The Crowded Room – Review da minissérie
| 28 Jul, 2023
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The Crowded Room é uma minissérie e mais uma grande produção da Apple TV+, inspirada no livro de não ficção The Minds of Billy Milligan de Daniel Keyes, que já está na minha lista para ler. A minissérie chegou ao fim após dez episódios e passou para o meu top de favoritas deste ano, do qual acho que vai ser difícil sair.

The Crowded Room decorre em Nova Iorque, em 1979, e foca-se num tiroteio que tem como protagonista Danny Sullivan (Tom Holland). Danny é preso e começa a ser interrogado por Rya Goodwin (Amanda Seyfried), que nos vai ajudar a compreender este homem, o seu passado e o que levou até ao ato criminoso que parece ter cometido. A minissérie alterna entre o passado e o presente de Danny e apresenta-nos diversas pessoas que fazem parte da vida dele e que tiveram influência no que é hoje.

Com um ótimo elenco e uma excelente representação não estava a compreender nada do que me estavam a apresentar nos três primeiros episódios. O quarto foi o que me prendeu completamente a esta minissérie: um acontecimento subtil e que facilmente me passava ao lado, mas que me deixou a pensar e na expectativa de que estivesse certa. Lembro-me que nesta altura me perguntaram se estava a gostar da minissérie, ao que respondi que se fosse pelo caminho que estava a achar que fosse, então seria brilhante. Felizmente, estava certa e a forma como tudo se desenrolou é de uma qualidade notável.

Esta minissérie aborda traumas, os impactos que estes podem ter a nível psicológico e como podem alterar e condicionar uma vida, seja a do próprio ou as dos que o rodeiam. Aborda violência física e psicológica e como às vezes é muito fácil condenar e censurar ações que cada um opta por executar. Aborda o impacto e a importância da saúde mental e eu acho que nunca será de mais falar sobre isso. Séries como esta conseguem demonstrar isso mesmo e espero que sirvam para trazer compaixão e empatia para com estas doenças. A mim revolta-me e entristece-me saber que existem pessoas que não compreendem e outras tantas que vivem limitadas por problemas mentais e emocionais.

O elenco escolhido foi uma das razões principais para ter ficado curiosa com esta série. Uma série com Tom Holland, Amanda Seyfried e Emmy Rossum é meio caminho para termos qualidade. Não desiludiram nada! Pelo contrário, conseguiram surpreender-me muito. Não achava possível, mas fiquei mais fã de cada um deles.

Foi muito difícil descrever esta série sem tocar no ponto principal e deixar algum spoiler, mas acho que faz muita diferença e que estragaria a experiência. Gostava que tivesses a mesma descoberta que eu tive ao longo da série. Aconselho toda a gente a ver The Crowded Room. Se não for pelo tema que aborda, vê pela qualidade da interpretação e pela banda sonora, que completa tudo na perfeição. E faz-me um favor, à medida que vais vendo os episódios, contempla e analisa a intro. Até a intro está brilhante!

Melhor episódio:

Episódio 7 – The Crowded Room Os meus episódios favoritos são o sexto e o sétimo, que foram a confirmação da minha teoria. Escolho destacar o episódio 7 porque foi o que mais me chocou, mas mais não posso relatar sem revelar spoilers.

Personagem de destaque:

Danny Sullivan (Tom Holland) – Tom Holland desenvolveu um trabalho maravilhoso ao dar corpo a Danny. Não acho que seja um papel fácil e tudo o que vi foi mestria. Danny é a peça principal de toda a série, pelo que não era possível destacar outro personagem.

Temporada: 1
Nº Episódios: 10
10
10
Interpretação
10
Argumento
10
Realização
10
Banda Sonora

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