Chega ao fim a 3.ª Temporada de High School Musical: The Musical: The Series, e só tenho a dizer: ainda bem que a série foi renovada! Depois de uma 2.ª Temporada que não me encheu de todo as medidas, posso dizer que adorei a 3.ª (não me emocionou tanto como a primeira, mas subiu muito a nível de qualidade!).
Todo o enredo do campo de férias foi fantástico, especialmente por dois motivos: quebrar a rotina da escola das últimas duas temporadas e dar aquele sentimento Camp Rock. Nesta temporada, o musical escolhido foi Frozen, mas também tivemos direito a canções originais, a músicas do franchise de Camp Rock e de High School Musical 2. Não sei bem o que achar de uma mistura de músicas tão ampla, mas enquanto fã de todos estes filmes gostei bastante dos números musicais. Já os originais continuam sem conseguir competir com a 1.ª Temporada, e estão bastante mais infantis e “POP”.
Esta temporada foi bem demarcada pela ausência de inúmeras personagens, o que achei positivo pois permitiu às personagens que permaneceram terem outras storylines que não envolvessem os seus respetivos companheiros. A saída de Olivia Rodrigo é mais do que previsível. Acho triste que depois de ter interpretado um papel que a levou à ribalta, a atriz (ou devo dizer a cantora?) seja tão “ingrata” em relação ao mesmo e simplesmente se vá embora. Mas admito que não senti a sua falta nesta temporada, nem gostei da justificação da mesma para ir para a Califórnia. Diz ela que depois de ver a prestação dos colegas no Frozen, percebeu que havia muito talento na escola… até parece que já não se sabia isso!
Para além das conhecidas personagens tivemos direito a novas personagens bastante diferentes, mas que rapidamente se fizeram sentir parte dos Wildcats – Maddox, Jet e Val. Dissemos ainda olá a Corbin Bleu e a Jason Earles, que para fãs de High School Musical e Hannah Montana é impossível não ter sido nostálgico. Confesso que a personagem de Corbin foi um pouco irritante às vezes e, achei que seguiu um arco muito previsível de série do Disney Channel. Ainda assim, quando ele cantou músicas de HSM ou quando gritou “What team?”, o meu coração de criança explodiu de felicidade.
A minha parte favorita desta temporada foi a estrutura da mesma, pois cada episódio tinha um tema de acordo com as tradições do campo de férias. Assim, não senti que a temporada estivesse à deriva pois estava bem sustentada pelos temas divertidos. Foi muito realista enquanto campo de férias, onde há um monte de atividades e se vive de forma intensa, moldando também as relações entre as pessoas. Para além de namoricos e mentorias, houve espaço para desenvolver a ansiedade de Kourtney que considerei bastante relevante.
Embora o único casal que entrou no campo tenha sido EJ e Gina, houve espaço para muitos desenvolvimentos amorosos e para a presença de mais personagens queer. Desde Maddox ser lésbica a Ashley e Big Red assumirem-se como bissexuais. Muitos fãs esperavam que também Ricky estabelecesse uma relação com Jet, mas tal não avançou. Fiquei triste com o que fizeram ao relacionamento de Gina e EJ, pois foi tudo a favor de quererem forçar Ricky com Gina. Já sei que provavelmente sou parcial porque achava que ele e Nini ficavam bem juntos. Provavelmente não vi os sinais de que eles iriam ser endgame. Pareceu tão forçado. Entendo que já passou algum tempo, mas seria tão bom passar uma temporada inteira sem que Ricky tivesse um interesse amoroso. Enquanto indivíduo ele brilhou e foi super engraçado durante quase toda a temporada, exceto quando estava a chorar por Gina. Já Gina só provou ser uma criança realmente, ao não entender EJ. O enredo deles foi muito HSM2, Troy e Gabriella a viverem verões diferentes. Para quem estava tão apaixonada, rapidamente esqueceu EJ e beijou Ricky na estreia do trailer do documentário.
Estou a dar conta que só mencionei agora o facto de nesta temporada haver o enredo do documentário. Embora tenha achado completamente desnecessário e over the top, também não me incomodou. A parte pior foi mesmo o final, e como, de repente, eles estavam todos pomposos na passadeira vermelha. Depois, a forma como todos reagiram ao trailer foi ridícula. Acho que foi óbvio que aquilo era uma montagem descontextualizada. Mas pronto, final da temporada: ridículo na minha opinião.
Espero que voltemos à escola na próxima temporada e que a estrutura da série seja parecida e que se resolvam quaisquer conflitos que tenham surgido deste trailer manhoso.
Melhor episódio:
Episódio 5 – The Real Campers of Shallow Lake – Para além de ter sido o episódio mais engraçado por todos assumirem uma personagem de reality show, foi um episódio de grandes culminações e dramas.
Personagem de destaque:
EJ (Matt Cornett): EJ foi sem dúvida o favorito, pois tem tido uma evolução constante e consistente, sendo cada vez mais adulto e melhor pessoa. Não fez praticamente nada de mal nesta temporada, e foi totalmente desrespeitado pelos escritores, por Gina e Ricky. Foi muito bom poder vê-lo no seu habitat e com os seus amigos do campo. Não sei se irá regressar na próxima temporada, mas ele merecia ter tido um grande número a solo (aliás, grande oportunidade perdida para Gina e EJ cantarem Gotta Go My Own Way!)