Bridgerton – Review da 1.ª temporada
| 13 Jan, 2021

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Bridgerton, a 1.ª temporada da série da Netflix que nos transporta para o século XIX, dos produtores de Grey’s Anatomy, é baseada nos livros da autora de romances históricos Julia Quinn (pseudónimo de Julie Cotler).

Bridgerton retrata uma Inglaterra de outros tempos, tal como vemos num dos maiores títulos de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, ou em séries como Downtown Abbey e The Crown. Esta série, que trouxe uma pequena quantidade de controvérsia com um cast onde encontramos diferentes etnias, quebrando a convenção e veracidade histórica de um elenco totalmente caucasiano, realizado de uma forma nada insultuosa. A série conta com um guarda roupa extremamente bem concretizado e uma banda sonora contemporânea, mas interpretada de forma clássica e instrumental com títulos desde Thank u Next a Bad Guy.

A série apresenta-nos a alta sociedade do século XIX e o caótico e desafiante momento da vida das jovens desta época, à procura de um homem de alto estatuto para casar. A jovem em que se foca a série, Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor), quer tal como a sua mãe casar-se por amor e não por obrigação, apesar da responsabilidade de encontrar um bom partido para não manchar o nome da família e as futuras propostas para as suas irmãs. O seu caminho vai cruzar-se com o de dois pretendentes, o amigo de longa data do seu irmão, o duque Simon Basset (Regé-Jean Page), e o príncipe Friederich, o sobrinho da rainha. O duque, o solteiro desejado por todas as jovens aceita aliar-se a Daphne numa mentira que é benéfica para ambos. Para Simon foi simplesmente para afastar as jovens e suas mães da aborrecida e continua apresentação das suas filhas na esperança de cativar a atenção do mesmo. Para Daphne foi o completo oposto, foi para através da atenção de um duque, cativar a atenção de pretendentes.

Como uma comédia romântica clichê, estes dois começam a apontar os defeitos um do outro e a dizerem abertamente o que os irrita um no outro sem a pressão de serem um verdadeiro casal e sem existir a necessidade de cordialidade. Mas, e como não pode faltar, existe a reviravolta mais esperada de sempre, os sentimentos começam a surgir e estes dois protagonistas começam a apaixonar-se, apesar de não o admitirem, por razões diferentes. O duque fez uma promessa ao seu pai antes deste falecer, de que nunca iria casar e nunca iria produzir um herdeiro, ela porque não se sentia correspondida da forma que desejava e necessitava para os ideais da época.

A meu ver, um dos grandes pontos positivos desta primeira temporada é que depois de oito episódios sentimos que existiu um princípio, meio e fim, sentimos que houve desenvolvimento e não estagnou, ao mesmo tempo deixa-nos com vontade de ver a segunda temporada para saber como Eloise Bridgerton se vai comportar na nova época de cortejo. O grande mistério que esta série nos apresenta desde o primeiro episódio é a Lady Whistledown (narração por Julie Andrews), que é uma espécie de Gossip Girl do século XIX, pois está sempre pronta para nos contar detalhadamente e com uma pitada de humor os novos escândalos.

Alguns factos behind the scenes desta série são que foram necessários 7.500 fatos que combinavam história e modernidade e um outro facto é que a atriz Sabrina Bartlett, que interpreta Siena Rosso, canta todas as suas músicas.

Frase favorita: “So Daphne is in love. Does she think it an accomplishment? She did not build that man or bake him. He simply showed up.”; “Então a Daphne está apaixonada. Ela pensa que isso é uma conquista? Ela não construiu aquele homem nem o cozinhou. Ele simplesmente apareceu.”

O que podemos fazer agora? Esperar que a segunda temporada seja anunciada, e se realmente te apaixonaste por esta história, podes sempre ler os livros.

Melhor episódio:

Episódio 8 – After the RainA meu ver o último episódio é de facto o melhor, pois finalmente descobrimos que é a Lady Whistledown e este é um spoiler que não vou dar, mas digo-vos, nunca imaginei que fosse esta pessoa. Neste episódio temos também o nascimento do futuro herdeiro de Daphne e Simon, o Lord Feathrington é assassinado, Anthony Bridgerton decide procurar seriamente uma mulher para casar e ainda a Marina Thompson aceita a proposta de Sir Phillip Crane’s. Escolhi este para melhor episódio porque nos dá uma conclusão à história e não deixa simplesmente a maior pergunta da série para uma próxima temporada. Como era de esperar, para já só o espectador é que sabe que é a Lady Whistledown e claro que queremos saber como esta narrativa se vai desenrolar na seguinte temporada.

Personagem em destaque:

Eloise Bridgerton (Claudia Jessie) – Apesar de a série ter grandes personagens, existe uma Bridgerton que simplesmente sobressai a meu ver, talvez pelos ideais dela serem normais para os dias de hoje, mas na altura em que a história decorre seriam pensamentos de risco para uma mulher. Claro que estou a falar de Eloise Bridgerton, a sucessora de Daphne para o cortejo do ano seguinte. Apesar de a série não se ter focado demasiado nesta personagem, cada vez que ela surgia no ecrã roubava por completo o brilho das outras personagens. Ela é engraçada, impulsiva, pois diz sempre o que pensa, e uma atenta detetive. Eloise é como uma Enola Holmes, observadora e maioritariamente ignorada pelos adultos. Portanto, de uma coisa estou certa, se existir de facto uma segunda temporada, esta vai focar-se em Eloise e com todo o direito.

Cláudia Gonçalves

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