The Midnight Club – Crítica da 1.ª temporada
| 11 Out, 2022
6.9

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Outubro é o mês do terror e a Netflix tem várias apostas nessa temática agendadas para este mês. Uma delas foi a 1.ª temporada de The Midnight Club, que estreou no dia 7 de outubro e à volta da qual foi criada uma expectativa elevada de terror e mistério. Antes de começar a falar-te desta série, façamos o brinde que dá início à reunião do clube:

“To those before and those after.
To us now and to those beyond.
Seen or unseen, here but not here.”

The Midnight Club é baseada no livro de Christopher Pike e a história tem por base um grupo de jovens com doença terminal que escolhe passar os seus últimos dias num hospício chamado Brightcliffe. Todas as noites, o grupo reúne-se à meia noite para contar histórias de terror, tal como os restantes pacientes do hospício fizeram ao longo dos anos. Além das histórias de terror que vão sendo contadas todas as noites, Illonka (Iman Benson), a mais recente adição ao grupo, descobre que Brightcliffe tem um passado misterioso e secreto que pretende desvendar.

Brightcliffe é uma propriedade rodeada por uma floresta mística e por um penhasco assustador. É uma mansão antiga, cheia de divisões, com uma biblioteca enorme e incrível e, além dos pacientes que lá moram, parece haver outros estranhos moradores. É o cenário perfeito para uma boa história de terror e Mike Flanagan já demonstrou que sabe construir boas séries de terror. E já conseguiu que The Midnight Club entrasse para o Guinness como a série com mais jump scares!

Dediquei-me a ver os dez episódios e, infelizmente, não tive a experiência de ver uma série de terror. Realmente tem muitos jump scares, que proporcionam aquele susto imediato que faz palpitar momentaneamente o coração, mas isto não define uma série de terror. Uma série de terror é definida com uma sensação de mistério e medo constante, com a sensação de que algo terrífico vai acontecer a qualquer momento, vai muito além do susto explícito. O que vi foi uma série com muito drama, mistério e sustos. Quando começava a sentir a janela do medo a abrir e a entrar na série, fechavam-na e abriam a porta do drama.

Há duas vertentes da série: as histórias que o grupo conta nas reuniões à meia-noite e a história principal de Brightcliffe e do seu passado. O terror esteve mais presente nas histórias do grupo, em que podemos assistir a algumas histórias interessantes; no entanto, sempre de forma ligeira, expectável e que não me marcou. O enredo principal vai-se intensificando ao longo dos episódios e mantive a expectativa elevada à espera de que a vertente do terror fosse mais explorada. Vamos desvendando o segredo e o mistério, mas o terror fica sempre guardado enquanto o drama é cada vez mais presente.

A série tem mensagens muito importantes e personagens muito bem construídas; gostei de todos daquele grupo e envolvi-me com a história de cada um. Adorei ver a união que aqueles adolescentes criaram, todos com um prognóstico terminal e numa idade tão precoce da vida. A série faz pensar sobre a morte e a maneira como encaramos algo que é o mais garantido que temos. Tem uma perspetiva muito interessante e bonita sobre um assunto triste e de que dificilmente falamos.

Em resumo, é uma boa série de drama e com mensagens boas e inspiradoras e algum terror, mas não é uma boa série de terror. Se queres uma boa série de terror, vê ou revê The Haunting of Hill House e The Haunting of Bly Manor (séries do mesmo criador) ou acompanha-me, no dia 25 de outubro, na Netflix, na estreia de Cabinet of Curiosities.

Melhor episódio:

Episódio 7 – Anya é o episódio mais emotivo, mas também no qual senti mais presente o terror. É focado em Anya e todo o episódio está criado e desenrola-se de uma maneira incrível. Termina de uma forma muito bonita e emotiva.

Personagem de destaque:

Anya (Ruth Codd) – Anya já é paciente de Brightcliffe há uns meses e, tal como os outros, sabe que o fim estará para breve. Adorei a personalidade de Anya: à primeira impressão é arrogante e má, mas na verdade é apenas prática, direta e sem filtro. É das personagens que achei mais corajosas e com uma história de vida muito inspiradora.

The Midnight Club – Review da 1.ª temporada
Temporada: 1
Nº Episódios: 10
6.9
8
Interpretação
7
Argumento
6
Realização
6
Banda Sonora

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