Ficou disponível hoje, 8 de junho, na Netflix a 4.ª e última temporada de Never Have I Ever e o feriado nacional não poderia vir mais a calhar! Se há algo a que a série já nos habituou é a não conseguirmos parar de a ver até terminarmos todos os episódios e desta vez não será diferente. Especialmente tendo em conta que esta é a temporada final e estamos ansiosos por descobrir como tudo irá terminar.
Após termos sido deixados com Devi (Maitreyi Ramakrishnan) a bater à porta de Ben (Jaren Lewison) e, em seguida, a envolverem-se, vamos finalmente ficar a saber o que acontece com o relacionamento destes dois. Será que vão ficar juntos? Será que vão perceber que funcionam melhor somente como amigos (ou talvez nem isso)? Ou será que irá aparecer uma nova personagem que irá atrapalhar ainda mais as coisas? E o que será feito de Paxton (Darren Barnet) agora que foi para a universidade?
Perguntas não nos faltam, contudo, mais do que dar-nos respostas e desfechos, esta temporada foi-nos dando cada vez mais certezas sobre o quanto estas personagens amadureceram, especialmente Devi. É verdade que na temporada anterior esse amadurecimento já era bastante visível, ainda assim, esta 4.ª temporada de Never Have I Ever conseguiu enfatizar ainda mais isso.
Mesmo com alguns percalços ao longo do caminho, muitos deles para efeitos dramáticos, é certo, não poderia ter ficado mais orgulhosa com o crescimento/desenvolvimento desta personagem. Sem sombra de dúvida que – a par de ser uma série de comédia, que ainda assim consegue ser comovente e aborda as nuances da adolescência e explora temas necessários quanto a esta fase da vida, aliando também questões culturais – este foi um dos pontos fulcrais da série e tudo o que aconteceu serviu, e bem, este propósito. Confesso, no entanto, que em alguns momentos ainda cheguei a duvidar, mas acabei por ficar bastante surpreendida!
Além dos temas que já estávamos habituados a ver, esta temporada, mantendo sempre o seu estilo tão característico, explora principalmente as expectativas e incertezas que surgem com o encerramento de um ciclo e o início de outro. No caso de Devi, Ben, Eleanor (Ramona Young) e Fabi (Lee Rodriguez), em particular, a conclusão do ensino secundário e as dúvidas e receios que surgem quanto ao futuro.
Embora temporadas finais sejam sempre difíceis, quer por causa das expectativas criadas pelo facto de ser a última, ou por nos custar, muitas vezes, despedir-nos da série, considero que esta temporada conseguiu proporcionar-nos um bom final, muito dentro do que queríamos ou até mesmo esperávamos. Por essa razão é que talvez não me tenha surpreendido muito. Ainda assim, houve diversos momentos ao longo da temporada em que fiquei com receio do rumo que as coisas poderiam levar e essa sensação perdurou quase até ao final.
Por isso é que te digo: só vais conseguir descansar quando tiveres terminado de ver os dez episódios que compõem esta 4.ª temporada de Never Have I Ever.
Episódio de Destaque:
Episódio 9 – … gone to prom – embora não soubesse como seria o episódio final e, portanto, ainda houvesse a possibilidade de ficar indecisa e acabar por mudar de ideias, este nono episódio ainda não tinha terminado e eu já sabia que o iria escolher. É difícil explicar os motivos sem entrar em muitos detalhes, mas tenho a certeza de que vais entender facilmente as razões desta escolha assim que vires o episódio. Além de mais uma excelente conversa entre Devi e a sua incrível terapeuta, vemos também um lado ainda mais profundo de Devi. Tenho de admitir que me emocionei bastante com este episódio, algo de que definitivamente não estava à espera.
Personagem de Destaque:
Paxton – confesso que a minha escolha recaía inteiramente na Devi, mas como já a escolhi como personagem de destaque na review da temporada anterior, optei por dar vez a outra personagem. Apesar de não conseguir levar muito a sério o ator que interpreta Paxton, uma vez que ele tem mais de 30 anos e claramente não aparenta ser um adolescente, o que sempre me causou certa confusão, a verdade é que o personagem teve um bom desenvolvimento ao longo das temporadas. Embora nesta temporada pareça ter havido um retrocesso, a verdade é que considero que foi um desenvolvimento necessário e importante. Se assim não fosse, o episódio sete não teria o impacto que teve.