Devil in Ohio estreou no dia 2 de setembro na Netflix e é uma minissérie de oito episódios baseada no livro com o mesmo nome de Daria Polatin. Devil in Ohio está recheada de mistério, drama e um toque ligeiro de terror. A história foca-se numa adolescente com o nome de Mae (Madeleine Arthur) que é encontrada em mau estado e levada para o hospital de Ohio onde é tratada e acolhida pela Dr.ª Suzanne Mathis (Emily Deschanel). Mae acaba por ir viver com Suzanne e a sua família, que só depois descobrem que Mae fugiu de um culto religioso satânico e após a acolherem começam a acontecer eventos estranhos e perigosos.
Admito que tenho imensas saudades de uma boa série de mistério e terror; se me prometem isso, tenho de ver! O problema é que há muito tempo que não vejo nenhuma série nem filme deste género de que goste realmente. Será que Devil in Ohio matou um pouco desta saudade?
Os cultos são sempre uma temática misteriosa e cheia de simbolismos e rituais e Devil in Ohio não é exceção. A minissérie está envolta numa sensação de suspense desde o primeiro minuto e ao longo de todos os episódios vão sendo apresentados vários símbolos associados ao culto. Recorrem a figuras e a elementos do dia a dia, o que fomenta aquela sensação de terror; os símbolos têm muito destaque e um peso importante em toda a história, sendo sempre introduzidos de forma natural e encaixando na perfeição.
Outra característica de Devil in Ohio é o medo psicológico. Quanto mais sabemos da vida de Mae dentro do culto de onde fugiu mais percebemos que há uma componente psicológica que afetou, e continua a afetar, esta adolescente. É fácil fugir fisicamente ao culto, o difícil é fugir mentalmente de lá. Medo psicológico, lavagem cerebral, falta de amor e sensação de abandono são temas explorados e que me envolveram muito nesta série. Madeleine Arthur interpreta muito bem o seu papel, tive vários sentimentos diferentes pela Mae e isto só é possível com um bom desempenho da atriz.
Pelo que referi, estava muito bem surpreendida com Devil in Ohio. Boa premissa, muito suspense, mistério e uma história bem construída. Acontece que em determinada fase da história comecei a ficar desapontada. Fiquei com a sensação que tinham de terminar a história rapidamente e forçaram isso. Discursos mal feitos, mau acting e efeitos pouco realistas.
Acabou por salvar o plot twist final de que não estava nada a espera: “The chain will not be broken”. Não matou a saudade que tinha e vou continuar à espera de uma boa série de mistério e terror, mas por toda a premissa da história, voltava a ver Devil in Ohio.
Melhor episódio:
Episódio 5 – Alight – Muita coisa acontece neste episódio, que é o colmatar de várias suspeitas e de diversas situações. O suspense e a desconfiança vão aumentando ao longo dos episódios e senti que é como se neste tudo “explodisse”.
Personagem de destaque:
Jules (Xaria Dotson) – É a filha do meio de Suzanne e adorei a personagem. Uma adolescente com os valores no sítio certo e é giro vê-la passar pelas batalhas típicas da idade e ver como evolui ao longo dos episódios. É uma personagem secundária, mas acaba por ter um papel de destaque na série.