[Contém spoilers]

Temporada: 2

Número de episódios: 8

E finalmente PEN15 chega ao fim! Desculpa-me se és fã da série, mas para mim esta segunda parte da temporada não conseguiu adequar-se de todo aos restantes episódios. Se no início da 2.ª temporada eu fiz as pazes com a má impressão que a 1.ª temporada deixou em mim, este final acaba por ficar aquém. A primeira parte desta temporada conseguiu introduzir temas bastante importantes, mas sinto que a segunda parte apenas foi à boleia dos mesmos, introduzindo um ou outro tema como a morte da avó.

Não tenho muito a dizer, pois estes episódios simplesmente não captaram muito a minha atenção. No entanto, as partes mais interessantes, sem querer que me interpretes mal, são aquelas em que ou as protagonistas perdem alguma inocência ou alguém se “aproveita” dessa mesma inocência. Estas cenas acabam por ser marcantes, pois como temos adultas no lugar de crianças conseguimos perceber o quão erradas estas coisas são e o porquê de não poderem ser interpretadas por crianças. A temporada dá uma grande lição sobre consentimento e leva-nos a questionar qual deveria ser a idade para poder consentir – se é que se pode falar numa idade.

Sem ser este tema, as restantes temáticas foram muito voltadas para a família. No episódio 11, que foi realizado por Maya, pudemos ver a mãe da atriz, Mutsuko Erskine, interpretando Yuki, o que acaba por ser adorável – mas devo salientar que para quem não sabe quem a atriz é ou quem realizou o episódio, este episódio cai totalmente fora do habitual e pode até nem ser dos mais interessantes. Isso leva-me a refletir sobre o quão pessoal este projeto foi para as duas protagonistas e o quão só quiseram contar a história à maneira delas, sem alterar a sua visão artística. Pelo menos isso deve ser respeitado enquanto ato de coragem, tenhamos ou não gostado da série.

Não quero ser básica, mas tenho de falar sobre o facto de Maya e Sam finalmente se terem beijado. Obviamente, a série é muito mais do que isso, mas tanto eu como muitos fãs já queria isto há algum tempo!

No final temos duas amigas que estiveram e continuam a estar lá uma para a outra, sendo assim uma fonte de inspiração e aspiração real e não uma mera projeção de Hollywood.

Melhor Episódio:

Episódio 9 – Bat Mitzvah – Este episódio foi uma excelente forma de regressar, ainda que tenha prometido demasiado por ter sido tão engraçado e relacionável. A minha parte favorita foi sem dúvida todo o diálogo e o exercício relacionado com o Holocausto. Não irei esquecer tão cedo a cena em que Anna diz que levaria uma bala para matar Hitler. Revolucionário!

Personagem de Destaque:

Anna (Anna Konkle) – Sem dúvida que quem mais brilha nesta parte da temporada é Anna, por tudo o que passa, desde o divórcio dos pais, à morte da avó, a toda a cena com a agência de modelos. No entanto, não é só o que ela passa, mas a forma como lida com tudo. Percebe-se que a personagem amadureceu e é fantástico podermos acompanhar isso com ela.

Ana Leandro