importado se houvesse mais episódios, ou pelo menos mais uma temporada.
Personagem de Destaque:
Simon – Embora não concorde a 100% com algumas decisões do personagem, considero que nesta temporada consegui entendê-lo melhor, além de que não consegui ficar indiferente ao que a personagem estava a passar.