Para grande felicidade minha, já se encontra disponível na Netflix a 2.ª temporada da série sueca Young Royals. Dessa forma, foi possível continuar não só a acompanhar a história do príncipe herdeiro Wilhelm (Edvin Ryding) e de Simon (Omar Rudberg), mas também a de August (Malte Gårdinger), Sara (Frida Argento) e Felice (Nikita Uggla). À história destas personagens junta-se também a de Marcus (Tommy Wättring), o novo interesse amoroso de Simon.
Quando decidi ver o primeiro episódio da 1.ª temporada de Young Royals estava longe de imaginar o quanto iria gostar desta série. Quando dei por mim já estava demasiado embrenhada na história de Wilhelm e Simon, tanto é que, quase sem dar por isso, vi a temporada num abrir e fechar de olhos. Ainda que se trate de uma história de adolescentes e muitas vezes, injustamente, consideremos que poderá ser mais uma daquelas séries cliché que pouco ou nada representam a realidade ou pouco acrescentam à nossa vida, que são normalmente escolhidas quando queremos ver algo que não nos faça pensar muito ou para colocar como barulho de fundo, Young Royals contraria tudo isso, o que torna difícil ficar-lhe indiferente.
Para além de ter uma história realista e personagens que, especialmente a nível físico, parecem realmente adolescentes, Young Royals aborda também questões bastante importantes. Por isso, facilmente nos conseguimos rever/identificar ou, se não for o caso, pelo menos conseguimos compreender o que nos está a ser apresentado. E esta 2.ª temporada de Young Royals não foi diferente, pelo contrário! A par da continuação da história que já tinha sido apresentada na temporada anterior, esta focou-se também em desenvolver outras questões, sendo um exemplo disso a ansiedade.
Embora não tenha sido dito especificamente que Wilhelm sofria de ansiedade, o certo é que os indícios estavam todos lá. Por mais que ficasse de coração apertado ao ver todo o sofrimento pelo qual ele estava a passar, considero que tenha sido bastante importante demonstrarem essa questão, aliado ao facto de Wilhelm começar a ser acompanhado por um psicólogo, algo que também considero de extrema importância.
Depois daquele final, resta-me agora aguardar ansiosamente pela confirmação da 3.ª temporada.
O que será de Wilhelm agora que confessou ser ele no vídeo? Será que a monarquia tentará protegê-lo? Se sim, que impacto é que isso terá tanto na própria monarquia como para todos os envolvidos? O que fará à relação com Simon?
A par disto, o que acontecerá com August? Será que Sara vai efetivamente denunciá-lo? Por falar em August, embora não me tenha esquecido do que ele fez e ache que não pode ficar impune, é impossível negar o bom desenvolvimento que a sua personagem teve. É óbvio que isso não invalida o que fez anteriormente, mas estou bastante curiosa para ver mais da sua personagem. Falando nele, é inevitável não falar de Sara e do relacionamento de ambos. Apesar de também ser uma personagem bastante questionável, e as suas atitudes terem um impacto bastante negativo nas pessoas em seu redor, tenho de confessar que gostei bastante do desenvolvimento da relação deles. Quero muito ver o que vai acontecer depois daquele final.
Melhor Episódio:
Episódio 5 – Facilmente qualquer um dos seis episódios, ainda que por razões diferentes, poderia ser escolhido. No entanto, a minha indecisão resumiu-se entre o episódio 4 e 5. Após alguma consideração, acabei por escolher o 5, não só pelo tão esperado envolvimento entre Wilhelm e Simon, mas especialmente por ter mostrado, quando Wilhelm vomitou, mais um dos efeitos da ansiedade. Ver uma representação desta questão foi deveras importante e necessária.
Personagem de Destaque:
Wilhelm – À semelhança da escolha do melhor episódio, qualquer personagem, à exceção de Sara e August – ainda que seja inegável o quão importantes e bem desenvolvidos foram nesta temporada – poderia ter sido a escolhida. No entanto, sinto que não poderia escolher outra pessoa que não Wilhelm. Embora não tenha concordado a 100% com todas as suas decisões, é impossível ficar indiferente a tudo pelo que está a passar ou não o conseguir compreender de certa forma. Não nos podemos esquecer, de entre diversas coisas, que a par de lidar com a morte do seu irmão e de, consequentemente, se ter tornado herdeiro ao trono, que só por si já é um enorme desafio, temos também o facto de ter visto um vídeo íntimo dele e de Simon vir a público e a relação ter terminado. Isso tudo sem esquecer que se trata de um adolescente de 16 anos que sofre de ansiedade. Já para não falar da excelente atuação de Edvin Ryding!