Blood & Water – Crítica da 4.ª temporada
| 13 Mar, 2024
6.81

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A 4.ª temporada da série sul-africana Blood & Water já se encontra disponível na Netflix, permitindo assim continuar a acompanhar as histórias dos alunos do colégio Parkhurst, especialmente após uma 3.ª temporada que, embora um pouco lenta, terminou com episódios mais intensos e pesados.

Apesar dos dois primeiros episódios da 4.ª temporada terem retomado o ritmo e o ambiente das duas primeiras temporadas, o que me agradou bastante, não posso dizer o mesmo dos seguintes, que se arrastaram um pouco mais, apesar de nos ter sido proporcionada alguma emoção e intensidade nos últimos. No entanto, em comparação com a intensidade e a história da temporada anterior, esta não conseguiu corresponder nem superar. Além disso, algumas questões deixadas em aberto no último episódio da 3.ª temporada e início desta que tinham um grande potencial de desenvolvimento foram totalmente ignoradas e substituídas por uma narrativa mais superficial, por assim dizer, envolvendo chantagem e histórias passadas de bullying.

Além disso, os dois primeiros episódios exploraram temas como o trauma, tanto o de Puleng (Ama Qamata), que inclusive estava a fazer terapia, algo que me surpreendeu bastante pela positiva, quanto o de Sam (Leroy Siyafa). As memórias que Sam ia tendo ao longo destes episódios foram de partir o coração. É pena que essa abordagem não tenha sido mais aprofundada nos restantes episódios da temporada.

Considero que a série ganhava muito mais se a ordem das temporadas 3 e 4 tivesse sido trocada. Isto porque dificilmente algo iria conseguir superar os acontecimentos da 3.ª temporada. A não ser, talvez, que tivessem desenvolvido as pontas soltas.

Quanto ao desenvolvimento das personagens, de destacar que considero que o novo interesse romântico de Wade (Dillon Windvogel), embora não me tenha convencido muito enquanto personagem, veio trazer outro dinamismo a Wade e à sua história. A par disto, gostei essencialmente que, na temporada anterior, ele tenha decidido ficar somente amigo de Puleng. Definitivamente, eles funcionam muito melhor como amigos e ver que isso se mantém, mesmo após o relacionamento, agradou-me bastante.

Embora considere que não tenha vindo acrescentar nada de muito impactante à história, visto que facilmente poderia ser substituído por outra personagem, tenho de admitir que achei que Iván (André Lamoglia) foi uma boa adição nos três primeiros episódios de Blood & Water. Para alguém que já não tem grande paciência ou interesse na história do personagem em Élite, foi bom vê-lo noutro ambiente e envolto noutras histórias.

Posto isto, só me resta aguardar para saber se irá haver 5.ª temporada e, caso haja, esperar que desenvolvam então o que foi deixado em aberto.

Episódio de Destaque:

Beware of Things Buried (Episódio 1) – Considero que este foi um bom início, não só porque trouxe de volta o ritmo e o ambiente das primeiras temporadas, mas também porque criou uma grande expectativa em torno da história e do que os próximos episódios reservavam.

Personagem de Destaque:

Wade – Confesso que estava a ser difícil para mim escolher um personagem, pois não considero que alguém se tenha destacado consideravelmente pela positiva, pelo contrário. No entanto, e tendo em conta também temporadas anteriores, considero que Wade merece o destaque. Não só pelo apoio que dá, principalmente a Puleng, mas sobretudo pelo facto de ter reconhecido que os dois funcionavam melhor somente como amigos e, mesmo com o término da relação, ter continuado a amizade de uma forma bastante equilibrada e, diria mesmo, adulta.

Blood & Water - Crítica da 4.ª temporada
Temporada: 4
Nº Episódios: 6
6.81
7
Interpretação
6.5
Argumento
6.8
Realização
7.2
Banda Sonora

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