A Netflix decidiu dar-nos uma boa prenda de Natal ao estrear, hoje, The Witcher: Blood Origin, uma minissérie prequela de The Witcher.
A minissérie The Witcher: Blood Origin situa-se 1200 anos antes dos acontecimentos retratados em The Witcher e conta a história da criação do primeiro witcher e os acontecimentos que levam à Conjunção das Esferas, onde o mundo dos monstros, homens e elfos se fundiram num só.
Fiquei rendida a este mundo fantástico de The Witcher desde que há uns anos joguei o jogo no computador. É um mundo complexo, cheio de enredo e várias personagens que o tornam bastante completo e muito cativante. Em The Witcher: Blood Origin, a juntar a isto tudo, temos uma componente mais política que completa ainda mais a história.
Tudo se desenrola à volta da história dos sete, contada de uma forma mística e muito cativante. Os sete são um grupo de marginalizados que acaba por se juntar e lutar contra a opressão do Continente. Neste grupo de sete existe um claro destaque para três deles: Éile (Sophia Brown), uma guerreira da guarda da rainha que escolhe abandonar tudo e seguir o sonho de viajar e da música; Fjall (Laurence O’Fuarain), que pertence ao clã que protege o rei; e Scian (Michelle Yeoh), o último membro de uma tribo de elfos nómada. Os restantes são Callan (Huw Novelli), Zacaré (Lizzie Annis), Syndril (Zach Wyatt), Meldoff (Francesca Mills). Adorei a diversidade deste grupo e a forma como vão sendo incluídos ao longo dos quatro episódios; são personagens completas e muito distintas entre si, mas que acabam por formar um grupo coeso e muito interessante.
À semelhança do que achei em The Witcher, nesta prequela a qualidade da interpretação também deixa muito a desejar e esperava mais a nível visual. No entanto, consigo-me abstrair destes defeitos porque tudo o resto compensa. Vi-me transportada para um mundo fantástico e mágico, repleto de personagens fortes e cada uma com mensagens importantes para contar, isto tudo conjugado com muita música e muito humor negro, que tem sempre destaque no mundo do The Witcher.
São quatro episódios longos, cheios de ação, mística e fantasia que trazem consigo explicações para muito do que já vimos em The Witcher. Eu já tinha muitas saudades deste universo e ao ver The Witcher: Blood Origin fiquei ainda com mais vontade que o verão chegue e traga consigo Ciri e Geralt.
Senta-te no sofá, traz as azevias e as filhoses e desfruta deste mundo mágico de The Witcher. Feliz Natal para todos.
Melhor episódio:
Episódio 1 – Of Balladas and Bloody Blades – É-me difícil escolher um episódio dos quatro para destacar, opto por este pela forma como me cativou logo de início. O episódio piloto deixa antever tudo o que nos espera para a restante temporada, é impactante e deixou-me colada ao ecrã.
Personagem de destaque:
Éile (Sophia Brown) – Éile é uma mulher guerreira que vai contra o clã e a sua família para seguir o sonho de viajar e cantar pelo mundo. Se só isto não fosse suficientemente inspirador, ela é uma guerreira cheia de força e sem medo de ninguém. Tem total destaque num mundo de homens e de opressão.