The Handmaid’s Tale – Review da 5.ª temporada
| 09 Jan, 2023
9.9

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Finalmente trago-vos a 5.ª temporada de The Handmaid’s Tale! Todas as semanas ansiei pela noite de quarta-feira para ver o novo episódio, quase como uma espécie de ritual que ansiei durante dez semanas. Já tinha referido na review sobre o primeiro episódio desta temporada que a anterior me deixou com receio que a série estivesse a perder a sua essência e entusiasmo, acontece que parece que está mais viva do que nunca!

The Handmaid’s Tale demonstra na perfeição que nada é preto ou branco, não há um verdadeiro, um certo ou errado, existem pessoas com crenças e que tentam atingir aquilo em que creem. Claro que existem exceções, como Fred Waterford (Joseph Fiennes), em cujos atos não consigo encontrar justificação, mas no geral não sou capaz de definir personagens como sendo más ou boas e é isto que também me faz adorar tanto esta série.

Nesta temporada isto que referi foi muito bem demonstrado, bem como a capacidade de mudança e de adaptação que o ser humano tem. Vimos crenças e pessoas a serem postas em causa e parece-me que na próxima temporada isto vai ter muito foco e ainda nos vamos surpreender muito. Como exemplo perfeito temos Serena Waterford (Yvonne Strahovski): era uma mulher no poder e, aparentemente, na liderança de Gilead que se depara agora grávida e viúva e numa realidade completamente diferente da que tinha anteriormente, onde a sua capacidade de liderança, inteligência e independência são postas em causa e castradas.

Esta temporada foi repleta de comparações entre Serena e June (Elisabeth Moss) e um paralelismo do passado de ambas e a sua condição atual. É incrível como a vida de cada uma mudou tanto e parece que afinal têm mais em comum do que gostariam. A relação entre elas nunca para de me surpreender e esta temporada foi repleta disso. Elas levaram-me a chorar de tristeza e de alegria. Fizeram-me sentir, novamente, uma tremenda revolta por este mundo distópico de homens e injustiça. E surpreenderam-me pela sua capacidade de se odiarem e de se vingarem, mas também pela capacidade que têm de se unir de uma forma quase animalesca.

The Handmaid’s Tale é, para mim, a melhor série da atualidade. Quer pela história incrivelmente bem construída, quer pela representação perfeita de todo o cast, quer pela realização que consegue tornar tudo mais intenso. Não houve até agora nenhuma série que me fizesse sentir tanto como The Handmaid’s Tale e esta 5.ª temporada não foi exceção. Tudo o que possa dizer ou escrever sobre The Handmaid’s Tale nunca será suficiente para a qualidade que revejo nesta série; só me resta aconselhar quem não viu a ver. Se não gostares da história (o que não consigo compreender) pelo menos vais ter acesso a uma interpretação brilhante.

Melhor episódio:

Episódio 7 – No Man’s Land – É o episódio em que a Serena dá à luz o filho, é um episódio com flashbacks e uma constante comparação com a situação atual dela. É o episódio mais emotivo, mais cru e realista da temporada. Aconselho a que vejas a entrevista sobre este episódio, na qual Yvonne Strahovski e Elisabeth Moss relatam no que se basearam para fazê-lo e a experiência que foi.

Personagem de destaque:

Serena Waterford (Yvonne Strahovski) – Tanto Serena como June foram o claro destaque nesta temporada, mas Serena merece o pódio. Demonstrou uma capacidade de resiliência incrível perante uma fase da vida que nunca tinha contemplado ser possível e lidando com tudo sozinha e, de certa forma, desamparada. Está a ver as suas crenças a serem postas à prova e a deparar-se com uma liderança, exclusivamente, masculina forte. Está a ser tudo novo para ela e da pior forma: grávida, viúva e castrada pelos seus pares. Estou muito expectante para saber o que o futuro reserva a Serena.

Temporada: 5
Nº Episódios: 10
9.9
10
Interpretação
10
Argumento
10
Realização
9
Banda Sonora

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