Doom Patrol – Review da 2.ª Temporada
| 20 Ago, 2020

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[Contém spoilers!]

Temporada: 2

Número de Episódios: 9

A segunda temporada de Doom Patrol tem vindo a ser exibida semanalmente na HBO Portugal, tendo o seu último episódio estreado a 7 de agosto.

Esta nova temporada introduziu-nos a personagens novas e interessantes que vieram dinamizar a série, mas mais concretamente, a adição de Dorothy (atriz estreante Abigail Shapiro) foi anunciada em fevereiro e foi a mais proeminente e mais impactante, não só para a série, mas para as nossas personagens preferidas.

A personagem de Dorothy é nos apresentada logo no início da segunda temporada, e eu confesso que somente com a sua primeira cena eu sabia que ela se ia tornar numa das minhas personagens preferidas. O potencial de complexidade que esta personagem tem é equiparável, e até supera, algumas das personagens principais. Tendo em consideração a sua origem, e a sua história de aprisionamento, tortura física e psicológica que sofreu ao ser tratada como um animal no circo, é de se entender que ela sofre de grandes traumas, os quais eu gostaria que fossem mais explorados numa potencial terceira temporada.

Admito que, por vezes, a história e comportamento de Dorothy se tornou repetitiva e um tanto irritante, mas acho que é algo que pode ser facilmente ignorado em favor de todos os benefícios que ela trouxe para Doom Patrol. Para ser justa, a complexidade das personagens é algo que Doom Patrol sempre fez bem. Atualmente é raro haver séries que valorizam as suas personagens mais do que o arco externo da história, e é algo que para mim torna Doom Patrol uma das melhores séries de super-heróis. Enquanto a primeira temporada permitiu-nos perceber a origem e traumas dos nossos heróis, a segunda temporada investiu em desenvolver e progredir estas histórias em vez de virar a página e seguir em frente.

Vic (Joivan Wade) enfrentou as suas inseguranças relativamente ao seu corpo metálico e foi confrontado com a realidade que nem tudo pode ser visto a preto e branco, certo ou errado, justo ou injusto – o que vai contra tudo o que ele sempre acreditou. Cliff (Brendan Fraser) e Larry (Matt Bomer) reconectaram-se com os seus filhos, para o bem e para o mal. Rita (April Bowlby), por sua vez, lutou para reganhar a sua autoconfiança e lançar novamente a sua carreira como atriz, mesmo quando estava a ser confrontada com a realidade que a sua fama na vida anterior não foi obtida através do seu talento, mas sim pelos “talentos” da sua mãe.

Cada uma destas personagens teve os seus momentos de brilho, e as suas histórias abriram grandes possibilidades para mais desenvolvimento no futuro. Sem novidades de renovação para uma terceira temporada até à data, o final da segunda temporada de Doom Patrol deixa os nervos à flor da pele, com enormes cliffhangers que de certa forma fazem com que esta temporada pareça incompleta.

Personagem de Destaque:

Jane (Diane Guerrero) – O motivo pelo qual não mencionei Jane anteriormente, foi porque queria falar somente sobre ela num segmento à parte. Na sua primeira temporada, a história desta personagem foi das mais interessantes de ver, e este precedente é continuado na segunda temporada. Diane Guerrero simplesmente brilha no papel de Jane (e todas as suas outras personalidades).

Na nova temporada a cultura do Underground é mais explorada e vimos Jane a lutar para manter o seu lugar como “primária”, pois as outras entidades que vivem no Underground consideram que ela já não está a ser benéfica para o bem-estar de Kay. Esta luta torna-se mais complicada quando Miranda, a primeira manifestação de dupla personalidade que Kay criou em criança, aparece com a intenção de se tornar “primária” novamente, e Jane para manter o seu lugar tem de enfrentar um dos seus maiores traumas de criança.

Este conflito interior de Jane e a sua constante luta para se manter como “primária” e poder manter os seus relacionamentos com os restantes membros da Doom Patrol foi a highlight desta temporada e é o motivo pelo qual Jane é a personagem de destaque da segunda temporada.

Episódio de Destaque:

Episódio 6 – Space Patrol – Esta foi uma escolha difícil. Todos os episódios desta temporada foram bons, mas Space Patrol foi um episódio extremamente importante para o desenrolar da temporada, e até o desenrolar de futuras temporadas.

Este episódio introduz-nos a Valentina Vostok (Mariana Klaveno), uma aeronauta que também tem um Espírito Negativo, mas que, ao contrário de Larry, está em completa harmonia com este e por isso não precisa de ligaduras para conter o seu poder. Isto abre a porta para Larry explorar a sua relação com o seu próprio Espírito Negativo, que foi um pouco negligenciada nesta temporada, mas que irá ser explorada no futuro, o que é algo que eu realmente quero ver.

A exploração da cultura do Underground e do que acontece quando uma das personalidades morre, foi um outro motivo pelo qual eu adorei este episódio.

E claro… o reaparecimento de Miranda.

Liliana Capucho

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