Squid Game – Crítica da 1.ª Temporada
| 22 Set, 2021

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Já conhecemos muito bem o estilo de narrativa desta série: desde Battle Royale, um dos filmes que muitos acreditam ser a grande inspiração deste tipo de conteúdo, até mais recentemente com The Hunger Games ou Alice in Borderland, mas Squid Game não necessita de uma sociedade assim tão distópica para transmitir a sua história.

Falidos, desesperados e financeiramente com a corda ao pescoço, 456 pessoas são convidadas a arriscar a sua vida em troca de um prémio monetário generoso. Os jogadores deverão então participar em diferentes jogos – muitos deles são jogos tradicionais das crianças sul-coreanas – nos quais os perdedores são executados a tiro.

A história desta 1.ª temporada de Squid Game foca-se inicialmente em Gi-hun (Lee Jung-jae), um homem de meia-idade falido, viciado em jogos de azar, divorciado e privado de ver a sua filha. Completamente desesperado, acaba por aceitar a proposta de entrar no jogo, na esperança de conseguir uma vida melhor. Já dentro do cenário dos jogos, somos apresentados aos personagens que virão a fazer parte do grupo de amigos de Gi-hun: Il-nam (Oh Yeong-su), Abdul Ali (Tripathi Anupam), Kang Sae-byeok (Jung Ho-yeon) e Cho Sang-woo (Park Hae-soo). Paralelamente temos ainda um polícia infiltrado, Hwang Jun-ho (Wi Ha-joon), que tenta encontrar o irmão que entrou nos jogos anos antes e, ao mesmo tempo, denunciar toda aquela carnificina aos seus superiores.

O que poderia ser um conceito simples de Battle Royale, onde se mata para ganhar, transforma-se num conceito super viciante, onde se torna interessante analisar estratégias, prever comportamentos e imaginar como serão os próximos jogos.

Pelo meio, somos ainda confrontados com duas outras histórias, mas que não ganham um destaque significativo durante esta temporada (esperemos que voltem a ser abordadas, numa eventual 2.ª season!).

Sou ainda um recém fã das produções live-action coreanas da Netflix, mas consigo facilmente garantir que Squid Game está no topo das minhas favoritas: um argumento interessante, uma realização que nos faz sentir a série e uma banda sonora escolhida a dedo onde são colocadas músicas alegres e divertidas nos momentos mais tensos e pesados. Well done!

Um dos pontos negativos vai para os plot twists dos últimos episódios: são previsíveis e poderão alterar negativamente a qualidade de uma potencial continuação.

Atenção: Squid Game tem um estilo gore. Se não és propriamente fã de sangue, entranhas, facas e mortes a sangue frio, não vejas esta série!

Melhor episódio:

Episódio 1 – Red Light, Green Light – Este episódio é sem dúvida o mais completo: temos a apresentação dos personagens principais, temos a explicação de todo o conceito dos jogos e temos ainda o primeiro jogo. Ficamos na expectativa de ver o quão macabros podem ser os episódios seguintes!

Personagem de destaque:

Abdul Ali (Tripathi Anupam) – Um personagem simples, puro e honesto. Refugiado, com uma família para sustentar, acaba nos jogos muito por culpa do seu patrão, que acumulava vários salários por lhe pagar. Encanta a boa vontade e a inocência deste personagem, que deposita a sua total confiança nos seus parceiros de jogo.

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